quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Câmara retoma discussões sobre volta do IML a Tatuí

Assunto foi levantado por Marquinho de Abreu; sala é alternativa caso unidade não seja possível.

15/02/2023 | A Câmara retomou, na noite de segunda-feira, 13, as discussões sobre a volta do IML (Instituto Médico Legal) a Tatuí. O assunto repercutiu a partir da iniciativa do vice-presidente do Legislativo, o vereador Marquinho de Abreu, do PSDB. Desde o primeiro mandato, em 2013, o parlamentar vem cobrando a reabertura da unidade, desativada de vez em 2000. Marquinho já oficializou pedidos às autoridades municipais e estaduais.

Neste mês, marcando a retomada dos trabalhos da Câmara, o vice-presidente submeteu ao crivo dos pares a votação do requerimento de número 171. No documento aprovado, ele pede ao novo Governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, que informe se existe a possibilidade de Tatuí ser beneficiada com a instalação de um posto do instituto. Na impossibilidade, o parlamentar apresenta, como alternativa, a abertura da uma sala.

A meta é agilizar e humanizar o atendimento prestado aos tatuianos e familiares de pessoas que venham a óbito, viabilizando atendimento exclusivo às mulheres e crianças que sofrem violência, principalmente as sexuais. Com a desativação, as vítimas de Tatuí passaram a ser transferidas para Itapetininga, o que dificultou o atendimento em particular aos finais de semana e feriados, já que a unidade da cidade vizinha não opera nessas ocasiões.

Conforme levantou Marquinho, quando os abusos ocorrem aos finais de semana e feriados, as vítimas são aconselhadas a permanecer sem tomar banho até o próximo dia útil para a realização dos exames. “Isso é inconcebível”, enfatiza.

Outra questão delicada, conforme o vereador, diz respeito à liberação dos corpos para velamento, ainda que a unidade fique a 30 minutos de Tatuí. Marquinho argumenta que o trâmite pode se transformar em martírio para as famílias, já que o processo pode demorar. “São horas ou dias de espera agonizante”, alerta.

Para o vereador, o quadro atual é inconcebível, pois “contraria o princípio da dignidade da pessoa humana, presente no Inciso III, do artigo 1º da Constituição Federal”. “A volta do IML é essencialmente estratégica e ajudaria em muito a população não só de Tatuí, mas da região”, acrescenta o parlamentar.

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