sexta-feira, 27 de maio de 2011

Assembleia na Santa Casa de Tatuí elege nova provedoria

Na quinta-feira, dia 26, aconteceu a Assembléia Geral Extraordinária dos sócios da Santa Casa de Misericórdia de Tatuí para a eleição da nova provedoria da entidade. Com a eleição e a posse dos eleitos foi encerrada a intervenção municipal, iniciada em outubro de 2008.

A única chapa inscrita venceu por aclamação. A nova provedora é a funcionária pública Naneti Walti de Lima, que durante vários anos presidiu o GREV (Grupo de Estímulo à Vida). O vice-provedor eleito é o farmacêutico Antonio Marcos de Abreu, que nestes quase três anos, ocupou o cargo de interventor municipal.

Também foram eleitos: Alexandre Novais do Carmo, como secretário; Flávio José Hoffmann, como tesoureiro; e Nilson Alexandre Bordinhon, Márcio Segalla e Douglas Segalla, no cargo de mordomos. O conselho fiscal ficará a cargo de Torelli Agnelli Júnior, Renato Pereira de Camargo e Aniz Eduardo Boneder Amadei. A posse dos eleitos aconteceu no mesmo dia das eleições.

O antigo interventor e agora vice-provedor, Antonio Marcos de Abreu, falando aos presentes na Assembléia, destacou a atuação do prefeito Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, que teve para si a Santa Casa como uma das prioridades. Segundo Marcos de Abreu, “a condução do prefeito deste processo permitiu que a entidade retomasse sua credibilidade”.

Relatório de Gestão - O antigo interventor e agora vice-provedor Antonio Marcos de Abreu prestou um esclarecimento do período de sua gestão, entre 2008 e 2011. Esta compilação de dados foi inserida em um CD, entregue a todos os membros da nova diretoria da Santa Casa de Misericórdia de Tatuí. Nele, estão os trabalhos realizados pela comissão interventora. Foram diversas reformas, dentre as quais, estão: a reconstrução dos dutos de esgoto, a construção da maternidade e reformas urgentes, como a neutralização no aparecimento de trincas no prédio do hospital. A construção da nova Maternidade (R$ 2 milhões) também é citada, assim como a regularização no pagamento dos salários dos funcionários.

Financeiramente, conforme os dados apresentados por Marcos de Abreu, a Santa Casa possuía R$ 342 mil em dívidas trabalhistas (férias, 13º salário, cesta básica, horas extras e aviso prévio). Também foi acumulado o total de R$ 3,5 milhões pela falta de recolhimento do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) pelas diretorias anteriores à municipalização. Além disso, somam-se o não pagamento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), PIS e Imposto de Renda.

O hospital também acumulou dívidas com a Sabesp (Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo), de R$ 2,2 milhões, e com a concessionária Elektro, de R$ 1,1 milhão. Pelas contas apresentadas no Relatório de Gestão, o montante da dívida gerada pela Santa Casa alcançou o valor de R$ 9,1 milhões.

De acordo com o vice-interventor, todas as dívidas foram negociadas, parceladas e são pagas pela administração do hospital. Ele também destacou que a Santa Casa não gerou déficit enquanto ele esteve no comando da entidade. Os balancetes deste período estão sendo publicados no site da entidade, no endereço eletrônico: www.santacasatatui.com.br.

Para quitar as dívidas, Abreu optou por parcelar a quantia referente ao INSS, FGTS e débitos em dívida ativa com a União (Imposto de Renda, PIS e multa trabalhista) em 180 meses. O acordo com a Sabesp terminou com 99 parcelas, e com a Elektro em 167 mensalidades. As demais dívidas, apontou o relatório, também foram parceladas.

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