terça-feira, 10 de março de 2015

Mãe não recebe remédio há 3 meses mesmo com direito obtido na Justiça

Do G1- A dona de casa Rosângela de Paula não consegue há três meses remédios de alto custo para o filho Israel, de 21 anos, que sofre de Síndrome de Noonan. Ela obteve o direito na Justiça de receber a medicação de graça na Assistência Farmacêutica de Tatuí em 2014, mas não foi suficiente para garantir uma qualidade de vida melhor para o filho. A Prefeitura de Tatuí informou que houve um problema administrativo e que a situação será resolvida. A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que se comprometeria a checar o caso nesta segunda-feira (9). Já o Ministério da Saúde foi procurado pela TV TEM, mas não houve retorno.

Rosângela salienta que todos esses meses o filho não consegue todos os remédios que precisa, afetando o dia a dia. “Pergunto se chegou a medicação, mas eles dizem que não e que não há previsão. É remédio de coração, epilepsia, tiroide, tratamento de pele. Eu não tenho condições.”, reclama.

A situação enfrentada pela dona de casa e a família não é exclusividade em Tatuí. Moradores dizem enfrentar dificuldades para conseguir medicamentos de alto custo. Muita gente liga na Assistência Farmacêutica na esperança de ter o remédio, mas recebe a informação de que é melhor não perder a viagem. É o que aconteceu com a dona de casa Neide Camargo. Durante entrevista à TV TEM, ela ligou para o órgão e foi avisada que o remédio estava indisponível.

Neide precisa de remédios para tratar efizema pulmonar. Conseguiu alguns nos últimos meses, mas o mais caro deles, que custa R$ 243, não recebe. No mês passado entrou em dívidas no cartão de crédito para garantir o medicamento. “Não tem, a única resposta que eles dão é que não sabem quando vem. Estou precisando fazer cinco, seis inalações por dia e tomo remédio por conta, mas não é a mesma coisa”, lamenta.

A secretária municipal de Saúde, Cecília Oliveira França, promete que os problemas serão resolvidos. “Nós temos tido problema com atraso dos componentes especializados, que são medicamentos que vêm do estado, entre esses medicamentos temos alguns liberados pela Assistência Social também, e não são medicamentos padronizados e nem preconizados pelo Ministério da Saúde. É uma rotina de entrega desse tipo de medicamento. Está sendo normalizado, alguns remédios foram comprados, tivemos problemas administrativos mas os medicamentos estão chegando. A partir de abril e maio estaremos com a padronização dos medicamentos, serão menos itens mas não haverá falta”, afirma.
(Foto: Reprodução/ TV TEM)

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