domingo, 1 de dezembro de 2013

Moradores de casa interditada em 2011 cobram solução

Do G1 - Uma família de Tatuí aguarda há dois anos por um posicionamento sobre a casa onde moravam, na Vila Menezes, que está interditada. O imóvel teve que ser desocupado em 2011 após uma tubulação de água estourar. O problema no sistema de saneamento da Sabesp comprometeu a estrutura da residência.

O dono da casa, o aposentado Expedito Cordeiro Silva, conta que todos tiveram que sair às pressas porque havia risco de desabamento. Atualmente, vive com a esposa, o filho e a nora em uma casa de aluguel. “Os engenheiros falaram que a casa poderia cair em cima da gente. Se eles reconheceram que a casa poderia cair, nós saímos. Tiramos o que podíamos, mas muita coisa ficou lá ainda”, comenta.

O aposentado afirma que a Sabesp alugou uma casa por 30 meses para a família dele. O contrato vence em julho de 2014, mas não deve ser renovado. Ele alega ainda que a casa da família já deveria ter sido arrumada, no entanto, continua do mesmo jeito. O proprietário pede providências para poder voltar para casa. “Só tenho que pedir socorro. Tenho carência e necessidade, portanto, preciso retornar à minha casa”, diz. O caso está na Justiça.

A Sabesp confirmou que as trincas e rachaduras são consequência das obras de saneamento. De acordo com o gerente de divisão da concessionária de saneamento, Adriano José Branco, uma nova avaliação foi feita no local. “Os técnicos da Sabesp avaliaram os danos e o assunto está sendo discutido na Justiça. O perito do juiz esteve recentemente no local e apresentou um laudo com valor de aproximadamente 10% que o valor da Sabesp. A Sabesp já aceitou formalmente e aguarda a tramitação no judiciário”, comenta.

Enquanto não é dada a decisão judicial, o imóvel está abandonado e as rachaduras são profundas. A situação tem preocupado os moradores das casas vizinhas. Segundo eles, a casa abalada está afundando e provocando rachaduras nas outras moradias. A aposentada Ermínia Nunes Bracioli conta que a casa dela está cheia de trincas no corredor, em um dos quartos e na sala. Ela afirma que já gastou mais de R$ 2 mil para rebocar e reparar os danos.

Já a dona de casa Sandra Regina de Paulo, que também é vizinha da casa interditada, tem outras preocupações. Pelo muro da divisa dos imóveis é possível ver o quintal da casa fechada. No local já muita sujeira, mato alto, vasilhas e potes cheios d'agua. Sandra ressalta que o local oferece risco de proliferação de dengue. “O problema maior aqui é a sujeira. Estamos preocupados com a água que está parada ali devido ao risco de proliferação de dengue. Temos crianças e idosos aqui. Além disso, há o mau cheiro que está aí. A gente pede uma providência para que a pessoa venha pelo menos fazer a limpeza”, diz.

A Prefeitura de Tatuí informou que está verificando a situação de acúmulo de sujeira no imóvel fechado.
Casa está fechada enquanto situação é decidida na Justiça (Foto: Reprodução / TV TEM)

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