quarta-feira, 8 de abril de 2020

Penitenciária de Capela do Alto tem a pior condição de superlotação do estado de SP

Presídio está 147,5% acima da capacidade de receber detentos: 2.097 presos para a capacidade de receber 847 pessoas. Metade das penitenciárias de SP eleva população durante covid-19

Kaique Dalapola, do R7, com edição do DT

População carcerária aumentou em 39 penitenciárias de SP (Fabíola Perez / R7)

07/04/2020  | Metade das penitenciárias masculinas do Estado de São Paulo teve aumento da população carcerária durante a crise do novo coronavírus, conforme levantamento feito pelo portal R7 com base em atualização dos dados feitos pela SAP-SP (Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo).

De acordo com os dados oficiais do Governo de São Paulo, 39 das 77 unidades que recebem homens que cumprem pena em regime fechado aumentaram o número de presos entre 4 de fevereiro e 6 de abril deste ano.

A Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, a 620 km de São Paulo, foi a que mais elevou a população: aumento de 28%. No entanto, a unidade segue abaixo da capacidade. Conforme atualização da SAP-SP, o presídio está com 650 pessoas presas, e tem capacidade para receber 781 detentos.

Em números absolutos, a Penitenciária de Andradina, a quase 650 km de São Paulo, é a que está com mais presos atualmente na comparação com fevereiro, antes do coronavírus: aumento de 397. A unidade está com 1.940 pessoas presas e tem capacidade para 1.297 detentos (49,5% acima).

Conforme os dados da secretaria que administra as unidades prisionais de São Paulo, Das 77 penitenciárias masculinas do Estado, 70 estão superlotadas.

Os dados ainda apontam que a Penitenciária de Capela do Alto, na região de Tatuí, tem a pior condição: 147,5% acima da capacidade. A unidade recebe tem 2.097 presos, sendo que tem a capacidade para prender 847 pessoas.

Desde o início da pandemia, diversos coletivos e organizações de advogados entraram com pedidos coletivos de habeas corpus, sobretudo pedindo a liberdade para presos do grupo de risco para o novo coronavírus, que inclui idosos e pessoas com comorbidades.

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