sábado, 25 de abril de 2020

Guiga e mais 20 deputados bolsonaristas dizem que não organizam protesto pró-golpe

Nota foi assinada por Guiga Peixoto e mais de 20 deputados do PSL que apoiam Bolsonaro

Presidente Jair Bolsonaro discursou em manifestação que apoiou o AI-5 Foto: EVARISTO SA / AFP

Do site Época, com edição do DT (*)

23/04/2020 | Deputados bolsonaristas soltaram uma nota em que afirmam não terem "organizado nem contribuído" para nenhuma manifestação que pediu um golpe militar, como resposta à abertura pelo STF de um inquérito que investiga a participação de pelo menos dois deles nos protestos de domingo a favor de uma intervenção do Exército.

Sem se referir diretamente ao STF, os parlamentares criticam o que chamam de "tentativa de intimidação promovida por pseudos democratas" e defendem o direito de "liberdade de expressão", em referência à defesa de um golpe — o que o presidente já havia feito.

"Num Estado que se pretende livre e democrático nada pode ser mais sagrado do que o direito à ampla liberdade de expressão a todo e qualquer cidadão, sobretudo em se tratando de parlamentares democraticamente investidos de representação popular", diz a nota. E falam em "debate de ideias", embora os protestos pedissem a volta do AI-5, o ato que abriu o mais duro período da ditadura militar:

"Ainda que sem terem apoiado ou incentivado atos desfavoráveis ao parlamento, ao STF ou qualquer outra instituição, lembramos que o nosso papel, como parlamentares, não se limita às funções de produção legislativa ou as de fiscalização dos demais Poderes, mas também as de emissão e formação de opinião pública, bem como o de promover o debate de ideias, absolutamente essenciais ao aprimoramento da democracia".

Os parlamentares afirmam na nota que o objetivo seria melhorar e não fechar instituições como o Congresso e o STF.

Assinam a nota Guiga Peixoto, Alê Silva, Aline Sleutjes, Bia Kicis, Bibo Nunes, Cabo Junio Amaral, Carla Zambelli, Caroline de Toni, Carlos Jordy, Coronel Armando, Coronel Chrisóstomo, Chris Tonietto, Daniel Silveira, Daniel Freitas, Eduardo Bolsonaro, Felipe Barros, General Girão, Helio Lopes, Luís Ovando, Luiz Philipe de Orleans e Bragança, Luiz Lima, Márcio Labre, Major Fabiana, Major Vitor Hugo e Ubiratan Sanderson.

(*) Para ler a matéria da Época na íntegra, clique neste link.

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