quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Sem bancos, prefeito de Quadra recusa instalar caixa eletrônico na Prefeitura por medo de ataques

Caio Gomes Silveira

Quadra (G1) - O prefeito de Quadra, Carlos Vieira Andrade (DEM), tem evitado desde o ano passado a instalação de caixas eletrônicos por medo de ataques de ladrões. Carlão, como é conhecido na cidade, revela que impede a instalação de equipamentos na prefeitura do município que é um dos 24 em todo estado de São Paulo que não possuem bancos eletrônicos, segundo dados do Banco Central. No país, são 570 localidades sem os serviços automáticos.

“Eles (ladrões) explodiriam até mesmo o prédio do Executivo. Não poderia proibir caso uma empresa bancária decidisse instalá-los em algum lugar da cidade, mas dentro da prefeitura não quero”, explica. Ele afirma que ainda não houve pedidos, e que não fará ‘tão cedo’ às empresas para instalação.

Quadra tem pouco mais de 3 mil habitantes e não possui postos bancários ou agências, sendo registrados quatro correspondentes bancários no município, ainda segundo informações do Banco Central, por meio da assessoria de imprensa do órgão.

Esses correspondentes são instalados em comércios da cidade, com serviços limitados quando comparados com as facilidades oferecidas pelos caixas automáticos. Mesmo assim, a demora compensa pela segurança, assegura Carlão. “Os correspondentes bancários ficam entre várias residências, no Centro. Então, se houver uma explosão nesses prédios, a chance de prejudicar ou machucar alguém é muito grande”, comenta.
Quadra fica 'ilhada' entre municípios alvos de bandidos (Foto: Divulgação/ TV TEM)

Quadra fica “ilhada” entre cidades que possuem caixas automáticos e que já foram atacadas, como Cesário Lange (SP), Guareí(SP), Porangaba (SP) e Torre de Pedra (SP), todas com menos de 16 mil habitantes e com menor efetivo policial. Apenas Tatuí (SP) segue ilesa. Na região, só este ano houve 11 ataques a bancos. “Já me questionaram sobre a possibilidade de instalar caixas, mas explico que quero evitar explosões e eles me entendem”, finaliza Carlão.

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