Moradores reclamam do mau cheiro vindo de um frigorífico em Tatuí

Moradores da Rua Fulgêncio Lisboa Almeida, no Jardim Rosa Grcia II, estão inconformados com o mau cheiro gerado por um frigorífico. Segundo eles, o problema se estende desde o começo de 2013. De acordo com autônoma Odete Silva, o odor prejudica as vendas do seu estabelecimento. “Eu vendo lanches e com esse cheiro ninguém quer comprar”, diz. Segundo Márcia Rodrigues, que também mora na rua, o odor é ainda pior no fim da tarde. Ela afirma que frequentemente passa mal com o cheiro ruim. “É insuportável esse cheiro. Ficamos até com vergonha das pessoas que chegam nas nossas casas e nos nossos comércios”, explica a comerciante. Ainda de acordo com outra comerciante, Maria Nadir Leme de Souza, os funcionários não tem um local destinado para descartar o sangue e fezes dos animais abatidos e acabam despejando no Rio Tatuí. “Já reclamamos para a vigilância sanitária, mas nada foi resolvido”, afirma.

Segundo o frigorífico, o mau cheiro é decorrente do tratamento de água feito nas lagoas de contenção. A administração afirma que, por conta das variações climáticas, a fermentação natural diminui e causa o forte odor. Mas, a empresa afirma que faz tratamento de compostagem com a aprovação de órgãos ambientais. Em relação ao descarte de resíduos sólidos, a empresa informou que possui tratamento próprio e que vai ampliar a capacidade de tratamento de águas das lagoas de contenção.

De acordo com a Prefeitura de Tatuí, um relatório de impacto ambiental está em elaboração e será enviado para a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Segundo a Cetesb, foram feitas várias vistorias no frigorífico; na última inspeção, no mês de maio, a empresa foi multada.  [G1, editado]
O órgão afirmou também que deve encaminhar à Secretaria Estadual do Meio Ambiente em São Paulo um pedido de fechamento do local.

Segundo moradores, descarte é feito de forma incorreta no rio Tatuí (Foto: Reprodução / TV TEM)