domingo, 10 de janeiro de 2016

Casca de caramujo africano pode virar criadouro do mosquito Aedes aegypti

Proteção do animal acumula água parada quando se esconde, diz Saúde. Ribeirão do Manduca, em Tatuí (SP), sofre com a infestação do molusco.

Do G1 Itapetininga e Região

A casca do caramujo africano pode servir como criadouro para o Aedes aegypti, segundo afirma o Ministério da Saúde. O órgão indica que a proteção natural do animal pode acumular água parada quando ele se esconde na parte interna. Em Tatuí (SP), o Ribeirão do Manduca sofre com a infestação do molusco. Segundo moradores, a combinação entre calor e chuva elevou o número de caramujos no local. A população que vive próxima está preocupada com a situação.

Em nota, a prefeitura informou que realiza a limpeza regularmente em todo o trecho urbano do ribeirão. Disse que o mato alto será roçado. O órgão afirmou também que vai limpar o lixo acumulado às margens do curso d'água.

Grávida de seis meses, a inspetora de fábrica Aline Costa Tavares conta que teme pela saúde devido ao recente aparecimento do zika vírus e da chikungunya. Ela fala que, além do risco da dengue, outros animais também aparecem devido ao crescimento do mato no local. "Tem escorpião, aranha e o próprio mosquito da dengue. Inclusive, já fui ao posto de saúde e fiz a comunicação com eles”, relata.

Ainda de acordo com Aline, a população precisa se unir para combater o problema da dengue. “Eu tento me proteger da maneira que posso, usando roupa de manga cumprida e repelente. Mas, nós sabemos que a conscientização tem que ser de todos. Não adianta eu me precaver em casa e os demais não”, afirma.

Insatisfeito com a atual situação nas imediações do ribeirão, o aposentado Adão de Sousa ressalta que os moradores esperam que o local volte a ser como antes. “Nós queremos que desinfetem, rocem e limpem aqui. Para nós é importante a saúde”, completa.
Moradores temem aparecimento de mosquitos em ribeirão de Tatuí (Fotos: Reprodução/TV TEM)

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