quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Conservatório de Tatuí vai usar recurso de R$ 170 mil na compra de novos instrumentos

O recurso vai beneficiar aproximadamente 2,4 mil alunos, que passam a ter aulas com equipamentos mais modernos.

Marcelo Silva pratica até 12 horas por dia e quer tocar
na Osesp (Foto: A. I. Conservatório Tatuí / Divulgação)

O Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, acaba de receber o repasse de uma verba de aproximadamente R$ 170 mil. O recurso vai ser utilizado na compra de novos instrumentos musicais para os alunos da instituição. Parte desse valor foi captado através da CCR SP Vias (R$ 150 mil), via Lei Rouanet, e o restante da quantia (R$ 18 mil), veio a partir da Justiça Federal, que permitiu a utilização de recursos economizados em uma doação anterior.

Com a quantia repassada pela CCR Vias, será feita a compra, ainda no mês de dezembro, de um trombone alto, um contrabaixo sinfônico e um contrabaixo acústico, preparado especialmente para MPB/Jazz. Também serão adquiridos pelo menos sete pianos Steinway/Boston de armário.

Segundo o presidente da CCR SP Vias, Paulo Rangel, a empresa, além promover o desenvolvimento da infraestrutura nas rodovias paulistas, investe em atividades que visam o reforço da cidadania, principalmente nas áreas de educação, cultura, saúde, segurança e meio ambiente. “Para a CCR SP Vias este apoio ao Conservatório de Tatuí impulsiona o desenvolvimento sustentável na região, demonstrando nosso compromisso com a transformação e desenvolvimento das comunidades onde atuamos”.

Para o diretor executivo do Conservatório de Tatuí, Henrique Autran Dourado, os instrumentos comprados são importantes para contribuir com a formação da carreira profissional dos estudantes. “Ninguém é um bom músico com um instrumento medíocre. Esse instrumento vai permitir ao aluno seguir a carreira profissional. Um instrumento de segunda mão limita as possibilidades do aprendizado. Além disso, o instrumento precisa ser tocado sempre, o aluno deve tê-lo consigo para praticar durantes vários momentos do dia, caso contrário, o progresso fica comprometido”.

Com a injeção do recurso a escola vai dar ênfase à preparação dos alunos. “Nossa meta é atingir um piano para cada sala de instrumento, como nas boas escolas dos EUA e Europa. Ainda chegaremos lá. O trombone alto completa o ‘naipe’, não tínhamos. O contrabaixo acústico preparado para MPB/jazz idem. A marimba vai possibilitar mais alunos estudarem ao mesmo tempo nos chamados ‘teclados’ da percussão: marimba, xilofone, vibrafone. Todos são essenciais e deixam a escola cada vez mais com o melhor instrumental do país”, destacou o diretor Dourado.

Lei Rouanet
A doação da CCR SP Vias ao Conservatório de Tatuí foi realizada através da Lei de Incentivo à Cultura, mais conhecida como Lei Rouanet, do Ministério da Cultura (MinC). A lei pretende atrair o apoio da iniciativa privada. A instituição apresenta uma projeto ao MinC e, quando aprovado, deve captar recursos das empresas, em troca de isenções e incentivos fiscais.

Delação Premiada
Em agosto de 2011, o então Juiz da 6ª Vara Criminal, Dr. Fausto De Sanctis, esteve no Conservatório de Tatuí para realizar a palestra “O Magistrado e a Comunidade” e para assistir ao recital dos alunos que foram beneficiados com a entrega dos instrumentos doados pela Justiça Federal. Foram R$ 138 mil doados, oriundo de acordo judicial proveniente de delação premiada. Os instrumentos adquiridos pelo Conservatório de Tatuí são de nível profissional e, em todos os casos, o sonho de consumo dos jovens músicos.

As negociações para que a doação fosse concretizada tiveram início em novembro de 2010, quando o então juiz federal, e o diretor-executivo da instituição musical, participaram de evento realizado pela Secretaria de Estado da Cultura, em que se apresentaram alunos do Conservatório de Tatuí. Naquela ocasião, Dourado deu informações sobre a escola de música ao magistrado que, posteriormente, demonstrou interesse em efetivar a doação que beneficiasse alunos talentosos, mas que não tinham condições financeiras de possuir bons instrumentos.

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