1° de maio
A essência da vida
Está na ponta do martelo
Cura qualquer ferida
Apesar de ser um prelo
A enxada sulca caminhos
De vida, repletos e preenchidos
Supera os árduos espinhos
Os frutos da Terra colhidos
Emerge, o fluído salino
Do corpo desgastado
Colhe, o imundo chão peregrino
O verdadeiro líquido sagrado
Sob as chuvas, sob o Sol
Surge, heroicamente, o trabalhador
Laborando sempre em prol
Da sociedade, sobre qualquer dor
Os tributos hão de sorver
Dos bolsos revirados no avesso
As pecúnias, após o entardecer
Tirando das mãos laboriosas seu apreço
A voz do povo é a voz de Deus
Porque o látego, pousam
Sobre as calejadas costas dos seus
Trabalhadores que mal repousam?
Do céu há de vir a graça
Encher o povo de regozijo
Usurpar o mal e a desgraça
Sentir o futuro rijo
A.M.O.R.
Ana Moraes de Oliveira Rosa
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