terça-feira, 1 de maio de 2018

poesia / Ana Moraes


1° de maio

A essência da vida
Está na ponta do martelo
Cura qualquer ferida
Apesar de ser um prelo

A enxada sulca caminhos
De vida, repletos e preenchidos
Supera os árduos espinhos
Os frutos da Terra colhidos

Emerge, o fluído salino
Do corpo desgastado
Colhe, o imundo chão peregrino
O verdadeiro líquido sagrado

Sob as chuvas, sob o Sol
Surge, heroicamente, o trabalhador
Laborando sempre em prol
Da sociedade, sobre qualquer dor

Os tributos hão de sorver
Dos bolsos revirados no avesso
As pecúnias, após o entardecer
Tirando das mãos laboriosas seu apreço

A voz do povo é a voz de Deus
Porque o látego, pousam
Sobre as calejadas costas dos seus
Trabalhadores que mal repousam?

Do céu há de vir a graça
Encher o povo de regozijo
Usurpar o mal e a desgraça
Sentir o futuro rijo

A.M.O.R.
Ana Moraes de Oliveira Rosa

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