segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Artista de 87 anos escreve livro sobre a trajetória dele em Tatuí



Aos 87 anos de idade, o artista aposentado de Tatuí (SP), Januário Motta, comemora um novo trabalho: a publicação de um livro. A obra ficou pronta em 2012 e conta a história dele nos palcos. O título "Januário Motta - Sua Vida, Suas Histórias”, traz textos e fotos que o artista guardou durante toda a vida.

Motta se considera um artista multimídia. Ele afirma que durante a trajetória na carreira artística fez de tudo um pouco. “Fui ator, autor, mágico, palhaço, ventríloquo, desenhista e letrista”, afirma.

"Januário Motta - Sua Vida, Suas Histórias" é o terceiro livro que Motta escreve. Ele afirma que é um sonho realizado levando em conta que aprendeu ler e escrever sozinho. O artista afirma que quando conseguiu escrever as primeiras linhas, passou a ser dedicar a criar peças de teatro, além de roteiros para espetáculos de circo e também as próprias histórias.

A dedicação à arte e aos estudos sobre artes de maneira autodidata fez do artista um dos pioneiros no que, na atualidade, convencionou-se chamar de artista multimídia. E isso muito antes do termo corresponder à soma de múltiplos talentos. “Ninguém fazia aquilo que eu fazia. Teve até uma vez que comecei a me apresentar fazendo equilíbrio de cadeiras. Colocava várias, uma sobre as outras e ficava aquela fila de cadeiras. Um dia, uma mulher me deu a ideia de colocar uma pessoa sentada. Eu fiz e o público adorou”, comenta.

Um dos companheiros inseparáveis do artista é o boneco Benedito. Com ele, Motta atuava como ventríloquo e comediante. O boneco, confeccionado por ele, foi sucesso nas apresentações de circo e festas. Motta afirma que saiu de casa ainda menino para acompanhar uma companhia de teatro, a "Tic Tac", tendo com ela conhecido grande parte do país. Anos depois, ingressou no circo, onde fez um pouco de tudo.

A paixão pelos personagens engraçados, começou aos quinze anos, quando entrou pela primeira vez em um circo. Convidado para trabalhar em uma companhia, descobriu que tinha o dom de fazer a platéia rir. “Meu personagem era ‘Nhô Gregório’, o caipira mais atrapalhando do ‘Arraia do Fedo de Bode’. Eu gostava de trabalhar de caipira, contar piada... gostava de ver o povo rir . Em algumas cidades, as apresentações ficavam cheias. As moças vinham pedir autógrafo e jogavam flores para mim”, comenta.

O artista aposentado vivendo do circo, passou grande parte da vida até fixar-se definitivamente em Tatuí, onde abriu seu ateliê de bonecos e uma oficina de mágica e pintura.
O boneco Benedito foi confeccionado por Januário Motta, que atuou com o fantoche como ventríloquo. (Foto: Reprodução TV Tem)

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