Renan Cortez destaca que o Conservatório de Tatuí está prestes a fechar as portas

“Não somente a Câmara, mas o corpo docente e os alunos, todos teremos que começar a deixar o receio de lado, porque estamos desta vez entre o nosso receio e o fechamento do Conservatório”, frisou em tribuna.

10/10/2025 |  Durante a Sessão Ordinária da última segunda-feira (6), o vereador Renan Cortez, presidente da Câmara, foi à tribuna e repercutiu as cobranças relacionadas ao Conservatório de Tatuí, contidas nos Requerimentos 3451 e 3452/2025, ambos feitos em conjunto com diversos vereadores. Ele ressaltou que a instituição está a caminho de fechar as portas, ao citar que “a fresta [das portas] está cada vez menor e temos que nos posicionar”.

- 3451/2025, requerem da Direção do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí, que informe qual a posição oficial da instituição diante das estatísticas apresentadas em documentação, que demonstram o impacto da política de limite de idade sobre o ingresso de novos alunos. Autoria conjunta dos vereadores Kelvin Joelmir de Morais, Alex Mota, Bossolan da Rádio, Cintia Yamamoto, Elaine Miranda, João Éder, Leandro Magrão, Márcio do Santa Rita, Maurício Couto, Renan Cortez, Vade Manoel e Rosana do Supermercado.

- 3452/2025, requerem da Exma. Sra. Marília Marton, Secretária de Estado da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, que informe o posicionamento oficial acerca da documentação que apresenta estatísticas sobre o impacto da política de limite de idade no ingresso de alunos do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí. Autoria conjunta dos vereadores Kelvin Joelmir de Morais, Alex Mota, Bossolan da Rádio, Cintia Yamamoto, Elaine Miranda, João Éder, Leandro Magrão, Márcio do Santa Rita, Maurício Couto, Renan Cortez, Vade Manoel e Rosana do Supermercado.

“No ano passado nos falaram dessa forma referente ao Conservatório: ‘Vocês precisam esperar acontecer, precisam esperar introduzir o novo sistema para que possam falar’. Acho que desta vez os números comprovam e não há mais o que discutir. O fato é que não somente a Câmara, mas o corpo docente e os alunos, todos teremos que começar a deixar o receio de lado, porque estamos desta vez entre o nosso receio e o fechamento do Conservatório”, frisou o presidente da Câmara.

“Então, ou deixamos o receio de lado ou, infelizmente, veremos as portas se fecharem aos poucos. ‘Ah, mas não fechou. Amanhã não vai fechar’, alguém pode dizer. Mas a fresta [das portas] está cada vez menor e temos que nos posicionar”, destacou.

Após o término das falas dos vereadores na tribuna, Renan Cortez fez um complemento a respeito da situação atual do Conservatório de Tatuí. “Nós recebemos um documento anteriormente à fala da senhora Daniela Alarcon na ‘tribuna livre’, que contém vários dados, sendo um levantamento minucioso sobre alguns índices do Conservatório. Por isso também mencionei em minha fala que o período de avaliação das decisões que foram tomadas está aqui em nossas mãos”, explicou.

“Essa documentação consiste em dados das últimas ações e atitudes executadas pela gestão atual do Conservatório. E, grosso modo, alguns números são extremamente relevantes, infelizmente, negativamente. Conhecemos o Conservatório e podemos dizer que muito bem. Existem apontamentos aqui, de alguns cursos que chegamos a ter sete pessoas para uma vaga, uma procura enorme, e hoje nesses mesmos cursos há vagas sem ocupar. São números assustadores. Em outros, temos de 25% a 30% de diminuição da procura”, apontou Renan Cortez.

“Será que podemos ser radicais? Se subtrairmos 30% esse ano, podemos ser radicais e afirmar que nos próximos três anos esses cursos não existirão mais? Seria isso? Por isso menciono que as portas não fecharam, mas estão entreabertas. Fizemos todas as ações nos últimos cinco, seis, oito anos, de maneira documental, vários apontamentos, pedidos de muitas formas, mas os números estão em mãos e precisamos, de uma maneira correta, idônea, ter sim um posicionamento eficaz que traga a lucidez da gestão atual para que isso seja discutido. Com os números em mãos e o embasamento concreto, para que isso seja reavaliado e, acima de tudo, redefinido. Porque somente a reavaliação não vai trazer os números de volta”, encerrou o presidente da Câmara.