quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Polícia prende marido de professora de Tatuí encontrada morta há 4 anos

Do G1- A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Piracicaba prendeu nesta quarta-feira (27) o marido da professora Maria Angélica Alves de Oliveira, de Tatuí, encontrada carbonizada dentro do próprio carro em Piracicaba há quatro anos. De acordo com o delegado que investiga o caso, Fernando Marcos Dultra, a prisão temporária foi pedida depois que as investigações apontaram que o viúvo pode ser o mandante do crime.

O delegado ainda explica que Volnei Mattos teve a prisão decretada por 30 dias. Ele foi preso com base em depoimento de testemunhas que afirmaram que o relacionamento entre o casal era conturbado com brigas constantes. Outro fator que leva a polícia a apontar o marido como envolvido seria a frieza no comportamento dele durante os quatro anos de investigações.

“Foi um caso muito complexo. Ouvimos várias testemunhas e tudo aponta que ele é o mandante do crime. Mas o autor, quem realmente executou a vítima, não foi encontrado. O suspeito de mandar matar nega o envolvimento, e não encontramos pistas que possam revelar quem efetivamente fez a execução e incendiado o carro”, revela.

O delegado assumiu o inquérito em abril deste ano. Ele colheu novos depoimentos e fez diligências que levaram a polícia a concluir a suspeita. Segundo o delegado, o suspeito diz que só vai se pronunciar em juízo. “O inquérito, que tem mais de mil páginas, foi concluído e será encaminhado ao Fórum. Só vamos reabrí-lo para tentar encontrar o autor do homicídio caso haja alguma informação nova por parte do suspeito ou de denúncias”, afirma.

Entenda o caso
O corpo de Maria Angélica Alves de Oliveira foi encontrado carbonizado dentro do carro dela em um canavial na zona rural de Piracicaba, em 31 de julho de 2010. Ela ficou desaparecida por dois dias antes de ser encontrada. A identificação foi feita por meio de exame de DNA.

A professora, que na época tinha 30 anos, morava em Tatuí com o marido e também professor Volnei Mattos Oliveira. Ela lecionava em uma escola técnica do município. Segundo depoimento de Volnei no dia em que o corpo foi encontrado, a mulher tinha saído para ir ao banco e não voltou mais. Volnei teria sido uma das últimas pessoas a conversar com Maria Angélica horas antes do assassinato e, na época, a polícia já trabalhava com a hipótese de envolvimento dele no crime.

Até a identificação ser concluída, a professora só foi enterrada 35 dias depois da morte em um cemitério de Itapetininga, onde a família dela reside.

(Foto: Reprodução/ TV TEM)

Nenhum comentário:

Postar um comentário