domingo, 22 de abril de 2012

Conservatório de Tatuí é destino de peruanos interessados em estudar música

Notícia publicada na edição de 20/04/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 001 do caderno C


Por: LUIZ SETTI

Com 50 alunos estrangeiros, vindos da América Latina, Estados Unidos, Europa, Japão e um do Haiti, o Conservatório de Tatuí é quase uma Babel. Porém, o idioma espanhol reina absoluto nos corredores do local, referência na América Latina quando o assunto é ensino da música. E não é de se estranhar que o Peru, que ainda não dispõe de uma estrutura educacional em música satisfatória, seja a origem de boa parte dos estudantes estrangeiros do conservatório .

O jovem Ronald Peña Zaira, de 21 anos, confirma a fama do local que escolheu para concluir seus estudo de trompa. "É muito conhecido, por conta do nível dos professores", explica. Além do mais, ele ainda acredita que, no Brasil, há mais possibilidade de trabalho. No terceiro ano do curso, comemora o fato de que ainda estará no Brasil, no ano da Copa do Mundo, e reconhece que teve certas dificuldades por conta das diferenças culturais. "No começo senti pelo idioma, mas também por conta dos costumes diferentes, forma de vida, alimentação", classifica ele, que hoje sente-se mais adaptado. Mesmo assim, quer ir mais longe. "Daqui quero ir para a Europa, mas tenho mais três anos", fala.

Próximo de concluir o curso de clarinete, o peruano Andrés Montesinos Barandiaran parece muito mais à vontade com a língua e costumes brasileiro. Ele, que já morou nos Estados Unidos da América, conta que o que mais o assustou no Brasil foi o tamanho da cidade de Tatuí. "Muito pequena, nem shopping tem." Porém, reconhece que, por essa característica, também possibilita menos distração aos estudantes e mais horas dedicadas ao estudo. "Não tem o que fazer, então a gente aproveita e vai estudar", fala ele, lembrando que o diploma que levará no conservatório, depois de anos de dedicação, não é reconhecido como graduação no Brasil.

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