Unidade em Tatuí encerrou as atividades e 700 pessoas foram demitidas. Funcionários alegam que estavam há um mês sem receber salário.
Por G1 Itapetininga e Região com edição do DT
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Empresa Dolly suspendeu as atividades em Tatuí (Foto: TV TEM/Reprodução/Arquivo)
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20/06/2018 - Um dos 700 funcionário que foram demitidos da empresa de refrigerantes Dolly, em Tatuí, afirma que já estava sem receber salário há mais de um mês, mas a demissão pegou todos de surpresa. Para ele, o trabalho garantia a renda familiar da casa.
“É muito triste sair daqui com tudo fechado. Uma empresa que contava com nosso trabalho. Nós já estávamos sem receber o salário há um mês e eles falaram que era melhor nos demitir, pois assim pegaríamos pelo menos o Fundo de Garantia (FGTS)”, conta o motorista Paulo Santos.
Ainda de acordo com Paulo, que agora está desempregado, é triste ver a empresa na qual trabalhou por quatro anos nesta situação.
“O que nos falaram é que tiveram que fazer isto por causa do bloqueio judicial, mas é difícil, principalmente para nós, pai de família que depende do trabalho. Vamos tentar agora tocar a vida, tentar encontrar outro emprego. Enquanto isso vamos recebendo o seguro-desemprego, mas é algo muito triste”, conta.
Em nota, a assessoria da empresa Dolly confirmou na terça-feira (19) o encerramento das atividades e informou que a decisão foi tomada por causa do bloqueio de bens pela justiça. No entanto, eles não disseram se o pagamento dos funcionários está sendo feito.
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Paulo Santos trabalhou como motorista há 4 anos na empresa Dolly em Tatuí (Foto: Reprodução/TV TEM)
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O G1 entrou em contato com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Sorocaba e Região (Sindalimento), porém até o momento não obteve retorno.
A Prefeitura de Tatuí informou que vai atender os trabalhadores demitidos que tiverem interesse no Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT), que fica na rua Adalto Pereira, 352, no Centro.
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Empresa de refrigerantes Dolly confirma demissão de 700 funcionários em Tatuí
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Fechamento Cerca de 700 funcionários foram demitidos após a empresa de refrigerantes Dolly fechar nesta segunda-feira (18) a unidade que mantinha em Tatuí. A informação foi confirmada pela assessoria da empresa.
Ainda de acordo com a assessoria, o fechamento da unidade que culminou com as demissões é resultado do bloqueio de bens da empresa realizado pela Justiça.
A empresa informou ainda que as unidades de São Bernardo do Campo e de Diadema estão funcionando normalmente, e que estão tomando as devidas providências para desbloquear suas contas.
Fraude fiscal No mês passado, o dono da empresa, Laerte Codonho, ficou preso por oito dias suspeito de fraude fiscal. Codonho acusou a Coca-Cola por sua prisão.
O Ministério Público (MP) acusa a companhia de fraude fiscal estruturada, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Promotoria, a Dolly, comandada por Codonho, demitiu funcionários e os recontratou em outra companhia para fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo as investigações, o dinheiro desviado nos últimos 20 anos com a fraude é estimado em R$ 4 bilhões.
Em maio do ano passado, a empresa foi alvo da operação Clone, da Secretaria da Fazenda, que interditou a fábrica de Tatuí durante investigação de sonegação de impostos.
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