terça-feira, 11 de abril de 2017

Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí apresenta obras de Astor Piazzolla

Concerto com solos de Giancarlo Santos de Medeiros e Cristiane Blóes será no dia 20 de abril


Um dos mais importantes compositores argentinos, Astor Piazzolla será tema de concerto da Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí. A apresentação, com solos do saxofonista Giancarlo Santos de Medeiros e da pianista Cristiane Blóes e regência de Dario Sotelo, acontecerá no dia 20 de abril, quinta-feira, às 20h, no Teatro Procópio Ferreira.

O maestro Dario Sotelo lembra que a música de Astor Piazzolla é muito ouvida no Brasil. “Com certeza ele é uma das maiores figuras da música da Argentina”. O concerto da Banda Sinfônica no dia 20 terá obras com arranjos Dell’Oca Salla. “Este é o melhor orquestrador da música de Piazzolla para bandas sinfônicas”, comenta Sotelo.

O maestro destaca ainda diversidade da obra do compositor argentino, o que resultará em uma variação muito grande no palco do Teatro Procópio Ferreira. A abertura será com o poema sinfônico “Adios Noniño”, que Piazzolla dedicou ao pai. “É uma canção de pesar por causa da morte desta pessoa querida do compositor”, afirma Sotelo.

O tango “Años de Soledad” contará com o solo do saxofone barítono de Giancarlo Santos de Medeiros. Na sequência, Cristiano Blóes faz o solo em “De mi Tierra… para Piano Solo e Banda”.

O encerramento será com “Quatro Estações Portenhas”. Trata-se de uma representação que Piazzolla fez de seu próprio país. “A música mostra a forma que o compositor vê cada uma das quatro estações do ano na Argentina”, explica o regente da Banda Sinfônica.

Astor Piazzolla De origem italiana, Astor Piazzolla nasceu em 1921 em Mar del Plata, na Argentina. De 1925 até 1936, a família vive em Nova Iorque, onde, aos oito anos, o pai lhe presenteia com um bandoneon. Em 1933, torna-se aluno do pianista húngaro Bela Wilda, com que “aprende a amar a Bach”. Com Carlos Gardel, o jovem de 13 anos participa do filme “El dia que me quieras”, muito importante para a história do tango.

De volta à Argentina, Piazzolla aproxima-se do tango e, em 1939, passa a tocar bandoneon na orquestra de Aníbal Troilo, grande maestro do gênero da época. Nos anos seguintes, Piazzolla oscila entre o tango e a música clássica, compondo nos dois gêneros e gerando controvérsias em ambos.

Como prêmio de um concurso, em 1954 ele recebe uma bolsa para estudar na França, tornando-se aluno de Nadia Boulanger, um dos grandes professores de música da época. Piazzolla acreditava que seu futuro estaria na música clássica. Mas Boulanger lhe dá uma recomendação histórica depois de ouvir um de seus tangos: “Astor, suas peças clássicas são bem escritos, mas o verdadeiro Piazzolla está aqui, nunca deixe-o para trás”.

De volta à Argentina, Piazzolla forma o Octeto Buenos Aires, produzindo obras e interpretações inovadoras, rompendo com o tango tradicional. Ele vira alvo dos críticos ortodoxos e até dos meios de comunicação. Porém, sustentando que aquela era a “música contemporânea de Buenos Aires”, Piazzolla ganha a admiração das novas gerações.

Ele voltou a trabalhar nos Estados Unidos, onde teve a experiência negativa do “jazz-tango”. Em 1959, com a morte do pai, escreveu o famoso “Adiós Noniño”. Viveu na Itália durante a ditatura militar argentina. Lá ganhou fama internacional e gravou alguns de seus melhores trabalhos, incluindo o consagrado “Libertango”.

Na década de 1970, teve músicas usadas como trilha sonora do filme “Toda nudez será castigada” (adaptado da obra de Nelson Rodrigues e dirigido por Arnaldo Jabor), rendendo-lhe menção especial do júri, como melhor trilha, no Festival de Cinema de Gramado. Na década de 1980, Piazzolla esteve várias vezes no Brasil e apresentou-se com Tom Jobim em um programa da Rede Globo.

Piazzolla totalizou 64 discos gravados e suas músicas são executadas por conjuntos do mundo inteiro. Ele morreu em Buenos Aires em julho de 1992.


Giancarlo Santos de Medeiros Licenciado em Pedagogia e pós-graduado em Educação Musical, diplomou-se em saxofone clássico pelo Conservatório de Tatuí em 2001. No ano de 2003 concluiu o curso de aperfeiçoamento no instrumento na mesma instituição. Participou de masterclasses e aulas com renomados mestres do saxofone, como Dale Underwood (EUA). Atuou sob a regência de importantes maestros, tais como João Carlos Martins, Dario Sotelo, Laszlo Marosi (Hungria), Jan Van der Roost (Bélgica), Richard Miles (EUA), Rafael Sanz-Espert (Espanha), Gleen Price (Canadá), Frank Battisti (EUA), Felix Hauswirt (Suíça), Marcos Sadao Shirakawa, Marcelo Jardim, entre outros.

Também atuou como solista em importantes salas, como Teatro Municipal de São Paulo e Auditório Simon Bolívar (Memorial da América Latina). Foi solista convidado da Banda Sinfônica da Academia da Força Aérea (AFA) no I Encontro Latino-Americano de Compositores, Arranjadores e Regentes de Banda Sinfônica, realizado em 2007.

Integrando a Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí gravou sete CDs, um DVD atuando como solista e acompanhou renomados artistas da MPB, como Leila Pinheiro e Moraes Moreira. Atualmente é professor de saxofone da Escola Municipal de Música “Enoque da Silva” de Alumínio (SP), professor de saxofone do Conservatório de Tatuí, integrante da Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí e integrante do Quarteto de Saxofones SaxBrasil.


Cristiane Blóes Mestre em Música e bacharel em piano pela Unesp-SP, é também formada em piano erudito e popular pelo Conservatório de Tatuí. Discípula de Catarina Domenici, Beatriz Balzi, Homero Magalhães, André Rangel, Peter Dausberg (música de câmara), atuou como pianista convidada em diversos eventos internacionais destacando-se todas as edições do Encontro Internacional de Flautistas e Percussionistas do Conservatório de Tatuí.

Premiada em diversos concursos como solista e camerista com destaque para o “X Prêmio Eldorado de Música” em que obteve premiação com o “Duo Sonâncias” (piano e percussão) e o primeiro lugar na 1ª Edição do Concurso de Nacional de Piano de Música Brasileira Spartaco Rossi (Tatuí-1994).

Gravou vários CDs destacando-se “Raros e Inéditos” (prêmio APCA de Música de 1996), acompanhando Zizi Possi, Ney Matogrosso, Carlos Vergueiro e Virgínia Rosa. Gravou nove CDs institucionais produzidos pelo Conservatório de Tatuí atuando com os principais grupos da instituição. Tocou sob regência de Edson Beltrami, Dario Sotelo, A. C. Neves Campos, Adriano Machado, John Boudler (EUA), Ciro Pereira, Lazlo Marosi (Hungria) e Dwight Satterwhite (EUA). Acompanhou, também, nomes da música popular como Leila Pinheiro e Toquinho.

É coordenadora e professora da Área de Piano do Conservatório de Tatuí. Desde 2009 coordena o Encontro Internacional de Pianistas do Conservatório de Tatuí e Concurso Nacional de Música Brasileira Maestro Spartaco Rossi. É pianista titular da Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí.


Apoio Cultural – No ano de 2017, o Conservatório de Tatuí recebe apoio cultural da Coop  – Cooperativa de Consumo e CCR SPVias.

SERVIÇO
Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí
Obras de Astor Piazzolla
Dario Sotelo, regência
Giancarlo Santos de Medeiros, saxofone
Cristiane Blóes, piano
Data: 20 de abril, quinta-feira
Horário: 20h
Local: Teatro Procópio Ferreira – rua São Bento, 415, Tatuí
Entrada: 12 reais (6 reais meia entrada)
Contato: (15) 3205-8464

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