DIÁRIO DA MANHÃ - A decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a aceitação ou não foi marcada, ontem, por intensa pressão sobre o decano da Corte, ministro tatuiano Celso de Mello, que vai ter a missão de desempatar a votação. O placar está em 5 a 5. Falta só o voto do decano. Havia a expectativa de que a votação terminasse ontem, mas os extensos votos com posicionamento político dos ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio de Mello, que desejam a rejeição dos infringentes, jogaram a decisão para a próxima quarta-feira.
Marco Aurélio havia avisado no intervalo da sessão que a ideia era deixar o voto de Celso de Mello para a próxima semana, para que ele tivesse mais tempo para “refletir”. A tendência, ontem, era de que o decano votasse a favor dos infringentes, daí a pressão dos ministros que votaram contra esses recursos.
Na quarta-feira, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, havia encerrado a sessão cedo antes do voto da ministra Carmem Lúcia. A medida foi interpretada como um sinal de pressão para ela votar contra os recursos, o que de fato ocorreu.
Votos políticos - Diferentemente de quarta-feira, quando o tom técnico predominou, ontem o tom político foi explícito. Em seu voto, Gilmar Mendes fez um discurso exaltado, relendo trechos de voto contra os réus. Ele votou contra os embargos.