quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Tatuí é pioneira a oferecer testes rápidos de HIV em todas as unidades de saúde

Exames de sífilis e hepatite também estão disponíveis gratuitamente -  Tatuí sai na frente no combate à AIDS e a outras doenças sexualmente transmissíveis. O município é um dos primeiros do país a oferecer testes rápidos para diagnóstico de HIV, sífilis e hepatite, em todas as unidades básicas de saúde. A notícia foi repercutida em reunião estadual, realizada no dia 23 de agosto, em São Paulo, do centro condutor de recursos humanos, vinculado à Rede Cegonha, do Governo Federal. Graças a um projeto inovador da Secretaria Municipal de Saúde, todas as enfermeiras da rede pública receberam capacitação para aplicar o exame. 

O curso foi ministrado pelas enfermeiras Marilu Rodrigues da Costa e Elis Lucia Diniz de Souza, receberam treinamento do próprio Ministério da Saúde. Tatuí é também a única cidade da região a realizar essa modalidade de exame, incluindo ainda a fase inicial do pré-natal, além do teste rápido também de gravidez. “Com diagnósticos precoces, é possível iniciar o tratamento com maior eficácia, evitando problemas futuros para as mães e recém-nascidos”, explica Marilu, que é coordenadora da Vigilância Epidemiológica. 

Os testes rápidos são realizados a partir da coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo. O sangue é colocado em dois dispositivos de testagem e, para chegar ao resultado, o profissional segue um fluxo determinado cientificamente. Se os dois dispositivos tiverem os mesmos resultados, o diagnóstico já é fechado. Porém, se houver discordância entre os resultados, é feito outro teste com um terceiro para confirmação. Assim, o resultado tem a mesma confiabilidade dos exames convencionais e não há necessidade de repetição em laboratório.

Esse método permite que, em apenas meia hora, o paciente faça o teste, conheça o resultado e receba o serviço de aconselhamento necessário. O teste de AIDS não deve ser feito de forma indiscriminada e a todo o momento. O aconselhável é que quem tenha passado por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido, faça o exame. Após a infecção pelo HIV, o sistema imunológico demora cerca de um mês para produzir anticorpos em quantidade suficiente para serem detectados pelo teste. Por conta disso, o mais aconselhável é que se faça o exame após esse período.

O secretário municipal de Saúde, José Luiz Barusso, lembra que o teste é absolutamente sigiloso. Ele ressalta que, segundo estimativas do próprio Ministério da Saúde, há milhares de brasileiros que não sabem que tem o vírus. “Pesquisas indicam que existem hoje no Brasil cerca de 630 mil pessoas vivendo com o HIV, o vírus da AIDS, e que cerca de 255 mil nunca teriam feito um teste de diagnóstico e, por isso, não conhecem sua sorologia”, finalizou.

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