sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Jovem de 19 anos morre em rodovia de Tatuí
O rapaz bateu em um ônibus e não resistiu aos ferimentos
Por Ariadne Janez/ TV Tem
Acidente entre uma moto e ônibus nesta sexta-feira (12) matou um jovem de 19 anos na Rodovia Laurindo Dias Minhoto, em Tatuí. Segundo informações da Polícia Rodoviária, o motociclista atingiu a lateral do ônibus. Ele foi levado para o Pronto-Socorro cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Os passageiros do ônibus não ficaram feridos.
Coleção de bambus é a maior da América Latina
Fernando Guimarães
fernando.guimaraes@jcruzeiro.com.br
Tatuí comemora hoje 185 anos de fundação e um dos orgulhos dos tatuienses é a coleção de bambus existente na Estação Experimental de Agronomia "Engenheiro Agrônomo Armando Pettinelli". São 135 espécies ao todo, mas engenheiros agrônomos acreditam que haja mais, conforme explica o chefe de seção da equipe operacional, Salatiel Fogaça. Situada na rodovia Mário Batista Mori, no quilômetro 38, zona rural de Tatuí, a Estação Experimental - chamada atualmente de Unidade de Pesquisa de Tatuí -, tem cerca de 40 alqueires ou quase 970 mil metros quadrados (cada alqueire equivale a 24.200 m2) e pertence ao Estado. Além de ser um centro de pesquisas, é, também, um centro meteorológico.
Subordinada ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a Estação Experimental é uma das unidades da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), responsável por coordenar e gerenciar as atividades de ciência e tecnologia voltadas para o agronegócio, cujas ações políticas são propostas pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.
Inaugurada em 1934, a Estação já foi referência nacional com o lançamento do trigo duro, cuja sêmula é utilizada para a produção do macarrão. Sempre aberta à visitação do público, a unidade hoje recebe menos visitas do que há alguns anos: "Nós precisamos de mais investimento do governo e também do reparo de alguns equipamentos de medição do clima, por exemplo", explica Ângela Aparecida Franco, da administração da unidade.
Diversas utilidades
A variedade de bambus inclui os que são comestíveis, outros que são utilizados para o artesanato e aqueles que servem de enfeites e até para produzir tecidos. Com o bambu é possível fazer carvão e instrumentos musicais, como flautas. Explorando mais o uso do bambu, é possível, também, substituir a ferragem usada no concreto armado. Caixa de joias, suporte para flores ou arranjos, cadeiras, poltronas, sofás, reservatórios para pinga podem ser feitos com bambu. Uma armadilha e um criadouro para peixes também podem ser feitos com bambus.
Mas se o leitor acha que isso é incrível, é possível usar o bambu para fazer roupas, cujo tecido é macio e confortável, segundo Ângela, e, ainda, para construir casas. Entre outubro de 2003 e abril de 2004, os funcionários da Estação Daniel Domingues Correa, Iraci de Moraes e Luís Carlos de Sales construíram um sobrado inteiramente de bambu. Até a escada que leva para o pavimento superior é feita em bambu.
Lavrador de pedra
Com quase três metros de altura, um homem de pedra chama a atenção na Estação Experimental de Agronomia de Tatuí. Os artistas são os próprios funcionários da unidade. O homem, com chapéu de pedra, lembra um trabalhador rural semeando o terreno. Levemente inclinado para frente, a modelagem do homem de pedra denota contornos suaves e transmite ao observador certa tranquilidade e o comprometimento do homem do campo com a sua plantação. O grande lavrador de pedra tem 27 anos de idade.
fernando.guimaraes@jcruzeiro.com.br
Tatuí comemora hoje 185 anos de fundação e um dos orgulhos dos tatuienses é a coleção de bambus existente na Estação Experimental de Agronomia "Engenheiro Agrônomo Armando Pettinelli". São 135 espécies ao todo, mas engenheiros agrônomos acreditam que haja mais, conforme explica o chefe de seção da equipe operacional, Salatiel Fogaça. Situada na rodovia Mário Batista Mori, no quilômetro 38, zona rural de Tatuí, a Estação Experimental - chamada atualmente de Unidade de Pesquisa de Tatuí -, tem cerca de 40 alqueires ou quase 970 mil metros quadrados (cada alqueire equivale a 24.200 m2) e pertence ao Estado. Além de ser um centro de pesquisas, é, também, um centro meteorológico.
Subordinada ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a Estação Experimental é uma das unidades da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), responsável por coordenar e gerenciar as atividades de ciência e tecnologia voltadas para o agronegócio, cujas ações políticas são propostas pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.
Inaugurada em 1934, a Estação já foi referência nacional com o lançamento do trigo duro, cuja sêmula é utilizada para a produção do macarrão. Sempre aberta à visitação do público, a unidade hoje recebe menos visitas do que há alguns anos: "Nós precisamos de mais investimento do governo e também do reparo de alguns equipamentos de medição do clima, por exemplo", explica Ângela Aparecida Franco, da administração da unidade.
Diversas utilidades
A variedade de bambus inclui os que são comestíveis, outros que são utilizados para o artesanato e aqueles que servem de enfeites e até para produzir tecidos. Com o bambu é possível fazer carvão e instrumentos musicais, como flautas. Explorando mais o uso do bambu, é possível, também, substituir a ferragem usada no concreto armado. Caixa de joias, suporte para flores ou arranjos, cadeiras, poltronas, sofás, reservatórios para pinga podem ser feitos com bambu. Uma armadilha e um criadouro para peixes também podem ser feitos com bambus.
Mas se o leitor acha que isso é incrível, é possível usar o bambu para fazer roupas, cujo tecido é macio e confortável, segundo Ângela, e, ainda, para construir casas. Entre outubro de 2003 e abril de 2004, os funcionários da Estação Daniel Domingues Correa, Iraci de Moraes e Luís Carlos de Sales construíram um sobrado inteiramente de bambu. Até a escada que leva para o pavimento superior é feita em bambu.
Lavrador de pedra
Com quase três metros de altura, um homem de pedra chama a atenção na Estação Experimental de Agronomia de Tatuí. Os artistas são os próprios funcionários da unidade. O homem, com chapéu de pedra, lembra um trabalhador rural semeando o terreno. Levemente inclinado para frente, a modelagem do homem de pedra denota contornos suaves e transmite ao observador certa tranquilidade e o comprometimento do homem do campo com a sua plantação. O grande lavrador de pedra tem 27 anos de idade.
Do jornal Cruzeiro do Sul, edição de 11.08.2011
Duplicação de rodovia Tatuí à Raposo Tavares termina em novembro
O trecho de Tatuí é executado pela construtora Madri. Marginais e a duplicação da ponte Expedicionário José Fernandes (Juquita), sobre o rio Tatuí, também vêm sendo feitas. A rodovia é a principal ligação da área urbana de Tatuí com o Parque Residencial Colina das Estrelas e com os bairros Mirandas, Souzas, Congonhal, Guaxingu e Quadrinha, além de ser acesso às estradas que levam a Iperó, Capela do Alto e Sorocaba (rodovia Raposo Tavares).
Mais uma obra
Outro trecho está sendo executado na SP-141, que prevê a duplicação da rodovia em três quilômetros, na área urbana de Capela do Alto, além do recapeamento e construção de terceiras faixas. No total, para os dois trechos, estão sendo investidos R$ 74 milhões em 27 quilômetros da rodovia. "Esta obra beneficiará mais de 130 mil pessoas, moradores de Tatuí e Capela do Alto. Impulsionará ainda mais o desenvolvimento desta região e servirá para unir dois dos maiores polos industriais regionais: Tatuí e Sorocaba", destaca o prefeito Luiz Gonzaga Vieira de Camargo (PSDB).
Do jornal Cruzeiro do Sul
Ford Racing Trucks/Território Motorsport vence nos Caminhões
Porangatu (GO)- A Equipe Ford Racing Trucks/Território Motorsport faturou o primeiro lugar entre os Caminhões nesta quinta-feira (11) quando Rally dos Sertões chegou a Porangatu, em Goiás. O trio Edu Piano/Solon Mendes/Davi Fonseca completou a Especial do dia em 2h41m48s. Apesar de o trecho cronometrado ter sido menor para os Caminhões (175 quilômetros) o trajeto não deu folga aos competidores.
A Especial foi um verdadeiro Cross Country. Reuniu trial, trechos travados, curvas, pedras, trechos sinuosos, areia, travessias de rios e testou a técnica e habilidade dos pilotos. O tetracampeão da prova, com 16 participações consecutivas que o diga. "Foi uma Especial completa, muito dura, com penhascos, trial, erosões, mas conseguimos vencer mais uma e foi uma prova estratégica para nós", afirma Edu Piano.
Ao seu lado, o não menos experiente Solon Mendes, que está na 13ª participação e prefere as navegações bem complicadas. "Quanto mais difícil melhor, apesar de perigosa, a prova de hoje foi muito boa, mas se bobeássemos poderíamos nos dar muito mal. Mas todo o conjunto funcionou bem e foi importante sair na frente mais uma vez", destacou o cearense.
Mesmo num trajeto exigente como este o F4000 Território 4x4 foi valente e mostrou toda a sua robustez e potência. "O caminhão passará por um revisão mas terminou inteiro. O que nos ajudou a vencer também foi o motor Cummins ReCom que foi essencial para abrir vantagem em relação aos nossos adversários", completa Edu.
Vitória com nascimento - Se Piano e Mendes comemoraram o resultado do segundo dia, quando a equipe confirmou a liderança nos Caminhões no acumulado, o co-piloto e mecânico Davi Fonseca festejou também o nascimento do seu filho André. "Meu filho nasceu às 10horas, minutos depois de largamos. Consegui falar com minha esposa pela manhã e depois somente no final do dia. Estou muito feliz, mas vou conhecê-lo só depois do Sertões terminar e espero poder dedicar mais uma vitória a ele", diz Fonseca, tetracampeã nos Caminhões e que é pai de mais dois meninos.
Nesta sexta-feira, a terceira etapa do Rally dos Sertões chega ao Estado de Tocantins. A prova também promete ser dura com uma Especial de 151 quilômetros e um percurso total de 455 quilômetros. A competição que considerada o segundo maior rali do mundo prossegue até o dia 19/8, quando o rali termina em Fortaleza,. São 4 mil quilômetros e cinco estados Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí e Ceará.
Acompanhe a equipe durante o Rally dos Sertões pelo canal do youtube www.youtube.com/fordcaminhoes, no site www.territoriomotorsport.com.br/rally, no blog www.webventure.com.br/sertoes2011/blog/home/id/42 ou ainda, pelas redes sociais no Facebook Ford Racing Trucks e no Twitter @fordracingtruck
A equipe Ford Racing Trucks/Território Motorsport conta com patrocínio da Ford Caminhões, Cummins, Garrett, Termicom, Truckvan e Revescap e apoio Cummins Onan, ZF, Cobreq e Rassini-NHK.
Rally dos Sertões - 3ª etapa - 12/08
Porangatu (GO) a Gurupi (TO)
Deslocamento inicial: 66 km
Trecho especial: 285 km (151 para caminhões)
Deslocamento final: 104 km
Total do dia: 455 km
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Eudóxia de Barros apresenta recital no Conservatório de Tatuí amanhã
Uma das grandes expoentes da música brasileira fará homenagem aos pianistas Franz Liszt e Osvaldo Lacerda
O Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos apresenta um recital com a pianista Eudóxia de Barros, amanhã, dia 12 de agosto, no Teatro Procópio Ferreira, às 20h30. O concerto será em homenagem ao pianista e compositor Franz Liszt. Os ingressos para o evento custam R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).
Em comemoração aos 200 anos do nascimento de Franz Liszt (1811-1886), Eudóxia executará as obras “Terceiro Noturno (da série ‘Rêves d’Amour’)”, “São Francisco de Paula caminhando sobre as ondas”, “Estudo nº 6 (11 variações sobre um tema de Paganini)”, além de “La Campanella”, “Rapsódia nº 14” e “Rapsódia nº 6”.
“As músicas são muito bonitas e espero fazer uma boa apresentação. Também será uma homenagem ao meu marido, o compositor Osvaldo Lacerda, falecido no último dia 18 de julho. Toco duas músicas dele, sendo uma delas a Valsa, a última peça que ele escreveu para piano, em fins de 2010”, conta Eudóxia.
Seu repertório internacional é vasto, mas também é grande o número de composições brasileiras de todas as épocas e estilos que domina. Apesar de haver estudado com os maiores nomes do ensino pianístico no Brasil e Exterior, valia-se dos conselhos do compositor e professor Osvaldo Lacerda, o qual dirigia um enfoque específico para sonoridade, análise minuciosa das obras que aborda e um profundo respeito pelos textos dos compositores, razão pela qual é considerada sua melhor intérprete.
Eudóxia também é fundadora e vice-presidente do Centro de Música Brasileira e acumula muitos prêmios e honrarias tais como APCA e Funarte no Brasil e North Carolina Symphony nos Estados Unidos. É imortal pela Academia Brasileira de Música e membro de diversas entidades. Solista de orquestras estrangeiras e das mais importantes nacionais atua sob regência de grandes maestros. Gravou muitos LPs, CDs e um DVD.
Na área do magistério, Eudóxia faz parte de bancas julgadoras de concursos pelo Brasil e transfere seus conhecimentos a privilegiados alunos. É autora do livro “Técnica Pianística”, prefaciado por Camargo Guarnieri.
Na área do magistério, Eudóxia faz parte de bancas julgadoras de concursos pelo Brasil e transfere seus conhecimentos a privilegiados alunos. É autora do livro “Técnica Pianística”, prefaciado por Camargo Guarnieri.
Serviço
Recital de homenagem a Liszt
12 de agosto, às 20h30
Teatro Procópio Ferreira – Rua São Bento, 415, Centro – Tatuí (SP)
Os ingressos para o evento custam R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).
Mais informações: www.conservatoriodetatui.org.br / (15) 3205 8444
Recital de homenagem a Liszt
12 de agosto, às 20h30
Teatro Procópio Ferreira – Rua São Bento, 415, Centro – Tatuí (SP)
Os ingressos para o evento custam R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).
Mais informações: www.conservatoriodetatui.org.br / (15) 3205 8444
Vaccareza deve vir a Tatuí para inauguração de creche
O deputado federal Cândido Vaccarezza (PT) deve visitar Tatui no dia 12 de Agosto, às 16 hs, na inauguração da Creche Arthur Avalone, obra custeada pelo Governo Federal com contrapartida da Prefeitura. A informação é do vereador Vicente Menezes em seu tweeter.
Hino a Tatuí
Em 10 de agosto de 1964, a Câmara Municipal de Tatuí aprovou o projeto de lei de iniciativa do vereador Aido Luiz Lourenço, que estabeleceu como Hino a Tatuí a música Tatuí, Cidade Ternura, nome original da composição de Maria Ruth Luz (música) e Paulo Cerqueira Luz (letra) .
O prefeito Paulo Ribeiro promulgou e sancionou a lei em 11 de agosto de 1964, publicamente, em solenidade realizada no salão nobre da Escola Industrial Salles Gomes, por ocasião do encerramento da Semana da Música, evento organizado pelo Conservatório local.
Letra de Paulo Cerqueira Luz
Música de Maria Ruth Luz
O Hino
Tatuí, Cidade Ternura, terra querida onde vivemos,
Tens filhos de grandes méritos,
É justo que os louvemos:
Nas letras, Paulo Setúbal recebeu seu galardão;
Na caridade, Chico Pereira foi exemplo de cristão.
Estribilho
No verde-esmeralda das melancias,
No amarelo-ouro do abacaxi,
Lembramos a Bandeira do Brasil
Nas colheitas de Tatuí.
Tatuí do XI de Agosto,
Tatuí da Festa de São Jorge,
A ternura é a tua carga, o coração o teu alforje.
A ternura é a tua carga, o coração o teu alforje.
No progresso industrial, Manoel Guedes foi pioneiro;
Na música, Nacif e Bimbo brilharam no estrangeiro;
No pólo e no futebol, na justiça e na arte,
No carnaval e no fandango, Tatuí fez estandarte.
Estribilho
Tatuí, 185 anos: caipira e cosmopolita!
POR HENRIQUE AUTRAN DOURADO
Em julho passado, um fanático assassinou 77 pessoas na Noruega, em nome de uma suposta “limpeza” racial (qualquer semelhança com certo personagem do século passado não é mera coincidência). Em seu manifesto de 1.500 páginas, Breivik delira e diz que o atraso do Brasil “se deve à sua miscigenação”. Não vou discutir coisas estúpidas, porque é hora de comemorar Tatuí. Mas antes de fazê-lo, quero lembrar Nova Iorque, cidade que John Kennedy alcunhou “Nação de imigrantes”, e que é até hoje a “capital do mundo”, apesar dos recentes solavancos econômicos. Em Nova Iorque, cruzam-se livremente pelas ruas pessoas identificadas com sua origem: judeus ortodoxos com chapéu e tranças, árabes em trajes de seus países rezando ajoelhados em direção a Meca, negros com cabelos “dreadlocks”, latinos com ponchos tocando flautas de pã, enfim, uma riqueza sem limites.
Em Tatuí, palavra que veio do tupi-guarani, há traços indígenas em muita gente, cabelos negros (“as asas da graúna”, da “Iracema” de José de Alencar) mesclados com etnias de tantas origens. Como não sei se há dados estatísticos sobre o assunto, fiz uma brevíssima sondagem de sobrenomes comuns na cidade, seja de celebridades, conhecidos meus ou pinçados da lista telefônica.
Dá para começar com os sobrenomes da atriz Vera Holtz e do advogado Ari Berger (“montanhês”, família chegada da Alemanha em 1861): os dois são de origem germânica. (Friederich Holtz veio trabalhar na Real Fundição Ipanema, e lá casou-se com uma sueca, Strombeck). O vice-prefeito Voss (al.: “raposa”, “esperto”) leva sobrenome da Baixa-Alemanha; já o do ilustre escritor Paulo Setúbal (cidade de Portugal), do prefeito municipal Luiz Gonzaga Vieira de Camargo e dos vereadores Tarcísio Ribeiro, Oséias Rosa e José Maria Cardoso (Zétakão), além de Marcelo Peixoto (port.: “peixinho”), são todos de origem lusitaníssima. Fábio Menezes (esp.: “habitantes de Mena”) Bueno (esp: “bom”), o gaulês de Cimira Cameron e os italianíssimos Wladmir Saporito, Schincariol, Tomazela, Gianelli, Pavanelli e Gianesella também fazem parte deste “melting pot” (“panelão de mistura”) genealógico.
Entre os músicos que fizeram crescer a arte dos sons no passado de Tatuí, veio de Veneza o sobrenome Del Fiol; Nacif Farah tem origem árabe (bem como Jorge Rizek, Mário Shazan e Raquel Fayad); já Bimbo Azevedo vem de berço português. Há na lista telefônica uma profusão de Hessels (47 deles) e suas famílias de origem alemã (chegadas em 1828 a Santo Amaro, SP), orientais como Celso Koyama, Hamaguchi e Hamayama; os Poles (36 sobrenomes na lista) da Ana Valéria, da Osesp, e do nosso “Mingo”, contador, sobrenome trazido da Itália por Giovanni Poles, em 1888, bem como os Lorenzetti, do supermercado, da vidraçaria e de nossa assistente Natália, do Conservatório. E um sem-fim de nomes de novos cristãos surgidos durante a perseguição de judeus e mouros pelos reis católicos Isabel de Castela e Fernando de Aragão, após a queda de Constantinopla (1453): os clássicos Carvalho, Ribeiro, Bezerra, Garcia (como o trompista Luís), Salgueiro, Silva, Pereira (como o regente da Banda Jovem...), Salles (do Clóvis e do Jhony), uma infinidade de sobrenomes portugueses oriundos dos judeus sefardim - palavra do hebraico, plural de sefaradita -, convertidos em Portugal há quase cinco séculos e meio.
A população realmente negra é pouco numerosa em Tatuí, já que a jovem cidade, após erguida, não viveu tanto a escravidão, até libertando seus escravos já antes da Lei Áurea. Por isso, somada a parcela negra e mestiça, aqui se deu essa rica miscigenação, com os antepassados indígenas já bem diluídos no sangue de inúmeras famílias. Há tatuianos de diversas origens no Brasil e mundo afora, na Europa, nos Estados Unidos; tantos e tantos que, saídos das fornadas não da vizinha Ipanema, mas do Conservatório, seja encorpando as boas orquestras ou as cátedras universitárias e conservatórios, grupos de teatro ou casas de ópera, levam a bandeira da “Capital da Música” e da “Cidade Ternura”. Não por coincidência, destroçando as teorias fascistas do assassino Breivik, a Nova Iorque multirracial também é conhecida pelo seu carinho: recentemente, a crítica de turismo elegeu a cidade norte-americana “a metrópole mais hospitaleira do mundo”, com o que concordo em todos os graus. Se Nova Iorque cresceu com seus “guetos” de negros no Bronx, Harlem, Brooklin Heights, South Brooklin e Queens, judeus no Brooklin e orientais no Chinatown, São Paulo também criou seus nichos: italianos no Brás, Bixiga e Mooca, orientais na Liberdade, judeus em Higienópolis, árabes no Mercado e no centro. Mas Tatuí miscigenou, e com o tempo vai temperar cada vez mais esse caldo europeu, indígena e negro com várias outras etnias brasileiras.
Deixemos o lunático norueguês pagar na cadeia por sua “raça pura”. Vamos abrir alas para todos serem felizes, contribuindo para uma mistura fina ainda mais rica, “pero sin perder la ternura (da cidade) jamás” ou arredar o pé um milímetro da tradição. Parabéns, Tatuí!
Do jornal O Progresso de Tatuí, edição 5.540, de 7 de agosto de 2011
Em julho passado, um fanático assassinou 77 pessoas na Noruega, em nome de uma suposta “limpeza” racial (qualquer semelhança com certo personagem do século passado não é mera coincidência). Em seu manifesto de 1.500 páginas, Breivik delira e diz que o atraso do Brasil “se deve à sua miscigenação”. Não vou discutir coisas estúpidas, porque é hora de comemorar Tatuí. Mas antes de fazê-lo, quero lembrar Nova Iorque, cidade que John Kennedy alcunhou “Nação de imigrantes”, e que é até hoje a “capital do mundo”, apesar dos recentes solavancos econômicos. Em Nova Iorque, cruzam-se livremente pelas ruas pessoas identificadas com sua origem: judeus ortodoxos com chapéu e tranças, árabes em trajes de seus países rezando ajoelhados em direção a Meca, negros com cabelos “dreadlocks”, latinos com ponchos tocando flautas de pã, enfim, uma riqueza sem limites.
Em Tatuí, palavra que veio do tupi-guarani, há traços indígenas em muita gente, cabelos negros (“as asas da graúna”, da “Iracema” de José de Alencar) mesclados com etnias de tantas origens. Como não sei se há dados estatísticos sobre o assunto, fiz uma brevíssima sondagem de sobrenomes comuns na cidade, seja de celebridades, conhecidos meus ou pinçados da lista telefônica.
Dá para começar com os sobrenomes da atriz Vera Holtz e do advogado Ari Berger (“montanhês”, família chegada da Alemanha em 1861): os dois são de origem germânica. (Friederich Holtz veio trabalhar na Real Fundição Ipanema, e lá casou-se com uma sueca, Strombeck). O vice-prefeito Voss (al.: “raposa”, “esperto”) leva sobrenome da Baixa-Alemanha; já o do ilustre escritor Paulo Setúbal (cidade de Portugal), do prefeito municipal Luiz Gonzaga Vieira de Camargo e dos vereadores Tarcísio Ribeiro, Oséias Rosa e José Maria Cardoso (Zétakão), além de Marcelo Peixoto (port.: “peixinho”), são todos de origem lusitaníssima. Fábio Menezes (esp.: “habitantes de Mena”) Bueno (esp: “bom”), o gaulês de Cimira Cameron e os italianíssimos Wladmir Saporito, Schincariol, Tomazela, Gianelli, Pavanelli e Gianesella também fazem parte deste “melting pot” (“panelão de mistura”) genealógico.
Entre os músicos que fizeram crescer a arte dos sons no passado de Tatuí, veio de Veneza o sobrenome Del Fiol; Nacif Farah tem origem árabe (bem como Jorge Rizek, Mário Shazan e Raquel Fayad); já Bimbo Azevedo vem de berço português. Há na lista telefônica uma profusão de Hessels (47 deles) e suas famílias de origem alemã (chegadas em 1828 a Santo Amaro, SP), orientais como Celso Koyama, Hamaguchi e Hamayama; os Poles (36 sobrenomes na lista) da Ana Valéria, da Osesp, e do nosso “Mingo”, contador, sobrenome trazido da Itália por Giovanni Poles, em 1888, bem como os Lorenzetti, do supermercado, da vidraçaria e de nossa assistente Natália, do Conservatório. E um sem-fim de nomes de novos cristãos surgidos durante a perseguição de judeus e mouros pelos reis católicos Isabel de Castela e Fernando de Aragão, após a queda de Constantinopla (1453): os clássicos Carvalho, Ribeiro, Bezerra, Garcia (como o trompista Luís), Salgueiro, Silva, Pereira (como o regente da Banda Jovem...), Salles (do Clóvis e do Jhony), uma infinidade de sobrenomes portugueses oriundos dos judeus sefardim - palavra do hebraico, plural de sefaradita -, convertidos em Portugal há quase cinco séculos e meio.
A população realmente negra é pouco numerosa em Tatuí, já que a jovem cidade, após erguida, não viveu tanto a escravidão, até libertando seus escravos já antes da Lei Áurea. Por isso, somada a parcela negra e mestiça, aqui se deu essa rica miscigenação, com os antepassados indígenas já bem diluídos no sangue de inúmeras famílias. Há tatuianos de diversas origens no Brasil e mundo afora, na Europa, nos Estados Unidos; tantos e tantos que, saídos das fornadas não da vizinha Ipanema, mas do Conservatório, seja encorpando as boas orquestras ou as cátedras universitárias e conservatórios, grupos de teatro ou casas de ópera, levam a bandeira da “Capital da Música” e da “Cidade Ternura”. Não por coincidência, destroçando as teorias fascistas do assassino Breivik, a Nova Iorque multirracial também é conhecida pelo seu carinho: recentemente, a crítica de turismo elegeu a cidade norte-americana “a metrópole mais hospitaleira do mundo”, com o que concordo em todos os graus. Se Nova Iorque cresceu com seus “guetos” de negros no Bronx, Harlem, Brooklin Heights, South Brooklin e Queens, judeus no Brooklin e orientais no Chinatown, São Paulo também criou seus nichos: italianos no Brás, Bixiga e Mooca, orientais na Liberdade, judeus em Higienópolis, árabes no Mercado e no centro. Mas Tatuí miscigenou, e com o tempo vai temperar cada vez mais esse caldo europeu, indígena e negro com várias outras etnias brasileiras.
Deixemos o lunático norueguês pagar na cadeia por sua “raça pura”. Vamos abrir alas para todos serem felizes, contribuindo para uma mistura fina ainda mais rica, “pero sin perder la ternura (da cidade) jamás” ou arredar o pé um milímetro da tradição. Parabéns, Tatuí!
Do jornal O Progresso de Tatuí, edição 5.540, de 7 de agosto de 2011
Saudade de Tatuí
Composição: Quartino Castelli / Roberto Rosendo
Canta: Roberto Rosendo
Ó, quanta saudade sinto
de minha Tatuí florida...
Cidade que vive sempre em festa
rainha da seresta,
minha Tatuí, querida !
Nos jardins
casais de namorados
da lua convidados
em noites estivais,
murmuram
na paz de seus anseios
nos mesmos devaneios
que amaram nossos pais...
Nas serestas, noites inocentes,
pura boemia,
sob a ternura de uma lua fria
ia o seresteiro com seus madrigais,
renovar apaixonadas juras
para sua amada
que de uma janela
via na calçada
um velho trovador
e um lampião de gás !
Banda Sinfônica vai executar peças dos compositores tatuianos Nacif Farah e Bimbo Azevedo
O município de Tatuí, que comemora 185 anos nesta quinta-feira (11), recebe uma comemoração especial: o Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos faz uma homenagem ao aniversário da cidade com a apresentação gratuita da Banda Sinfônica, no dia 13 de agosto, às 20h30, no Teatro Procópio Ferreira.
No concerto, o maestro Dario Sotelo rege as fantasias de Nacif Farah - “Esther” e “Noêmia” – e de Bimbo Azevedo – “Religião” e “Primavera”. Os dois homenageados são importantes compositores da música tatuiana, que se destacaram entre os anos 1930 e 1960. Dono de um grande número de obras, Bimbo tocava violino profissionalmente e passou seu conhecimento à população. Nacif, por sua vez, trabalhava como organista da Igreja da Matriz.
“Os dois revelam as características da música tatuiana da época, que mantinha um contato bastante próximo com a sociedade. As fantasias de Nacif são obras dedicadas a mulheres daquela época e são algumas de suas poucas músicas orquestrais. Nas obras de Bimbo, são representados bons exemplos de seu espírito criativo, alegre e até boêmio”, conta o maestro Dario Sotelo.
Ao apresentar as composições destas duas personalidades tatuianas, o Conservatório também busca resgatar a cultura da cidade. “Vamos lembrar Tatuí como uma cidade histórica e culturalmente grande. Nacif foi vencedor de um prêmio na Itália com um oratório, ‘Sete Palavras de Cristo na Cruz’”, destaca Sotelo.
Além das obras dos compositores locais, a Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí executará a abertura “Sonho Infantil”, de Edmundo Villani-Côrtes, “Centúrias - As Profecias de Nostradamus”, de Eduardo Pereira, “Marcha das Crianças”, de Percy Grainger, e “Hands Across the Sea”, de John Philip de Souza. O concerto terá a participação do flautista Otávio Bloes.
Durante o evento, haverá também a premiação dos melhores desenhos e redações criados pelos alunos de escolas públicas que participam do projeto “Concertos Didáticos”, que foi criado para ensinar às crianças questões básicas da música erudita.
No concerto, o maestro Dario Sotelo rege as fantasias de Nacif Farah - “Esther” e “Noêmia” – e de Bimbo Azevedo – “Religião” e “Primavera”. Os dois homenageados são importantes compositores da música tatuiana, que se destacaram entre os anos 1930 e 1960. Dono de um grande número de obras, Bimbo tocava violino profissionalmente e passou seu conhecimento à população. Nacif, por sua vez, trabalhava como organista da Igreja da Matriz.
“Os dois revelam as características da música tatuiana da época, que mantinha um contato bastante próximo com a sociedade. As fantasias de Nacif são obras dedicadas a mulheres daquela época e são algumas de suas poucas músicas orquestrais. Nas obras de Bimbo, são representados bons exemplos de seu espírito criativo, alegre e até boêmio”, conta o maestro Dario Sotelo.
Ao apresentar as composições destas duas personalidades tatuianas, o Conservatório também busca resgatar a cultura da cidade. “Vamos lembrar Tatuí como uma cidade histórica e culturalmente grande. Nacif foi vencedor de um prêmio na Itália com um oratório, ‘Sete Palavras de Cristo na Cruz’”, destaca Sotelo.
Além das obras dos compositores locais, a Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí executará a abertura “Sonho Infantil”, de Edmundo Villani-Côrtes, “Centúrias - As Profecias de Nostradamus”, de Eduardo Pereira, “Marcha das Crianças”, de Percy Grainger, e “Hands Across the Sea”, de John Philip de Souza. O concerto terá a participação do flautista Otávio Bloes.
Durante o evento, haverá também a premiação dos melhores desenhos e redações criados pelos alunos de escolas públicas que participam do projeto “Concertos Didáticos”, que foi criado para ensinar às crianças questões básicas da música erudita.
Serviço
Concerto da Banda Sinfônica
13 de agosto, às 20h30
Entrada franca
Ingressos: Retirada antecipada, das 15h às 19h, de terça a sexta-feira, ou no dia do evento
Mais informações: www.conservatoriodetatui.org.br ou (15) 3205 8444
Concerto da Banda Sinfônica
13 de agosto, às 20h30
Entrada franca
Ingressos: Retirada antecipada, das 15h às 19h, de terça a sexta-feira, ou no dia do evento
Mais informações: www.conservatoriodetatui.org.br ou (15) 3205 8444
Tatuí 185 anos: turismo e lazer divertem população no ar e na terra
Tem lugares para conversar, tomar um café com os amigos e até se entregar a aventuras radicais
Da Redação / TV TemQuem chega a Tatuí pelo céu pousa em um dos maiores aeroclubes de voo a vela do país, em especial, ao voo de planadores. Passear no Aeroclube é uma boa pedida pra quem gosta de emoção. O repórter Marco Antonio Calejo aceitou o desafio, colocou paraquedas nas costas e foi conhecer a cidade por outro ângulo.
O Aeroclube funciona para voos aos fins de semana e feriados das 8h às 18h. Voos de instrução podem ser agendados também nos dias úteis. É viajar até as nuvens e esquecer dos problemas do dia a dia.
Por terra, o roteiro segue pelo centro de Tatuí. A igreja da Matriz é a mais antiga da cidade. Preserva detalhes antigos do século 19 e mantém viva a arquitetura da época. Só aos domingos, nas três missas que são celebradas, quase dois mil fiéis lotam a igreja, que se tornou símbolo histórico em 2006. A igreja está com as portas abertas todos os dias.
Outro lugar religioso e bastante visitado por fiéis de várias regiões do país é o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, construído há 50 anos, na zona rural de Tatuí. Junto com o Santuário, foi construída também a capela dos milagres em homenagem a irmã Querubina. Orar, em Tatuí, parece fazer parte da cultura desse povo.
Quando se fala em cultura, também se pensa em Concha Acústica. Esse lugar tem capacidade para dez mil pessoas e são realizadas diversas atrações.
Sem falar nos espaços destinados ao lazer, como o Parque Maria Tuca, o Sítio do Carroção, o Sítio Santa Rosa e o Mercadão Municipal. O mercado existe há mais de cem anos. Todos os dias passam pelo local seis mil pessoas. O Mercado é mais do que um local pra fazer compras. Virou ponto de encontro.
Em Tatuí é assim, tem coisas pra se fazer no céu e na terra. A opção é de cada um.
O Aeroclube funciona para voos aos fins de semana e feriados das 8h às 18h. Voos de instrução podem ser agendados também nos dias úteis. É viajar até as nuvens e esquecer dos problemas do dia a dia.
Por terra, o roteiro segue pelo centro de Tatuí. A igreja da Matriz é a mais antiga da cidade. Preserva detalhes antigos do século 19 e mantém viva a arquitetura da época. Só aos domingos, nas três missas que são celebradas, quase dois mil fiéis lotam a igreja, que se tornou símbolo histórico em 2006. A igreja está com as portas abertas todos os dias.
Outro lugar religioso e bastante visitado por fiéis de várias regiões do país é o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, construído há 50 anos, na zona rural de Tatuí. Junto com o Santuário, foi construída também a capela dos milagres em homenagem a irmã Querubina. Orar, em Tatuí, parece fazer parte da cultura desse povo.
Quando se fala em cultura, também se pensa em Concha Acústica. Esse lugar tem capacidade para dez mil pessoas e são realizadas diversas atrações.
Sem falar nos espaços destinados ao lazer, como o Parque Maria Tuca, o Sítio do Carroção, o Sítio Santa Rosa e o Mercadão Municipal. O mercado existe há mais de cem anos. Todos os dias passam pelo local seis mil pessoas. O Mercado é mais do que um local pra fazer compras. Virou ponto de encontro.
Em Tatuí é assim, tem coisas pra se fazer no céu e na terra. A opção é de cada um.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Exposição no Centro Cultural conta a história dos clubes tatuianos de futebol
A entrada é franca e o horário pra visitação é das 10h às 21h, de segunda a sexta, e das 10h às 14h, aos sábados e domingos.
Reunir todo este material foi possível através dos clubes antigos da cidade como o XI de Agosto, São Martinho e Santa Cruz que disponibilizaram a memória de seus times das mais remotas décadas, bem como fotos de acervo pessoal. Algumas delas, contam a história do Campeonato “Pé no Chão”, que há mais de 40 anos, reunia os garotos das escolas da cidade.
Durante uma visita, Antonio Geraldo Villa Nova, tatuiano de 65 anos, voltou no tempo e fala sobre a “Égua Vermelha”, apelido que marcou a fase de ouro da Associação Atlética XI de Agosto, que foi bicampeão do Campeonato de Futebol Amador do Estado de São Paulo nos anos de 1957 e 1958. “O time era tão bom, que se fosse hoje em dia poderia competir com qualquer time de primeira divisão”, disse Villa Nova.
Um a um ele aponta para os rostos antigos e diz o nome de cada jogador que compunha a “Égua Vermelha”. Conta que os quatro times da cidade: XI de Agosto, São Martinho, Santa Cruz e um que era municipal, disputavam entre si e aquele que vencesse representava a cidade no Campeonato Amador Estadual.
“Eles treinavam de quarta-feira. Jogavam aos domingos e viajavam de trem ou de caminhão para ir aos jogos” disse Villa Nova, retratando uma época em que o futebol era um lazer e que os campeonatos amadores eram disputados por pessoas que se revezavam entre o trabalho e o futebol.
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