domingo, 10 de abril de 2011

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CRISTINA SIQUEIRA

 (Do jornal O Progresso de Tatuí, edição de 03.04.2011)


Puxo a cortina, espio através da vidraça que reflete inocência, amor, nostalgia. Um ramo de melindre adornando o bolo de festa, simples, mas feito em casa pelas minhas mãos. Bolo macio e leve, assado em forma redonda, untada com manteiga.

O assoalho de tábuas largas e corridas encerado com cera Colmeína, lustrado com escovão, a escada de madeira que conduzia aos quartos. Pé direito alto, a mesa posta sobre a toalha da Ilha da Madeira, louça inglesa de porcelana trifoliada, os frisos dourados.

Havia amor nos gestos, nos olhares correspondidos, nos rostos que se sondavam buscando sentimentos. Havia pai, mãe, avós e raios de luar que cruzavam o assoalho, as paredes, o sofá vermelho.

Apressados os anos se passaram. Meu tesouro sepulto. A infância; a adolescência.

Bato com saudade no coração da casa. Pálida é a paisagem, opaca e desbotada pelo passar do tempo.

Para sempre e sempre escuto o badalar do sino da Igreja da Matriz, que me trazia um sentimento de importância. Todas as noites subia pela rua Prudente um homem e seu cavalo riscando o paralelepípedo. Bem cedinho, ainda noite, passavam as moças da fábrica de tecelagem, os cabelos brancos de algodão em fiapos. Um caminhão descarregava mercadorias no armazém do Elias Sallum. O guarda noturno apitava.

Minha mãe, com seus olhos doces e brilhantes, me cobria, abençoava e dizia: “Dorme com os anjos.” Os aposentos escuros, os sonhos claros. O afeto é o que aprendi a ver no olhar das pessoas.

Nas tardes, pela janela, eu olhava a vida e ia além daquela rua, além dos filmes que assistia na sessão das seis de domingo no Cine São Martinho. E me sentia Gigi, ouvia “Moon River” e jurava ser Audrey Hepburn, com seu nome escrito em letra minúscula nas caixas de presente do filme “Bonequinha de Luxo”. Balas de café e coco. A bilheteira maquiada, o batom carmim, a pele empoada. Os vestidos de organdi com laço atrás, esquecidos no guarda-roupa. Vestia então blusa de banlon, saínha de tergal e sapatilhas Jezebel. Sutiã para menina-moça meia taça da Mourisco. Calcinhas de algodão.

O porão, meu porãozinho com suas paredes caiadas e o chão de cimento cru com vermelhão.

O quadro negro, giz branco, livros, cadernos; a mesa rústica forrada com papel mata-borrão verde.

O espelho na penteadeira de moldura cor de ébano, o espelho para me ver de corpo inteiro; a luz mortiça do abajur de seda cor-de-rosa. O botão de pérola, o alfinete de brilhante. Leque, porta-joias, frascos de perfume e, sobre a cômoda, os santos, todos os santos que nos conduziam em fé. Os casacos se repetiam pelo inverno agudo que gelava até os ossos. O suéter de caxemira azul. As paredes choravam umidade.

Frutas vermelhas na cesta, a penca de bananas maçã - vovó me ensinava a escolher os ovos pelo tamanho -, pés de chicória, abobora de doce, os queijos, azeite extra virgem, folhas de louro, vinho do Porto. O mercado, a carroça de leite à porta. Palmas, sinetas, pregão de rua. Casais que desciam a rua lado a lado. Pessoas simples descendo para o mercado. O armazém de meu pai na esquina, o quintal enorme, em que eu, sem saber, descobria a possível brincadeira de ser feliz sozinha.

Tudo significava os nomes das lojas, das ruas e praças, as casas e seus donos. As crianças obedientes, de olhar atento, não se atrasavam para o almoço e jantar. Os sapatos eram limpos no capacho à entrada das casas.

Domingo após domingo o guaraná caçulinha para acompanhar a macarronada feita com molho de tomates frescos, uma pitada de açúcar e horas de cozimento. A voz de vovó que dizia: “Venha almoçar que esfria, lave as mãos antes.” A fritada de palmito natural com salsinha, a maionese feita em casa, o frango de sítio com molho curto de ervilhas frescas.

As palavras fiam este passado composto de fragmentos que referenciam meu universo particular. São gestos, palavras, olhar de todos que me fizeram existir assim como sou.

As amigas de mamãe, os sisudos senhores que jogavam xadrez com meu pai, as vizinhas, as vendedoras das lojas, minhas amadas professoras. E me lembro das vozes, do jeito amável com que estas pessoas se dedicavam umas às outras. As imagens são um borrão sépia que se estende pela rua Prudente e adentra as casas e corações que permanecem vivos e pulsam. Vejo Maria e seus quatro filhos, Erasmo, Marcelo, Guiga e Cássia, dobrando a esquina. Vejo Maria dirigindo a Kombi alemã, fazendo compras na Elze Vanni, indo prosear lá em casa, me ensinado a decorar o bolo de noivado, falando da moda de São Paulo, das camisolinhas de flores com que Donata vestia Donatinha. Escuto a voz de Nádia chamando Eliana e Eliazinho, depois contando de suas viagens, sempre elegante, falando filhos e netos, e depois pranteando o neto jovem, que não voltou do passeio a Bonito, e ela, inconsolável. Com doçura, me toco com o estilo manso e a segurança de dona Cleide, ensinando psicologia e prática no curso normal. E que alegria o sorriso perene de dona Conceição, mãe da Sheila e da Samira.

É esta a minha bagagem.

Quando me ajoelho, quando mergulho neste infinito antigo que me sustenta a alma, abraço pessoas amadas, aquelas que partiram e que, pelo amor, voltarei a ver em retalhos encolhidos, escondidos nas cavidades vermelhas do meu coração. E me importo com os detalhes desta época que nos fazia especiais - e o que ser senão os detalhes? -, a agradável sutileza dos detalhes. A diferença se faz dos detalhes.

Mas, escutem! Por favor, escutem!

Quero dizer que deixo as palavras caírem sobre a folha do caderno feito chuva fina para aguar as flores que permanecem calmas, brilhantes sobre a terra fofa, as pétalas coriscando cores ar adentro. Flores-mulheres que me ensinaram nuances, tons, aromas. Mulheres com fervor e dignidade de cumprir o rito da existência como mulheres que amaram, riram, choraram, educaram filhos, assumiram suas vidas com trabalho árduo e dedicação às suas famílias.

Lá fora, os pingos grossos batem na vidraça de outras janelas maiores, outra rua, outra casa, outro tempo.

E assim seguem as histórias e os mergulhos nesta água do sentir de inúmeros reflexos.

Dedico esta página a Maria Negrão Peixoto, dona Conceição Seba, professora Cleide Orsi e dona Nádia Nabhan Sallum.

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sábado, 9 de abril de 2011

Dirceu Pires de Camargo e Hélio de Barros filiam-se ao PT

Texto base do jornal O Progresso de Tatuí,  edição de 10.04.2011

O diretório municipal do PT Tatuí realizou cerimônia para filiação de novos integrantes do partido. Na ocasião, foram oficializados os ex-vereadores Dirceu Pires de Camargo e o tenente Hélio de Barros. O evento ocorreu na quinta-feira, 7, na Câmara Municipal.

“Estamos nos reforçando para chegar a um quadro interno de bons debates políticos. Nem tudo o que a gente pensa é o correto. Às vezes, eu me sinto meio frágil nessa questão. Em determinados momentos, precisamos de uma linha de raciocínio de qualidade”, afirmou o presidente do partido, Mário Luiz Rodrigues da Costa.

Além dos novos integrantes, a reunião teve mesa formada por Adailton Santos (representante do vice-presidente da Câmara de Sorocaba, Francisco França), Renato Américo, diretor da macrorregional de Sorocaba, Mara Melo (representante do deputado Hamilton Pereira) e pelo vereador tatuiano Vicente Menezes.

“Eu estive por 22 anos, em cinco mandatos, na Câmara, e cheguei à conclusão de que deveria parar. No entanto, em 2010, recebi um convite para integrar o PT e, devido ao trabalho da última campanha, não tive como recusar”, disse Dirceu.

“Não sou candidato a vereador, mas estamos com as mãos dadas para construir um partido forte. Hoje, o partido precisa ser mais aguerrido para que seja almejado um governo”, afirmou Hélio.

“Esta campanha de 2013 filiados é um desafio. Também quero salientar o número de mulheres presentes neste auditório. As maiores vitórias que nós tivemos nos últimos anos foi aqui. Vamos fortalecer o partido e trazer companheiros dessa qualidade para atrair mais pessoas”, falou o representante do vereador sorocabano.

A representante de Hamilton Pereira ressaltou que Tatuí é um ótimo colégio eleitoral e destacou a relevância dos votos na última eleição, pois Pereira foi um dos mais votados na cidade. Já o vereador Vicente Menezes contou um pouco dos planos do partido para as próximas eleições: “Criamos o plano ‘2013’ para fortalecer os setoriais, como a segurança e saúde, por exemplo. Queremos um público maior para usar o partido como um instrumento para as discussões políticas”.

No próximo evento, no final do mês, o PT deve apresentar um grupo de jovens que deverá filiar-se ao partido. Além disso, novas alianças serão futuramente divulgadas para a campanha de 2012.

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Índios do MS participam de atividades pedagógicas no Sítio Santa Rosa


Do jornal O Progresso de Tatuí, edição de 10.04.2011
Foto: Sítio Santa Rosa

Integrantes de uma tribo da etnia umutina, da região de Barra dos Bugres, no Mato Grosso, está em Tatuí durante o mês de abril para a participação em um intercâmbio indígena com escolas da região.

O projeto é realizado pelo Sítio Santa Rosa. São oito índios, entre quatro crianças, que têm a oportunidade de transmitir aos estudantes a cultura na qual vivem. “É um trabalho de resgate da cultura. A tendência é de que as crianças criadas na área urbana se afastem da rural, perdendo o contato com a terra, meio ambiente e natureza”, analisou José Roberto Medeiros, proprietário do sítio.

“Além disso, é um projeto de extensão à escola, uma quebra de preconceitos. Isso também desperta nas crianças outras áreas de conhecimento. Tivemos relatos que um jovem, depois do contato com a natureza, resolveu seguir a profissão de biólogo”.

Um índio, na oca reproduzida no sítio, cantou na língua “mãe”: “Hari Hari Hutaki. Hari Hari Okotoponô. Hari Hari Yapotê (“a bochecha da lua está queimando, a clavícula da lua está queimando. O sol está triste e o tempo está triste”). E o barulho dos chocalhos presos na perna do índio Márcio, na casa cheia de material usado cotidianamente pela cultura indígena, chamou a atenção do grupo de meninos que assistiram à apresentação. “É um ponto positivo. As escolas estão conhecendo nossa cultura, até a nossa língua diferente. Mas, ainda temos bastante caminho a ser conquistado”, disse a índia Eliane Monzilar.

A fala tranquila e clara são reflexos do trabalho que eles desenvolvem na tribo. De acordo com Elaine, a maioria dos que estavam em Tatuí é formada por professores que transmitem seus ensinamentos às crianças indígenas.

A própria Elaine é um exemplo a ser seguido, pois é mestranda da UnB (Universidade de Brasília), no curso de desenvolvimento sustentável. Ela faz parte de um projeto da universidade que abriu as portas acadêmicas para um grupo de aproximadamente 30 índios. Os estudos estão voltados à sustentabilidade nas tribos, uma questão, afirmou a aluna, bastante discutida entre as tribos.

“É uma experiência muito rica, fazemos discussões para manter nossa cultura viva, mas com sustentabilidade. Muitos índios têm terra e não possuem apoio dos governantes. Acredito que falta interesse em ajudar esses povos que realmente precisam. Até hoje existe um impasse burocrático em relação à piscicultura (criação de peixes)”, ressaltou a índia. “Nós, da etnia umutina, temos um projeto em andamento de artesanato. Porém, não temos onde comercializar esses produtos, nem um lugar para transportar e vender”.

A rotina simples de trabalhar na roça, caçar, pescar, cuidar dos filhos e a vida na selva podem também gerar alguns aspectos negativos. “Temos bastante contato com as pessoas da ‘cidade’. Às vezes, alguns nos admiram e outros, nos discriminam. As crianças, por não saberem como a gente vive, vêm com um pensamento de que somos animais, mas temos apenas uma cultura diferente”, desabafou a índia Edlina.

“Isso já mudou bastante, mas ainda existe um olhar genérico e pejorativo. O povo indígena tem uma diversidade muito rica e, quando isso se tornar conhecido, de uma forma geral, vão nos valorizar”, completou a mestranda Eliane.

O projeto que promoveu o encontro com os índios do Mato Grosso é realizado há sete anos. Já participaram do intercâmbio famílias da etnia xavante, do mesmo Estado, no período de 2004 a 2006, e a pataxó, da Bahia, de 2007 e 2010.

A visita propõe a interação através de bate-papo, conhecimento do artesanato indígena, pintura facial, danças, músicas e a utilização de armas para caça, como zarabatana e arco e flecha. “Nós apenas falamos dos índios, mas vivenciar é diferente. O aprendizado com o contato pessoal é mais fácil, as crianças aprendem mais rápido”, contou a professora Estefani Lisboa, de Sorocaba. “Uns alunos se assustam, mas, em geral, todos gostam. Esta é a segunda vez que a gente vem aqui, e a troca de cultura é muito boa”, finalizou.

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Tatuí goleou Alambari por 7 a 3 em Pilar do Sul

donos da casa superaram com um 10 a 1 sobre Angatuba

Da redação / TV Tem



Celso de Mello garante prisão domiciliar a advogado

por LUDMILA SANTOS
do Consultor Jurídico

Na falta de sala de Estado-Maior, o advogado condenado deve ser recolhido em prisão domiciliar, até o trânsito em julgado de sua sentença. A prerrogativa profissional, prevista no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994), foi garantida liminarmente pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira (4/4). Ao analisar Reclamação interposta por um advogado paulista, o relator do caso determinou que o defensor deve ser recolhido em casa, já que a Polícia Militar do estado não possui local apropriado para acolhe-lo.

O Supremo já se manifestou sobre a garantia da prisão do advogado em sala de Estado-Maior ou em domicílio, prevista no artigo 7º, inciso V, do Estatuto da Advocacia, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.127, que reconheceu a constitucionalidade do dispositivo. A sala de Estado-Maior é um espaço em estabelecimentos militares onde se reúnem os comandantes com seus subordinados para discutir ideias, decisões e planos em relação à defesa.

Em sua decisão, o decano lembrou que a prerrogativa foi garantida pela corte antes mesmo da Lei 10.258/2001, que modificou dispositivo do Código de Processo Penal em relação à prisão especial. Segundo Celso de Mello, o Plenário do STF, ao apreciar a ADI 1.127, julgou que é inaplicável a Lei 10.258/01 aos advogados, pois esses profissionais devem se valer do artigo 7º do Estatuto da Advocacia.

"Esta Suprema Corte, ao proceder ao exame comparativo entre a Lei 10.258/2001 e a Lei 8.906/94 (artigo 7º, V), reconheceu, nesse cotejo, a existência de uma típica situação configuradora de antinomia em sentido próprio, eminentemente solúvel, porque superável mediante utilização, na espécie, do critério da especialidade (lex specialis derogat generali), cuja incidência, no caso, tem a virtude de viabilizar a preservação da essencial coerência, integridade e unidade sistêmica do ordenamento positivo (...)."

Celso de Mello também citou entendimento de Norberto Bobbio, preconizado no título Teoria do Ordenamento Jurídico, de que, ocorrendo situação de conflito entre normas, aparentemente, incompatíveis, deve prevalecer, por efeito do critério da especialidade, o diploma estatal — no caso, o Estatuto da Advocacia, "que subtrai, de uma norma, uma parte de sua matéria, para submetê-la a uma regulamentação diferente (contrária ou contraditória)".

Dessa forma, o decano do STF concedeu a medida cautelar, assegurando, até final do julgamento da Reclamação, e desde que não transitada em julgado eventual condenação penal, a prisão domiciliar do advogado.

PROJETO INSTITUI DIPLOMA "CHIQUINHA RODRIGUES"

O vereador Vicente Menezes, o Vicentão (PT), protocolou um projeto de resolução na Câmara Municipal, que institui em Tatuí o diploma de honra ao mérito “Chiquinha Rodrigues”, com objetivo de homenagear mulheres de todos os segmentos da sociedade e que, de alguma forma, contribuíram no desenvolvimento social, cultural e econômico, pelos direitos da condição feminina, pela família e pelo próximo. As homenageadas receberão o diploma em 8 de março, data na qual se comemora o “Dia Internacional da Mulher”. A honraria também deverá prestar homenagem, “in memoriam”, às mulheres que se destacaram por sua história de vida e trabalho.

Vereador quer debater sobre rodovias com a SP Vias

Na terça-feira, dia 5, ao final da sessão legislativa, o vereador Wladmir Faustino Saporito (PSDB) anunciou que no dia 12 de abril, às 18 horas, os parlamentares deverão receber, na Câmara Municipal, para uma reunião interna, diretores da concessionária SPVias, responsável pela administração de várias rodovias da região, incluindo a Rodovia Antonio Romano Schincariol (SP-127), que liga o município de Tatuí à Rodovia Castello Branco, uma das mais importantes do Estado. Nesta reunião, os vereadores pretendem questionar a direção da concessionária a respeito de projetos e melhorias que podem ser feitas nas estradas que servem o município e estão sob responsabilidade da SPVias. Um dos assuntos de maior destaque será a ausência de trevos de acesso em pontos da SP-127, motivo de debate nas sessões da Câmara.

Favores da Lua - o prólogo


Eu Outro Núcleo de Pesquisa Cênica apresenta “Favores da Lua -o prólogo”, com direção de Juliano Casimiro

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Para solucionar o déficit habitacional em Tatuí são necessários 68 milhões


Audiência pública fala sobre Plano Municipal de Habitação

Na quarta-feira, dia 6, foi realizada na Câmara Municipal de Tatuí uma audiência pública para explicar, prestar contas e divulgar resultados do Plano Municipal de Habitação. Os palestrantes foram o secretário de Governo e Negócios Jurídicos, Aniz Eduardo Boneder Amadei, e o arquiteto e assessor técnico, Kauê Obara Kurimori. O evento contou com a presença de 48 pessoas entre secretários e pessoas da comunidade.

O projeto tem como objetivo planejar a habitação de interesse social na cidade, visando a construção de moradias dignas a população em conjunto com o FNHIS – Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social - que tem como meta centralizar e gerenciar recursos orçamentários para os programas estruturados no âmbito do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social - SNHIS - destinados a implementar políticas habitacionais direcionadas à população de menor renda. Então, foi feita uma pesquisa dos bairros mais necessitados em termos de renda, moradias em áreas de risco e regularização dos documentos de suas casas e, a partir daí, foram feitas reuniões na comunidade com as famílias e um levantamento de suas necessidades habitacionais. Os bairros onde as pessoas receberam, estão recebendo ou vão receber ajuda são: Vila Angélica, Vila Brasil, Jardim Rosa Garcia e Jardim Gonzaga. São domicílios com regularização fundiária em trâmite; Jardim Europa, recolocação de famílias que viviam em áreas de risco e em áreas de preservação permanente com a construção de 37 novas casas, e a Fundação Manuel Guedes, recolocação de famílias com a construção de 65 novas moradias. Os bairros Jardim Primavera/Vila Santa Luzia, Jardim Rosa Garcia II, Ribeirão Ponte Preta, Ribeirão Manduca, parte do Jardim Europa e o Jardim Santa Helena estão cadastrados, mas o trabalho ainda não foi iniciado. Ao todo, 444 domicílios foram visitados, 303 cadastrados e destes, 270 eram irregulares ou inadequados. E para solucionar integralmente o problema de déficit habitacional no município até 2020, criando um total de 1.675 unidades habitacionais, o valor total necessário é de aproximadamente 68 milhões de reais.

Cetesb inaugura Estação de Monitoramento do Ar em Tatuí

Tatuí, o segundo maior pólo ceramista do país, já conta com uma Estação Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar. A mais nova unidade integrada à rede telemétrica de monitoramento da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - Cetesb entrou em operação na quinta-feira, dia 7, instalada nas dependências da Escola Técnica Dr. Gualter Nunes, mantida pela Prefeitura de Tatuí, através da Fundação Educacional Manoel Guedes.A estação medirá as concentrações de ozônio, óxidos de nitrogênio e partículas inaláveis, além de alguns parâmetros meteorológicos, como umidade relativa do ar, temperatura, direção e velocidade dos ventos, radiação solar global e UV (ultravioleta), e pressão atmosférica.

Segundo Maria Helena Martins, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb, a estação é fruto do processo de licenciamento ambiental da empresa multinacional de vidros Guardian, instalada no município."Até o final do ano, pretendemos inaugurar outras cinco novas estações, ampliando a nossa rede de monitoramento no Estado", afirmou o presidente da Cetesb, Otávio Okano, durante a entrega da nova unidade automática. Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, prefeito de Tatuí, mostrou-se entusiasmado com a escolha do município para a instalação da segunda estação de monitoramento em funcionamento na região (Sorocaba também conta com uma unidade) e anunciou que pretende ampliar ainda mais a parceria com a agência ambiental. Tatuí também já assinou convênio com a Cetesb, municipalizando o licenciamento ambiental. A cidade é a 18ª do interior paulista a possuir uma estação automática de monitoramento da qualidade do ar, incorporando-se à rede de 41 estações da Cetesb no Estado. Destas, 20 estações estão instaladas na Região Metropolitana de São Paulo e três em Cubatão.

Como funciona
Existem sensores instalados no topo da estação, que captam amostras de partículas do ar. Nos medidores, um feixe de luz atravessa a amostra. Essa luz realça as partículas em suspensão no ar e permite a identificação de tudo que está contido nele. A amostra é então comparada com gases puros segundo o padrão da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos. "As análises dos poluentes na atmosfera são de pequenas partículas", explica Maria Lúcia Guardani, Gerente do Setor de Telemetria da Cetesb. Os níveis de ozônio, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e outros poluentes presentes no ar aparecem em visores. É tudo bastante rápido. O ambiente funciona com a temperatura controlada e os equipamentos funcionando 24 horas, nos 7 dias por semana, os dados coletados nas 40 estações são transferidos via linha telefônica para os computadores da Central. Os resultados dos monitoramentos são acompanhados de hora em hora. Os dados são processados com base em médias padrão e também nas previsões meteorológicas, uma vez que a poluição do ar está diretamente ligada às condições climáticas. Para cada poluente medido é calculado um índice. Por meio do índice obtido o ar recebe uma qualificação, que é uma espécie de nota. Para efeito de divulgação utiliza-se o índice mais elevado, isto é, a qualidade do ar de uma estação é determinada pelo pior caso. Os resultados são disponibilizados a cada hora na internet e em um boletim diário, elaborado às 16h, que apresenta a situação das últimas 24h. Esses índices podem ser conferidos no site da Cetesb, no endereço www.cetesb.sp.gov.br.

Fotos: Pedro Calado / Cetesb

Grupo de Viola Caipira de Porangaba


“2º Apitaço do Manduca” marca as comemorações do “Dia do Ribeirão do Manduca”


Neste sábado, dia 9 de Abril, comemora-se o “Dia do Ribeirão do Manduca”. Para evidenciar a data, a Secretaria de Meio Ambiente irá realizar na segunda-feira, dia 11, junto aos alunos da Escola Accácio Vieira de Camargo, da Vila São Cristóvão, o 2º Apitaço do Manduca, que será iniciado a partir das 9h, com uma caminhada da escola até a travessia da Rua Roque Negrão. Em seguida será realizado um plantio nas margens do Manduca.

Livros de história de Tatuí apontam que o Ribeirão do Manduca, antigo córrego do Matadouro Velho, recebeu esse nome em homenagem a Manoel Guedes, dono na antiga Fábrica Têxtil São Martinho, que tinha o apelido de Manduca e passeava todas as tardes pelo córrego.

O Ribeirão do Manduca é o principal curso d’água a cruzar praticamente toda a zona urbana do município de Tatuí, escoando por 7.723m e mais 2.752m em área rural, totalizando 10.475m de comprimento até sua foz no Rio Tatuí.

O afluente de maior importância do Manduca desemboca em sua margem esquerda e é denominado córrego Ponte Preta.

Pelos processos de urbanização, o Ribeirão do Manduca foi sufocado pelas ocupações desordenadas e irregulares, acarretando diversas implicações ambientais, atingindo principalmente a qualidade e a quantidade de suas águas, devido à supressão de sua mata ciliar, processos erosivos e recebimentos de efluentes domésticos e industriais.

Além do problema social que isso gera para as famílias ribeirinhas, existe o enorme prejuízo ambiental que as inundações ocasionam.

Pensando nas condições em que se encontra o nosso Ribeirão e nos problemas ambientais que o cercam, a população de um modo geral tem que se conscientizar da importância de se economizar os recursos naturais e não poluir o meio ambiente, evitando jogar o lixo nas ruas, pois com as chuvas ele acaba chegando até os cursos d’água.

Fotos 1 e 2: Rubens Oficial / RAS Imagens. Foto 3: Prefeitura de Tatuí 

Origami

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente realizou no domingo, dia 3, o 4º Domingo no Parque, um projeto que visa trazer, no espaço do Parque Ecológico Municipal Maria Tuca, consciência ambiental de forma lúdica. Na última edição foi trabalhado o origami, técnica japonesa de formar papel em arte, coordenada por Eugênia Maria de Camargo.

Grupo de Percussão do Conservatório de Tatuí

Grupo de Percussão do Conservatório de Tatuí
Em atividade por mais de três décadas ininterruptas, é o mais antigo grupo do gênero no país, abrindo caminho a outros semelhantes em solo nacional. Criado em 1975, com objetivos de oferecer aos estudantes de níveis básico, intermediário e avançado da escola de música a oportunidade de executar peças específicas para grupos de percussão, algo raro no Brasil. Com isso, os instrumentistas passaram a ter aperfeiçoamento individual e a aprimorar a experiência de apresentação em grupo.



Ao longo de sua história, já contou com mais de 200 percussionistas-integrantes, recebeu inúmeros solistas e realizou concertos importantes em diferentes pontos de São Paulo e de outros Estados brasileiros.

Além de executar clássicos erudito e popular, o grupo estimula a composição de novas obras, incentiva a formação de público para os mais variados estilos e populariza a percussão agregando características performáticas e de dança.

Em 2006, lançou o primeiro CD "30 Anos de História", com objetivo de agradar aos mais diferentes gostos, registrando não somente os grandes clássicos ou as festejadas obras contemporâneas. O trabalho traz um vasto repertório popular, enfatizando os ritmos brasileiros, sempre com alta qualidade técnica.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí

Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí
Com dez CDs e um DVD gravados, a Banda Sinfônica foi fundada em 1985 e prima por repertório eclético e de alto nível. Tal repertório está focado em alta dificuldade, o que exige maior profissionalização e dedicação de seus integrantes; quanto de qualidade, reunindo obras que vão desde os clássicos para esta formação a composições originais.

Ao atuar fortemente na execução de obras encomendadas, o grupo tornou-se internacionalmente reconhecido, tendo estreado composições de nomes como os de Edmundo Villani-Côrtes, referência nacional premiado diversas vezes pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).

O repertório da Banda Sinfônica conta com mais de 90 obras originais especialmente escritas para ela. A representante dos mais antigos grupamentos de música de que se tem notícia no país, já se apresentou sob regência de importantes maestros brasileiros e estrangeiros. Também foi convidada especial em eventos realizados nos mais diferentes municípios do Estado de São Paulo.

Acassil Camargo

Acassil Carmargo foi professor de desenho no Instituto de Educação Estadual Barão de Suruí. Ocupou o cargo de vice-diretor e diretor pedagógico do Colégio Objetivo, em São Paulo. É diretor-proprietário da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Tatuí. Foi diplomado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia de Itapetininga, onde realizou pós-graduação. Foi vereador e exerceu a presidência da Câmara Municipal no ano de 1972.

Campanha de vacinação de gripe também vai imunizar contra H1N1

A campanha de vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe, também irá proteger, neste ano, contra o vírus A H1N1. A dose trivalente (dois tipos de vírus A e um B) será ministrada no período de 25 de abril a 13 de maio, quando acontecerá a 13ª Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, tendo o dia 30 de abril como o dia de mobilização nacional. Em Tatuí, os trabalhos serão coordenados pela Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Epidemiológica. A estratégia de imunização que será colocada em prática este ano na campanha é que além de idosos e populações indígenas, serão imunizadas crianças entre seis meses e menores de dois anos, gestantes e todos os profissionais da saúde.

Em Tatuí, a meta é vacinar em torno de 22.500 pessoas contra a influenza. É um desafio que vem sendo conquistado desde 1999 e se fundamenta no fato de que essa população apresenta maior risco de adoecer e morrer em decorrência de algumas doenças imunopreveníveis, tais como a gripe e a pneumonia. A Vigilância Epidemiológica irá mobilizar, no dia 30 de abril, dezenas de pessoas, entre servidores da saúde e voluntários, para atuarem nos postos de vacinação que funcionarão das 8 às 17 horas.

Confira o cronograma de vacinação nos postos de saúde:
Centro de Saúde Dr. Aniz Boneder, no Centro (segunda a sexta, das 8 às 16h e sábado, dia 30, das 8 às 17h),
UBS Vila São Cristóvão (segunda a sexta, das 8 às 16h e sábado, dia 30, das 8 às 17h),
UBS Vila Dr. Laurindo (segunda a sexta, das 8 às 16h e sábado, dia 30, das 8 às 17h),
UBS Rosa Garcia (segunda a sexta, das 8 às 16h e sábado, dia 30, das 8 às 17h),
UBS Valinho (segunda a sexta, das 8 às 16h e sábado, dia 30, das 8 às 17h),
UBS CDHU Orlando Lisboa (segunda a sexta, das 8 às 16h e sábado, dia 30, das 8 às 17h),
UBS Vila Angélica (segunda a sexta, das 8 às 16h e sábado, dia 30, das 8 às 17h),
PSF Santa Rita (segunda a sexta, das 8 às 16h e sábado, dia 30, das 8 às 17h),
PSF Jardim Gonzaga (segunda a sexta, das 8 às 16h e sábado, dia 30, das 8 às 17h),
UBS Vila Esperança (segunda a sexta, das 8 às 16h e sábado, dia 30, das 8 às 17h),
UBS Congonhal (segunda a sexta, das 8 às 16h e sábado, dia 30, das 8 às 17h),
UBS Mirandas (segunda a sexta, das 8 às 16h e sábado, dia 30, das 8 às 17h),
UBS Americana (dias 26 de abril e 3 e 10 de maio, das 9 às 13h e, sábado, dia 30, das 8 às 12h30) e
UBS Enxovia (dias 27 de abril e 4 e 11 de maio, das 9 às 13h e, sábado, dia 30, das 13h às 16h30).
Na Praça da Matriz, no dia 30 de abril, um posto móvel vacinará das 9 às 13h.

Prédio da EMEF João Florêncio já está sendo restaurado

O centenário prédio da Escola João Florêncio, grupo escolar mais antigo de Tatuí e municipalizado no ano de 2005, já está em reformas. O valor do convênio assinado com o Governo do Estado é de R$ 1.890.862,48. O projeto de restauro foi aprovado pelo Condephaat estadual (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e pelo Conselho Estadual de Educação. O prédio que abriga a EMEF João Florêncio, construído em 1909, é um dos quatro imóveis educacionais tombados pelo Condephaat estadual, dada sua importância histórica. Os outros três estão em Sorocaba, Peruíbe e Mococa. O projeto original do prédio é do arquiteto Manoel Sabater.“O restauro da Escola João Florêncio vai garantir a preservação de sua arquitetura e traços originais”, disse o prefeito Luiz Gonzaga Vieira de Camargo. A secretária da Educação, professora Marisa Mendes Fiusa Kodaira, informa que os alunos da EMEF“João Florêncio estão estudando, parte em salas alugadas na Asseta (Faculdades de Tatuí) e parte em salas cedidas pela Faculdade Paulo Setúbal. A previsão de término das obras é em março de 2012. Segundo o historiador Renato Ferreira de Camargo, o porão da Escola funcionou, em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, como abrigo de tropas paulistas. No prédio, também funcionou uma enfermaria, que atendeu aos combatentes paulistas na revolução.