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sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Música melhora o desenvolvimento escolar dos estudantes, apontam pesquisas

Musicalidade contribui para a formação de seres humanos integrais e comprometidos com transformação positiva na sociedade, afirma a mestre da Lumiar, Danielle Bambace


21/12/2023 | A música é uma grande aliada no desenvolvimento da educação, principalmente para as crianças, e diferentes estudos apontam que a música contribui efetivamente para melhorar o desempenho escolar. Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Instituto ABCD, com crianças de 8 a 10 anos de idade que apresentavam dificuldades de leitura e aprendizado, mostrou que frequentar aulas de música melhorou as notas de português, de matemática e o desenvolvimento da leitura, conforme publicação da Sociedade Artística Brasileira. Outra pesquisa, da revista Psychological Science, revelou que aulas de piano e de voz para crianças de 6 anos resultaram no aumento do quociente de inteligência (QI).

A música contribui para o desenvolvimento psicomotor, sócio afetivo, cognitivo, linguístico, facilita a aprendizagem e a construção do conhecimento. Também favorece o raciocínio lógico, a sensibilidade, a criatividade e a imaginação, além de promover consciência corporal, a autoestima das crianças e a saúde emocional. De acordo com o pensador Jean Piaget, a música ainda facilita o aprendizado de regras sociais.

Para a musicista Danielle Bambace, mestre de música da Escola Lumiar, a música é uma prática de grande importância no desenvolvimento humano antes mesmo do nascimento. “A escuta, a sensorialidade, a expressão e sua interpretação são essenciais na formação de seres humanos integrais e comprometidos com uma transformação positiva na sociedade”, afirma. Entre os 6 e 8 anos, a prática musical possibilita o reconhecimento da identidade e de habilidades pessoais, e também de integração e participação comunitária.

Danielle coordena o projeto “Ler o mundo pela música: práticas musicais para a alfabetização”, na Lumiar Morumbi, que trabalha a partir da lógica transdisciplinar, inclusiva e de desenvolvimento integral da educação. “O processo de aprendizagem é construído a partir de habilidades e conteúdos diversos, que permitem a ação com os estudantes sempre ao centro”, alega. Segundo ela, a prática de múltiplas linguagens artísticas, compreensão de textos curtos, expressar-se musicalmente, ser cooperativo, reconhecer, respeitar e valorizar a diversidade étnica e aceitar desafios são algumas das características embutidas na vivência do projeto.

As temáticas do repertório permitem a conexão com conteúdos presentes no imaginário infantil e também com os que estão presentes no reconhecimento do mundo, nas ações do cotidiano e na diversidade cultural. “A música possibilita relações e aprendizagens a partir do som, da rima, do cantar, ler, reler e escrever a música, aspectos tão presentes e oportunos para a alfabetização”, afirma a mestre, que desenvolve o projeto com a assistente Carolina Garbelotto.

Fórum Internacional

Com esse trabalho, Danielle e Carolina foram selecionadas para participar do XXVII Fórum Latino-Americano de Educação Musical (Fladem), entre os dias 10 e 14 de outubro, em Valparaíso, no Chile. O Fórum, criado em 1995, é uma instituição autônoma que engloba educadores musicais de dezoito países da América Latina para buscar a promoção, o fortalecimento e a valorização de suas práticas pedagógicas. O projeto “Ler o mundo pela música: práticas musicais para a alfabetização” será apresentado como comunicação oral no espaço "Investigaciones, estudios y proyectos", em datas e horários a serem definidos.

A mestre conta que Os Limõezinhos são um grupo do Ensino Fundamental 1 da Lumiar Morumbi que tem muito interesse pela música,característica observada e estimulada pelas educadoras. “Compreender textos curtos é uma habilidade a ser desenvolvida neste ciclo e a alfabetização é parte essencial dos conteúdos previstos na BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Nesse contexto, a união de interesse, habilidades e conteúdos a serem conquistados oportunizou um trabalho de utilização de músicas como ferramenta para encontros, explica.

O trabalho está sendo realizado desde o início do ano letivo, em diferentes projetos e oficinas, com a mesma prática. Os estudantes conhecem uma música, escolhida pelas educadoras ou proposta por eles, e dão início a diferentes propostas que direcionam para a leitura e a escrita. Danielle conta que as práticas envolvem a identificação de letras, diferenciação de vogais e consoantes e suas possíveis combinações, reconhecimento, classificação e separação silábica e ampliação de vocabulário.

“Todas as práticas consideram a multietariedade e a transdisciplinaridade, bases essenciais da pedagogia Lumiar”, comenta a mestre. A proposta inclui ainda a apropriação do espaço escolar, já que o grupo canta o repertório adquirido em áreas externas, como pátio, solário e biblioteca. “Isso cria um ambiente convidativo para outros grupos que, por vezes, também se juntam aos Limõezinhos”, diz. O repertório trabalhado até o início do segundo semestre inclui músicas de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Palavra Cantada, Grupo Trii, Nhanbuzim, Luiz Gonzaga, Cartola, canções indígena, do folclore mineiro e de ninar africana.

Danielle comenta que a participação no Fladem fortalece e valoriza práticas pedagógicas em educação musical, refletindo a identidade sócio-político-cultural desses países. “O Seminário anual traz a Educação Musical como um direito do ser humano, a partir de elementos culturais latinoamericanos das diversas identidades locais e da identidade do povo latinoamericano como um todo”, aponta. Segundo ela, participar do evento representa uma oportunidade de aprendizado. “A seleção do nosso projeto é resultado de um trabalho coletivo, integrado à comunidade e totalmente conectado aos interesses dos estudantes”, defende.

Sobre a Escola Lumiar - Fundada em 2003, a Escola Lumiar surgiu como uma iniciativa de educadores de vanguarda para transformar a educação. Através de uma metodologia que prioriza a autonomia e a individualidade de cada estudante, o aprendizado se fundamenta em seis pilares: tutores e mestres; currículo em Mosaico; aprendizagem ativa; avaliação integrada; possibilidade de multietariedade e gestão participativa.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

artigo | Solange Bezerra Leal

“Dezembrite”

Solange Bezerra Leal (*)

Vamos falar de Saúde Mental?

Você já ouviu falar sobre esse termo ou em alguns dos seus sinônimos, síndrome de fim de ano ou angústia de fim de ano?

Mas afinal, o que significa essa palavra?

Dezembro é um mês marcado pelas festividades do Natal e do Ano-Novo, se por um lado, para muitas pessoas esse mês pode representar um período alegre, de festas, muitas comemorações, confraternizações no trabalho, reuniões em família, viagens, compras, trocas de presentes e fechamento de um ciclo, por outro lado, para muitas outras pessoas, dezembro pode significar um mês que afloram sentimentos antagônicos, melancolia, ansiedade, angústia, irritabilidade e estresse.

Desse modo, “Dezembrite” é um termo utilizado para descrever um fenômeno que pode acometer algumas pessoas nessa época de final de ano, marcado por sintomas como tristeza, ansiedade, angústia, sensação de vazio, insônia, alteração no humor e sintomas físicos que podem variar de leve, moderado a mais intensos.

Vale esclarecer que “Dezembrite” não é um diagnóstico, seja da psiquiatria ou da psicologia, não está classificado como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS), porém é um fenômeno real com o qual os profissionais de saúde mental têm se deparado com certa frequência em seus consultórios e, nos casos mais graves, nas emergências de pronto atendimento.

Qualquer pessoa pode desenvolver esse fenômeno, nesse sentido, estudos da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) apontam que o estresse aumenta em até 75% no mês de dezembro. Porém, nas pessoas que já possuem um histórico de algum tipo de transtorno mental ou estão em tratamento e/ou tem um familiar em tratamento, nesse período do ano, esses sintomas podem ser intensificados, embora não seja via de regra.

Por esse motivo, para quem faz tratamento em saúde mental ou tem algum familiar em tratamento deve ficar atento, pois a sobrecarga emocional pode desencadear crises de ansiedade ou depressivas.

A síndrome de fim de ano ou “dezembrite” tende a ser passageira, porém é importante diferenciar esses sintomas de uma depressão ou de uma ansiedade patológica e buscar ajuda especializada.

Mas o que desencadeia esse fenômeno?

“Dezembrite” pode estar associada a um conjunto de fatores que agem como gatilho emocional. No final do ano encerrarmos um ciclo e iniciamos outro, o que leva a reflexões sobre o ano que termina e expectativas quanto ao novo ano e que pode gerar em algumas pessoas a sensação de frustração, tristeza por não conseguir cumprir as metas traçadas para o ano que está acabando ou ansiedade e medo dos desafios que podemos encontrar no próximo ano.

Também, pode estar relacionado a perdas de familiares e pessoas queridas, a lutos não elaborados, a solidão e a saudade das pessoas ausentes pelos mais diversos motivos.

Questões financeira, o excesso de compromissos e cobranças comuns nessa época também são fatores associados ao aumento do estresse e do sofrimento psíquico.

Diante disso, é possível adotar algumas medidas para o manejo do estresse com intuito de amenizar alguns sintomas, quais sejam:
  • Estipular metas realistas para o próximo ano;
  • Viver o presente;
  • Ter flexibilidade, inclusive, para rever e mudar metas;
  • Reconhecer os seus limites;
  • Não comparar-se com outras pessoas;
  • Dedicar-se à adoção de hábitos saudáveis como a prática de exercícios físico;
  • Manter a alimentação saudável;
  • Ter momentos de descanso e lazer;
  • Procurar ficar próximo de pessoas queridas;
  • Buscar uma rede de apoio;
E no caso de perceber em você ou em outra pessoa a intensificação desses sintomas, não julgue, tenha empatia, ofereça ou procure ajuda especializada. Em casos de crise que cause sofrimento psíquico intenso ou implique risco de vida procure o Pronto Atendimento, outro serviço que no final de ano costuma ter aumento na procura é o Centro de Valorização da Vida CVV que funcionam 24 horas e prestam apoio emocional é um serviço gratuito e sigiloso.

CVV telefone 188.
site www.cvv.org.br

Referências:
www.ismabrasil.com.br
www.cvv.org.br

(*) Solange Bezerra Leal é Psicóloga especialista em psicologia Hospitalar (CRP 06/85160).

domingo, 17 de dezembro de 2023

foto/cidade | Praça do Pinheirão


Divulgação / Prefeitura de Tatuí

poema | Palavras de Fundo (Cristina Siqueira)

Palavras de fundo

(Cristina Siqueira)

Imagem / Cristina Siqueira


E contudo assombra-me
Um vazio no peito
É noite
Brisa carícia
Noite, noite
De onde estou não vejo estrelas
Eu as sei mas não as vejo
O perfume forte da dama da noite
Chega pelo ar
A realidade é opressora
Lá fora não é aqui dentro
Over mundo pressiona o peito
Em não existência
A irrealidade roubou a essência humana
Viver é ficção
( - O que significa a vida ?)
A compreensão da vida é para uma vida.
O homem se perdeu
Na busca de si mesmo
Perdeu a si e ao outro
Amor é palavra vaga
Não tem mais a ver
Com olhos mergulhados em olhos
Bocas para o profundo estar
O beijo nascido do desejo
De ao outro se entregar
Lábios que sugam alimento
O encontro começa pelo olhar
O desejo completa-se na boca
Não está na pauta dos tempos
que correm o prazer de simplesmente estar
Perdeu-se a graça
E o poder de encantar
Preenchida pelo silêncio
Ouço grilos e vejo luzes pirilampas
A onda do mundo
Me pegou num arrastão
Esta angústia que nem o sol espanta
Dias de cura em doses homeopáticas
Conversa com o Santo Anjo da Guarda
Os pés à beira mar
Redondilhas de ondas miúdas
Sinto falta nem sei de que
se tenho tudo.
- Medo ?!?!
De perder a conexão do amor
A falta de reciprocidade
Não sei se espero demais
ou de menos
Sei que não devo esperar
- Onde me situo ?
Creio que sinto mesmo é saudade sem endereço certo.
- Onde está o futuro do passado?
- O presente que mal se escreve, apaga ?
Em tudo tem tanta beleza
A natureza é harmônica e vivemos anestesiados
Entorpecidos pela alta velocidade
que precipita os fatos
Avoados perdendo coisas
Devo guardar o essencial
A consciência
Quando oro
Anjos me preenchem
Num instante torno-me
A leve menina
Distraída
Na imaginação
Ouço “ Luar do Sertão “
Tem pai e mãe
Viola que chora e acende meu coração
O latãozinho de leite gordo
O tropeço na pedra do caminho
A fábula de Monteiro Lobato
A barranca do rio
O rachado na lama
Há seca
Ou
O tempo chora convulsivamente
Inunda o espaço
Alaga
A saúde da terra no mato intocado
A bulha dos passos mansos
Adentrando ao sagrado
Ali havia um rio
Colhemos jaca e foi uma festa
Pena que tinha mutuca
O vale intocado, espraio o olhar
Atrás do Morro dos Segredos
Quando cozinho, oro
As ervas tem alma e perfumam
Atiçam o sabor
Viva. viúva de um outro tempo
Que passou
Vejo estrelas na água que ferve no fogão
Varro sapos e lagartixas
Para fora, onde o quintal chama
E o gato espera
Não sou o que penso que sou
Escapo por um buraco no céu
Fico tonta e danço
Giro do dervixe
Me entorpeço de espaço
E crio para estar com Deus
E o ouço no céu e no mar
Assim o tempo acontece
O nada é tudo
A entrar na realidade
A vida é só o que passa
Queimo
Na lenha do corpo e alma
A pequenez do meu ser
E nada sou
Livre éter
Sem fronteiras
Nas linhas da mão o traço é luz
Ilumina o silêncio
Clareia o mistério
Trabalho a sombra
E me refaço
Mesmo assim estou em falso
A menina que fui envelheceu

sábado, 9 de dezembro de 2023

De panetone 'desconstruído' a árvore de salame: confeiteiros de Tatuí apostam em pratos 'diferentões' para o Natal

Empreendedores de Tatuí transformaram itens decorativos comestíveis e receitas inovadoras, que são de dar água na boca.

Por Beatriz Pereira*, g1 Itapetininga e Região, com copidesque do DT

Receitas inspiradas no Natal fazem sucesso em 2023 em Tatuí — Foto: Eliane Torteria & Cia/Mimi Pink/Reprodução

09/12/2023 | Não há dúvidas de que as decorações de Natal são deslumbrantes, mas quando a beleza natalina invade o universo gastronômico, elas ficam ainda melhor. Neste ano, com receitas de dar água na boca, empreendedores de Tatuí (SP) apostam em pratos criativos e "diferentões".

Entre doces e salgados, os confeiteiros decidiram criar "árvores" e "casas" com "neve" e guirlanda comestíveis.

O g1 foi conhecer algumas dessa criações "mirabolantes" da "Capital do Doce", Tatuí. Confira:

'Árvore' de frios e frutas

Elaborando as próprias receitas e se inspirando em "segredos" da família, a confeiteira Eliane Miranda transformou frutas, brigadeiros e porções de frios como queijo, presunto, salame, azeitonas e tomate, em "árvores" de Natal.

A doceira explica que a decoração foi elaborada a partir de tendências internacionais, com diferentes combinações de sabores.

"A criatividade explode no natal", destaca Eliane.

"Todo mundo quer algo bonito, diferente e gostoso. Seja numa loja pra receber clientes, num coffee break empresarial ou numa festa de aniversário", ressalta a confeiteira.

As 'árvores' de Natal estão disponíveis em opções doces e salgadas em Tatuí — Foto: Eliane Torteria & Cia/Reprodução

'Casa' de bolo de chocolate

Recheadas pela chaminé, Eliane também faz bolos em formato de "casas". Essa receita, que é tradição da família dela, não economiza no uso de especiarias.

A doceira explica que a massa pode ter três sabores: chocolate com amêndoas, nozes e especiarias e limão siciliano. A decoração que imita neve é feita com açúcar de confeiteiro polvilhado seguido da calda de brigadeiro, que transborda pela chaminé e cai sobre o bolo.

As casinhas são vendidas para clientes de diferente municípios — Foto: Eliane Torteria & Cia/Reprodução

No cardápio do estabelecimento desde 2018, as casinhas são feitas com uma forma especial, que possibilita moldar, desenformar e rechear o bolo. Eliane conta que recebe clientes de Boituva, Tietê e até da capital paulista.

"Os itens com decoração natalina chamam a atenção mesmo, né? É um diferencial e tanto! Pode ser um único brigadeiro, se tiver uma tag [etiqueta] de Natal, já dá um clima diferente, já se transforma numa lembrancinha de Natal", explica Eliane.

'Panetone desconstruído'

Os clássicos panetones e a sua versão recheada com chocolate, o chocotone, também marcam presença no cardápio da doceria de Estevão. Mas aqui, essas delícias são servidas de uma forma "desconstruída": em taças, para serem comidos com colher.

A criação é de Estevão Milani, proprietário de uma doceria e hamburgueria de Tatuí, e da chef de cozinha Miriele Milani.

"Ela [taça] também é produzida de forma artesanal com gotas de chocolate nobre que é uma inovação em nossa receita. A taça foi criada para apaixonados por aquele panetone 'molhadinho'".

Estevão também acrescenta que as opções de taças de panetone contam com versões de "red velvet", com massa vermelha, e ainda de pistache, sabor popular neste fim de ano.

As taças são recheadas com pedaços de panetone de chocolate em doceria de Tatuí — Foto: Mimi Pink/Reprodução

*Colaborou sob a supervisão de Matheus Arruda

soneto | APELO (Eno Teodoro Wanke)

APELO

   (Eno Teodoro Wanke)


Eu venho da lição dos tempos idos
e vejo a guerra no horizonte armada.
Será que os homens bons não fazem nada?
Será que não me prestarão ouvidos?

Eu vejo a humanidade manejada
em prol dos interesses corrompidos.
É mister acabar com esta espada
suspensa sobre os lares oprimidos!

É preciso ganhar maturidade
no fomento da paz e da verdade,
na supressão do mal e da loucura...

Que a estrutura econômica da guerra
se faça em pó! E reine sobre a terra
os frutos do trabalho e da fartura!

(Transcrito do livro A Carpintaria do Verso, 2ª edição, RJ, 1984, com permissão do autor)

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

poema | Enrolando os sonhos com as mãos (Cristina Siqueira)

Enrolando os sonhos com as mãos

(Cristina Siqueira)



Papel de presente
da papelaria da esquina
Na caixa embalo sonhos
Lembranças que escolhi a dedo
Presentes de loja
Nem sempre cabem no bolso
Estico números
Que sirvam no cartão de débito
Debruço no papel meus olhos
Grato coração
O tempo da prece sentida
A palavra com que reconheço
a cada ser único que amo
Todos com nomes próprios
Partes vivas do enredo
Parece que com o tempo
O espaço se multiplicou
Cresci em acolhimento
Na festa da minha vida
Cabe muita gente linda
E gente nem tão linda assim
Gente, enfim
As que me ofertaram a alma
Se fizeram com o tempo
Trouxeram alegria
Bom gosto
Delicadezas
Toques de realidade
Apreço pela palavra bem dita
Verbo e verso
Profecias, contradições e utopia
Lembranças comuns
Reciprocidade natural
Colo e ombro amigo
Naqueles que vieram para somar
Multiplico- me
Com eles subtraio dores
Compartilho sentimentos
Sirvo a torta de maçã com creme
Ainda quente
A xícara branca com café de coador
O pão multigrãos
Uma sombra de manteiga sem sal
Banana da terra frita
Polvilhada com canela e açúcar cristal
A conversa de vai e volta
Sem fim
O sol que é para todos
Mesmo quando a noite vem
A lua surge na hora dos pernilongos
O conforto de estar junto
Mesmo que sem palavras
Intimidade no desfrute do silêncio
Flutuantes do tempo e espaço
Dança da condição humana
Entre a lógica e a poesia
O abismo da existência
No caos devorador
O que há de vir é só com Deus
Sobrevivemos
À injustiça e ao laço da morte
Com vida celebramos a sorte
Nos salve o Deus do bom humor
Do sonho
Da liberdade que desvincula
Os atos de suas consequências
Sendo o bem que nos norteia
O prumo da presente existência
Entre mar e céu
O que me há na alma
É a força do Criador
Sendo eu a criatura
A dar forma ao invisível
Abro os braços e rasgo o véu
E voo ao que possa haver
Além do que tange o mundo
Da conhecida terra toda uma
Navego o sonho nau das noites
Ultrapasso a linha abstrata do horizonte
Sou a flor do longe

Cristina Siqueira
Temporada Trancoso 2023 / Vila Mineira

domingo, 3 de dezembro de 2023

Sobre quatro rodas, família viaja de Tatuí a Ushuaia, cidade do 'fim do mundo', para passar réveillon

O profissional de T.I. Ivan Perez Civolani, de 39 anos, contou ao g1 que já “gastou” muito pneu de seu carro ao atravessar a América Latina mais de duas vezes. Nas primeiras viagens, o brasileiro foi até Machu Picchu, no Peru, e depois, para o Chile. Agora, encara 14 mil quilômetros até Ushuaia, na Patagônia Argentina.

Por g1 Itapetininga e Região, com copidesque do DT

Ivan Perez Civolani contou ao g1 que a paixão por viajar nasceu ao rodar o país para vender enciclopédias — Foto: Ivan Civolani/Arquivo pessoal

02/12/2023 | Sinônimo de liberdade, a estrada é, no mínimo, instigante. Para alguns, dirigir milhares de quilômetros, atravessar fronteiras e passar “perrengues” acaba virando estilo de vida. Assim como virou para um morador de Tatuí (SP) que se prepara para encarar 14 mil km até o “fim do mundo”, Ushuaia, na Patagônia Argentina.

O profissional de T.I. Ivan Perez Civolani, de 39 anos, contou ao g1 que já “gastou” muito pneu de seu carro ao atravessar a América Latina mais de duas vezes. Nas primeiras viagens, o brasileiro foi até Machu Picchu, no Peru, e depois, para o Chile.

“Cruzei a Bolívia inteira, passei pelo lago Titicaca, fui até Machu Picchu e voltei [ao Brasil] pelo Acre, deu aproximadamente 12 mil quilômetros. [Também] já fui para o deserto do Atacama [Chile], e voltei beirando o Pacífico, subi por Santiago, deu mais ou menos uns 13 mil quilômetros”, relembra Ivan.

Rota vai percorrer o Chuí, Buenos Aires até a Patagônia — Foto: Ivan Civolani/Arquivo pessoal

Desta vez, Ivan terá a companhia da esposa, Danielle Nogueira, e da mãe, Sueli, que toparam participar deste sonho, cultivado desde a adolescência, quando se apaixonou pelas estradas ao “rodar” pelos estados do Pará e Amapá como vendedor de enciclopédias.

“Ushuaia sempre foi um sonho meu, porque é a cidade mais ao sul do mundo. Sempre quis chegar de carro lá”.

Morador de Tatuí já atravessou a América Latina duas vezes e, agora, segue para a terceira viagem — Foto: Ivan Civolani/Arquivo pessoal

Rotas e planejamento

Segundo Ivan, a estimativa é passar 36 dias na estrada, percorrendo mais de 14 mil quilômetros que levam à Patagônia, onde o trio passará o réveillon.

Tudo marcado no mapa e roteiro pronto, ressalta o viajante. “Nós vamos sair pelo Chuí, Rio Grande do Sul. De lá, vamos para Buenos Aires, por terra mesmo. (...) Em Buenos Aires, vamos passar o Natal e daí, vamos descer a Rota 3 - uma estrada que sai de Buenos Aires e vai até o Ushuaia”.

“Ushuaia é o fim do mundo, é a última cidade do mundo. Pra quem gosta de pegar estrada, gosta de viajar, gosta de viajar a América do Sul, Ushuaia é um dos pontos que a pessoa vai querer conhecer. É uma mistura dos quatro climas do ano em um lugar só, muito lindo. Eu vou no verão, provavelmente vou ver os picos nevados só, não vai ter neve.

Ushuaia, na Argentina, é conhecida como a cidade mais austral do mundo — Foto: Andres Camacho/ Municipalidad de Ushuaia

domingo, 26 de novembro de 2023

OAB Tatuí define data para confraternização de fim de ano

Confraternização da 26ª Subseção


26/11/2023 | A Diretoria e a Comissão Cultural OAB da 26ª Subseção - Tatuí convidam a todos para a festa de Confraternização da 26ª Subseção, que é destinada a 
advogados, familiares e amigos.

Anote:
Dia: 15/12/2023 (sexta-feira)
Horário: A partir das 19h
Local: Casa da Advocacia de Tatuí (Salão de Festas)
Rua: Avenida Virgínio de Montezzo Filho, 980, Nova Tatuí.
Valor: R$ 50,00 reais por pessoa
Link de inscrição:
https://forms.gle/LW3q3GxcqfPxwaNV6

Após efetuar a inscrição no link acima, efetuar pagamento para a chave PIX (CNPJ) 43419613002629 e enviar o comprovante de pagamento com seu nome para o e-mail: tatui@oabsp.org.br .

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Coca-cola deve trazer a Caravana de Natal a Tatuí no dia 17 de dezembro

Caravana deve percorrer 32 cidades

Divulgação

23/11/2023 | A Sorocaba Refrescos divulgou na terça-feira, 21, a programação das 32 duas cidades que receberão a Caravana de Natal 2023. Na lista está Tatuí.

Este ano a caravana passará em três novas cidades e terá 11 paradas a partir do dia 30 de novembro. As novas cidades são Ribeirão Branco, Pereiras e Alambari.

O evento contará também com as famosas paradas do comboio – serão 11 no total - com interações com os personagens Papai Noel e o célebre Urso Polar.

O primeiro dia da Caravana será em Itu e Salto no dia 30 de novembro, e Sorocaba, no dia 1 de dezembro. Tatuí e Cesário Lange recebem a caravana no dia 17 de dezembro. O encerramento será dia 22.

A iniciativa, que perdura há mais de 18 anos, conta com sua frota de caminhões iluminados, decorações encantadoras e cenários natalinos.

Cristiano Biagi, diretor-presidente da Sorocaba Refrescos, destaca a conexão da Coca-Cola com o Natal e as comunidades.

¨Os caminhões iluminados e a tradicional música tornaram-se ícones que marcam o Natal em nossa região. Será um momento especial para unir as famílias e os amigos em uma experiência que ficará guardada na memória de todos nós", afirma.

Confira as datas previstas da Caravana e prepare-se para viver a magia natalina:

CIDADES

ITU 30/nov
SALTO 30/nov
SOROCABA - CENTRO 01/dez
PEREIRAS 02/dez
CONCHAS 02/dez
LARANJAL PAULISTA 02/dez
PORTO FELIZ 03/dez
SOROCABA - PQ SÃO BENTO 03/dez
TIETÊ 04/dez
CERQUILHO 04/dez
ALAMBARI 05/dez
ITAPETININGA 05/dez
SARAPUÍ 06/dez
SALTO DE PIRAPORA 06/dez
IPERÓ 07/dez
BOITUVA 07/dez
VOTORANTIM 08/dez
RIBEIRÃO BRANCO 09/dez
ITAPEVA 09/dez
ITABERÁ 10/dez
ITARARÉ 10/dez
APIAÍ 11/dez
GUAPIARA 12/dez
CAPÃO BONITO 12/dez
IBIÚNA 13/dez
PIEDADE 13/dez
SOROCABA - ZONA OESTE 14/dez
SOROCABA - IPANEMA/ITAVUVU 15/dez
CAPELA DO ALTO 16/dez
ARAÇOIABADA DA SERRA 16/dez
CESÁRIO LANGE 17/dez
TATUÍ 17/dez

ITU - CIDADE NOVA 18/dez
SOROCABA - CAJURU/EDEN 18/dez
SOROCABA - BRIG. TOBIAS 19/dez
MAIRINQUE 19/dez
SÃO ROQUE 19/dez
SOROCABA - VILA HORT./BARCELONA 21/dez
TAPIRAÍ 22/dez.

sábado, 18 de novembro de 2023

Cavalo árabe é árabe mesmo? Raça pode valer até US$ 1 milhão

O g1 conversou com criadores e especialistas que estiveram no Centro Hípico de Tatuí para a Exposição Nacional do Cavalo Árabe de Esporte, promovida pela Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA).

Por Matheus Arruda, g1 Itapetininga e Região

Cavalo árabe desfila com trajes típicos do Oriente Médio em Tatuí — Foto: André Shiwa/Agência Cavalus / Divulgação

18/11/2023  | Você sabia que, apesar do nome, o porquinho-da-índia não é indiano e tampouco nasceu na Índia? Mas e o cavalo árabe, será que é árabe mesmo? A resposta é sim. Segundo uma associação de criadores, estima-se que seja criada pelos povos árabes e asiáticos há mais de três mil anos, sendo o principal meio de transporte das tropas islâmicas que invadiram a Europa em 711.

Para saber mais sobre o cavalo árabe, o g1 conversou com criadores e especialistas que estiveram no centro hípico de Tatuí, no interior de São Paulo, para a Exposição Nacional do Cavalo Árabe de Esporte, promovida pela Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA).

“Originalmente [os cavalos árabes] eram utilizados pelos beduínos no deserto, sendo reconhecidos por sua agilidade e resistência. Sendo grandes trunfos de guerra. Eles, inclusive, conviviam muito próximos aos seus donos, dormindo nas tendas com os beduínos”, relata o criador e juiz de provas Cesar Schmidt.

Raça de origem árabe foi importada da Argentina para o Brasil — Foto: Agência Cavalus/Divulgação

Segundo o especialista, os cavalos árabes - também conhecidos como “puro sangue árabe” - chegaram ao Brasil pela primeira vez em 1929, importados do país vizinho, Argentina. E logo conquistaram os criadores, que expandiram o mercado no país.

💸 ‘Pata de ouro’

Ágil e esbelto, o cavalo árabe pode custar até U$1 milhão. “Não há limite de valor para um bom cavalo”, salienta Schmidt.

Alto valor que se justifica por sua beleza, atributos físicos e docilidade, como explica Cesar, que dedica sua vida à criação da raça.

“Além de suas qualidades como cavalo de sela, como agilidade e resistência, o cavalo árabe sempre se destaca por sua beleza inigualável e por sua incrível docilidade e proximidade ao homem”.

Cavalo árabe pode valer até US$ 1 milhão, segundo criador — Foto: Agência Cavalus/Divulgação

🌾 💪 🏇 Alimentação e exercícios

Alimentação balanceada e rotina de exercícios físicos são essenciais para manter a “boa forma”. Fórmula válida não apenas para os humanos, mas também para os cavalos. Schmidt conta que o manejo da raça é simples, mas requer cuidado e dedicação.

“Uma alimentação adequada e equilibrada, incluindo bom volumoso [alimentação equina, como feno ou alfafa]. Soltando-os no pasto uma vez ao dia, para se exercitarem”.

Em exposições, os animais recebem cuidados especiais para os pelos e cascos ficarem brilhantes.

Tatuí recebe evento com provas e exposição equina da raça árabe — Foto: Agência Cavalus/Divulgação

🐎 Trote diferenciado

Diferentemente de outras raças, o cavalo árabe levanta a cauda ao trotar. De acordo com Cesar, isso acontece pois o animal possui algumas diferenças no sistema esquelético.

“O cavalo árabe tem uma vértebra lombar a menos, o que justifica o fato de eles trotarem com a cauda levantada”, explica.

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

CCR SPVias realiza campanha sobre o uso correto do acostamento

Os motoristas que forem flagrados dirigindo pelo acostamento cometem infração gravíssima e estão sujeitos à multa de R$ 1.467,35.

Divulgação / CCR SPVias


16/11/2023 | De acordo com Código de Trânsito Brasileiro, o acostamento é uma via diferenciada da pista de rolamento, destinada à parada de veículos em casos de emergência. Nos casos em que os motoristas usam o acostamento de forma inadequada, estão sujeitos a multas que podem ser multiplicadas por 3 ou 5 vezes, dependendo da conduta.

Os motoristas que forem flagrados dirigindo pelo acostamento cometem infração gravíssima e estão sujeitos à multa de R$ 880,41 e sete pontos na CNH. Outra infração gravíssima e a que pesa mais no bolso do motorista é realizar ultrapassagem pelo acostamento, além dos sete pontos na carteira, a multa custa R$ 1.467,35.

O uso do acostamento deve ser feito somente em casos de emergência.

Para alertar os motoristas sobre os cuidados necessários para evitar acidentes, a CCR SPVias realizará campanha de segurança, alertando os motoristas sobre o uso correto do acostamento. Ao longo do feriado serão entregues 40 mil folhetos nas principais praças de pedágios e nos atendimentos de guincho da CCR SPVias. O material traz dicas de segurança importantes e os cuidados necessários para evitar acidentes.

Além disso, a Concessionária reforçará a orientação, veiculando mensagem nos painéis eletrônicos das principais rodovias do Sudoeste Paulista.

Dicas importantes:

sábado, 11 de novembro de 2023

Bacon caramelizado e licor de marula: confeiteira aposta em bombas gourmet em Tatuí

A criatividade comanda a cozinha de Daniele Diniz Corrêa, que inovou ao criar bombas gourmet nos sabores de bacon e licor de marula.

Por g1 Itapetininga e Região, com copidesque do DT

Éclair, a famosa 'bomba' de padaria, é um doce de origem francesa — Foto: Vania Galvão/Dani Diniz Confeitaria/Divulgação

11/11/2023 | A bomba de chocolate é um doce clássico e está presente em padarias de todo o Brasil. Mas você já provou essa sobremesa com recheio de bacon? E licor de marula, uma fruta de origem africana? Essa é a aposta de uma confeiteira de Tatuí (SP), a “Capital do Doce”, que decidiu inovar com sabores inusitados de éclairs.

Na cozinha da confeiteira Daniele Diniz Corrêa a criatividade é lei. Ao g1, ela contou que se incomodou com a quantidade de doces semelhantes no mercado e foi buscar inspiração na confeitaria francesa.

“O éclair é um doce francês. Tenho estudado muito doces franceses, pesquisado (...) para me especializar e ser a primeira loja de éclair da região. A gente precisa inovar”, conta.

Feito com massa choux, o éclair é recheado com creme e pode ser coberto com os mais variados sabores, explica Daniele, que "bombou" na Feira do Doce de Tatuí, em julho deste ano, ao apresentar o doce francês.

De fondue de coxinha a brigadeiro de bacon: 'Feira do Doce' reúne receitas exóticas e tradicionais em Tatuí

“Foi carro chefe da feira”, comenta a confeiteira, que uniu doce e salgado em suas receitas. “O bacon ‘bombou’”, acrescenta com um trocadilho.

Bomba recheada com creme e coberta de bacon caramelizado — Foto: Vania Galvão/Dani Diniz/Divulgação

Recheio de licor de marula

Bomba de licor de marula. Foto: Vania Galvão/Dani Diniz/Divulgação

Pensando na demanda dos clientes, a doceira buscou criar uma cobertura alcóolica, mas suave e agradável ao paladar. “Sempre faço ovo de páscoa de marula e o pessoal adora”.

A marula é uma fruta africana muito utilizada na produção de geleias, sucos e licores.

Doceira de Tatuí . Foto: Vania Galvão/Dani Diniz/Divulgação

Para apresentar o novo sabor, Daniele está promovendo um evento, que começou na sexta-feira (10) e vai até este domingo (12).

“Meu coração está a mil, estamos a todo vapor na produção”, comenta.

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Banda Sinfônica Jovem de Tatuí participa de Festival de Teatro Adolescente

O 5º Festival de Teatro Adolescente “Vamos que Venimos Brasil” acontece em Santo André, de 14 a 17 de novembro. A Banda Sinfônica Jovem do Conservatório se apresenta na Abertura do evento.

VAZIO AGUDO

07/11/2023 | De 14 a 17 de novembro de 2023 (terça a sexta-feira), com entrada gratuita, acontece o 5º Festival de Teatro Adolescente “Vamos que Venimos Brasil”, versão brasileira do festival criado na Argentina, com sede em Santo André - SP, que nesta edição será realizado em parceria com o Sesc Santo André. daniel (em baixa)

Daniel Munduruku

A 5ª edição do festival tem como temática o “Teatro Adolescente e Ancestralidades” e conta com a participação de Daniel Munduruku, Banda Sinfônica Jovem do Conservatório Dramático Musical Dr. Carlos de Campos de Tatuí, entre outros, fazendo um convite para um encontro entre diferentes gerações, acenando para o passado a partir do tempo presente. Um olhar para trás que cumprimenta e abraça suas próprias imagens e memórias ancestrais.

Hoje é Dia de Maria

Serão realizadas apresentações, painéis de intercâmbio, oficinas e encontros, inspirando um chamado ao conhecimento das teatralidades dos povos originários, investigando os caminhos que nos fizeram chegar até aqui e aprendendo a conjugar o verbo “reverenciar” em busca das possíveis construções identitárias.

“Que possamos celebrar todos os que vieram antes de nós e os que ainda chegarão. Afinal, quem gostaríamos de ser ao nos enxergarmos como futuros ancestrais?”, comenta a organização do VQV.

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Premiação de Mostra Científica


Os premiados (Faesb / Divulgação)


Durante a Semana de Engenharia Agronômica ocorrida de 02 a 06 de outubro de 2023 na FAESB, foi realizada uma Mostra Científica. Trabalhos de Iniciação Científica e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) que se destacaram no ano de 2023 foram apresentados e avaliados por docentes da casa. 

Os trabalhos premiados ao final do evento foram:

1° - Jimy John Vines. Sanitização de produtos hortícolas com uso de ozônio e produtos clorados. Orientado por Dra. Jaqueline Tezotto-Uliana.

2° - Danilo Bueno de Carvalho. Avaliação de três diferentes tipos de substratos na produção de milho hidropônico destinado a alimentação animal. Orientado por Me. Miguel Machado.

3° - Marco Aurélio Casari. Inoculação de Bacillus subtilis em plantas de soja submetidas ao estresse hídrico de curto período. Orientado por Dra. Ana Paula Preczenhak.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Lions Internacional faz doação de 125 mil dólares ao Gpaci para compra de equipamentos


Descerramento da placa no GPACI (Divulgação)


31/10/2023 | Na segunda-feira, 30/10, a Fundação Lions Internacional (LCIF) oficializou um projeto de subsídios para atender o Hospital Gpaci (Grupo de Apoio aos pacientes com Câncer Infantil), de Sorocaba, que foi contemplado com a aquisição de três modernos equipamentos anestésicos de última geração, da marca Dräger. 

O recurso para a compra chegou em meados de julho último, totalizando US$ 125 mil (equivalente a R$ 644 mil). Os aparelhos já foram comprados e estão em uso pelos pacientes (crianças, adolescentes e jovens). O GPACI é uma referência para o tratamento do câncer infantil para 48 municípios da Região Metropolitana de Sorocaba.

Equipamentos comprados com recursos de LCIF (Divulgação)


Os novos equipamentos oferecem melhores condições de trabalho aos profissionais e maior confiabilidade aos pacientes (crianças e adolescentes), já que representam melhor resolutividade, principalmente no tratamento de câncer, que necessita de intervenções cirúrgicas.

O recurso de LCIF saiu com a contrapartida do Lions Clube Sorocaba Sul e Lions Clube Votorantim. Na solenidade que oficializou a entrega, estavam presentes o 1º vice-governador do Distrito LC-2, o tatuiano Christian Pereira de Camargo (do LC Tatuí, representando o Governador Marcelo Patiri, que passou por cirurgia recentemente); o diretor internacional de Lions, Messias Mello e o presidente do Conselho de Governadores do Distrito Múltiplo LC, Rubens Mesadri (LC Votorantim), além de diretores do hospital.

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

notas | Vera Holtz é premiada em Festival de Los Angeles

sábado, 21 de outubro de 2023

Crítica: 'Tia Virgínia' é o melhor filme do ano com atuação histórica de Vera Holtz

Matheus Mans, na Esquina da Cultura

20/10/2023



Nunca dou cinco estrelas para filmes logo de cara. Geralmente, se gosto muito de alguma coisa que assisti, dou primeiro 4,5 estrelas. Depois, revejo e avalio se merece a cotação total. Um costume meu, que já levo há anos. Mas não foi isso que aconteceu na noite de quinta-feira, 19 de outubro, quando saí da sessão de Tia Virgínia da Mostra 2023. Coloquei, de cara, as 5 estrelinhas.

Motivos não faltam. Pra começar, a história do longa-metragem, dirigido e roteirizado por Fabio Meira (do também ótimo As Duas Irenes). Virgínia (Vera Holtz) mora em uma casa com a mãe, uma senhora que se aproxima dos 100 anos de idade e que já não fala ou se mexe. Depende dos outros. É nesse contexto que a família vai celebrar o Natal, recebendo as duas irmãs (Louise Cardoso e Arlete Salles), além do marido de uma delas (Antonio Pitanga) e dois sobrinhos.

É nesse encontro de família que as coisas começam a surgir. Ressentimentos, mágoas, pensamentos, segredos. Virgínia já não aguenta mais cuidar de tudo sozinha. Vê sua vida passar pela janela, enquanto fuma um cigarro e observa, bem de longe, as duas irmãs tocando a vida com marido e filhos. As irmãs, enquanto isso, começam a enxergar Virgínia como uma louca -- ela trata a mãe como se estivesse sã, tem lampejos juvenis, dentre outras coisas do dia a dia.

A partir daí, nós, espectadores, somos catapultados dentro dessa dinâmica. Tia Virgínia, felizmente, não tem medo de fazer humor com a desgraça: são várias as cenas em que as coisas estão saindo do controle e, mesmo assim, Meira não tem medo de tirar uma sacada, uma piada, um observação astuta. É, enfim, a dinâmica familiar, que se monta em situações tragicômicas. O que seria a família se não fosse uma mistura de tragédia e comédia, não é?

Como numa peça de teatro, em que todas as sequências se instalam em um mesmo ambiente (a casa onde Virgínia mora com a mãe), o longa-metragem se comporta quase como uma orquestra -- ou um bolero de Ravel? As peças vão se encaixando, se movimentando. Meira sabe dizer muito com os silêncios, mas também é certeiro quando trata de explosão. As emoções vão se empilhando, enquanto as personagens mostram facetas, máscaras caem e por aí vai.



Tudo isso é catapultado por dois elementos primordiais, que colocam o filme em outro patamar: a direção de arte e as atuações. Sobre o primeiro ponto, há uma qualidade absurda em construir uma casa que conversa com o passado do brasileiro. O chão com caquinhos de cerâmica na entrada, o presépio, os pratinhos na parede, o relógio de um antepassado. Tudo ali é verdadeiro.

Mas Tia Virgínia não seria o filme que é se não fossem as atuações. Salles e Cardoso estão bem como essas duas irmãs que entram em rota de colisão e com opiniões fortes. Pitanga também está bem como um homem com seus primeiros sinais de Alzheimer, mas serve mais como um alívio cômico -- o que, acredito, pode ser problematizado por alguns. Mas é Vera Holtz que brilha: a atriz entrega um tour de force impactante, onde administra suas emoções genuinamente.

Tia Virgínia é Vera Holtz. Ao sair da sessão do filme, disse algo no calor da emoção e que reafirmo agora: se o Brasil tivesse um cinema mais reconhecido internacionalmente, Holtz poderia repetir o feito de Fernanda Montenegro com uma indicação ao Oscar. Não é exagero, não é empolgação momentânea. A atriz tem uma atuação histórica. Sem dúvidas, a melhor do ano.

Se for pra procurar pelo em ovo, dá pra dizer que o filme não sabe o momento certo de acabar. Há uma cena fantástica que, depois, é seguida por outras duas pequenas cenas que fazem sentido, mas que não precisava. Me lembrou o filme Como Nossos Pais, que também comete um erro parecido, não terminando na magnífica cena em que Clarice Abujamra toca ao piano.

Mas tudo bem. Tia Virgínia é, indiscutivelmente, um dos melhores filmes de 2023 -- pra mim, o melhor até agora, superando Oppenheimer e Assassinos da Lua das Flores. Um filme forte sobre família, relações, memória, medo, tristeza, vontade de viver e de morrer. Tudo isso ainda regado com atuações que deixam qualquer um com vontade de aplaudir, de pé, no final da sessão.




Poder reformador não legitima nem autoriza desrespeito a cláusulas pétreas

OPINIÃO

Por Celso de Mello

06/10/2023 | A matéria versada na PEC 8/2021 há de ser analisada em função do que estabelece a Constituição, que claramente separa e distingue, em tema de produção normativa, dois domínios: a) o da atuação do Poder Legislativo (por intermédio de projetos de lei e de propostas de emenda à Constituição, entre outras proposições) e b) o da atuação do Poder Judiciário (mediante edição do regimento interno dos Tribunais).

Vale dizer, há que se examinar o tema à luz de dois critérios: o da reserva constitucional de lei, de um lado, e o da reserva constitucional de regimento, de outro.



O eminente e saudoso ministro Paulo Brossard, em um de seus luminosos votos proferidos no Supremo Tribunal Federal (ADI 1.105‐MC/DF), bem equacionou o problema resultante da tensão normativa entre a regra legal e o preceito regimental, chamando a atenção para o fato — juridicamente relevante — de que a existência, a validade e a eficácia de tais espécies normativas hão de resultar do que dispuser o próprio texto constitucional:

"Em verdade, não se trata de saber se a lei prevalece sobre o regimento ou o regimento sobre a lei. Dependendo da matéria regulada, a prevalência será do regimento ou da lei (José Celso de Mello Filho, Constituição Federal Anotada, 1986, p. 368; RMS 14.287, ac. 14.VI.66, relator ministro Pedro Chaves, RDA 87‐193; RE 67.328, ac. 15.X.69, relator ministro Amaral Santos, RTJ 54‐183; RE 72.094, ac. 6.XII.73, relator Antonio Neder, RTJ 69‐138). A dificuldade surge no momento de fixar as divisas entre o que compete ao legislador disciplinar e o que incumbe ao tribunal dispor. O deslinde não se faz por uma linha reta, nítida e firme de alto a baixo; há zonas cinzentas e entrâncias e reentrâncias a revelar que, em matéria de competência, se verificam situações que lembram os pontos divisórios do mundo animal e vegetal. (...).
O certo é que cada Poder tem a posse privativa de determinadas áreas. (...).

Alega‐se que a matéria é processual e por lei há de ser regulada. A assertiva envolve um círculo vicioso: dá‐se como certo o que devia ser demonstrado.

A recíproca é verdadeira. Também não basta afirmar que o assunto é regimental para que seja regulado pelos tribunais, com exclusão do legislador.