sábado, 29 de julho de 2017

Casos de violência sexual contra crianças e adolescentes crescem na região

Segundo o Juiz da Vara da Infância e Juventude, na maioria dos casos os abusadores são os próprios pais, padrastos ou amigos da família.

Casos de violência sexual contra criança e adolescente crescem na região de Itapetininga

Os casos de estupros contra crianças e adolescentes aumentou este ano na região, segundo dados da Secretaria de Promoção Social. Em Itapetininga, de janeiro a maio deste ano já foram registrados 40 casos de violência sexual, sendo que em 2016 foram ao todo 86 casos. Em Tatuí, de janeiro a maio deste ano, já foram registrados 11 casos. Em 2016, durante todo ano, foram registradas 16 ocorrências.

Segundo o juiz da Vara da Infância e Juventude Marcelo Nalesso Salmaso, na maioria dos casos as vítimas são abusadas pelos pais, padrastos ou amigos da família. Por isto é necessário ficar atento ao comportamento da criança ou adolescente.

“A criança começa a apresentar indícios. Ela fica mais introspectiva, pode começar a apresentar comportamentos agressivos ou até mesmo comportamentos sexualizados, que podem ou não, ser indícios de abuso sexual”, afirma Salmaso.

Segundo Juiz da Vara da Infância e Juventude Marcelo Salmaso, é necessário ficar atento ao comportamento da criança ou adolescente (Foto: Reprodução/TV TEM)

Ainda segundo o juiz, pessoas e entidades que têm contato com essas crianças diariamente devem prestar atenção nos sinais para identificar um possível abuso e acionar os órgãos competentes.

“É importante estar atento aos sinais e tentar conversar e acolher a criança, que na maioria dos casos se sente culpada pelo o que aconteceu. Desta maneira, não julgá-la e encaminhar essa informação para o conselho tutelar ou para a delegacia de polícia para que as primeiras providências sejam tomadas”, explica o juiz.

Segundo o delegado Silvan Renosto, é importante realizar a denúncia para identificar os responsáveis (Foto: Reprodução/TV TEM)

Marcelo ressalta ainda que o problema não é resolvido apenas com a prisão do estuprador e que um trabalho de acompanhamento com a criança ou adolescente deve ser realizado para que no futuro ela não se transforme em um abusador.

“É importante fazer um trabalho para que essa vítima consiga superar esse trauma e seguir sua vida em diante, pois estudos apontam que boa parte dos abusadores foram abusados um dia. Então, se nós não trabalhamos com essas vítimas, não rompemos esse ciclo e ela pode se tornar um abusador no futuro”, conclui.

Segundo o delegado Silvan Renosto, a pena para este tipo de crime pode chegar a 15 anos de prisão. Porém, para que os autores sejam identificados, é importe que seja feita a denúncia.

“A denúncia serve para evitar que esse autor cometa o mesmo ato com outras vítimas. Serve também para indicar aquela vítima que isso é errado, ou seja, o que aconteceu com ela não é normal e que a sociedade, a polícia e o judiciário estão ao lado dela”, explica Renosto.

Do G1, editado pelo DT.

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