quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tem Notícias entrevista o prefeito Manu

Nesta quinta-feira (11), o prefeito de Tatuí, José Manoel Corrêa Coelho, do PMDB, foi entrevistado pelo Tem Notícias – 1ª Edição, telejornal da TV TEM, emissora afiliada da Rede Globo no interior de São Paulo.

O político foi o primeiro de uma série de entrevistas com prefeito eleitos em outubro de 2012. Os convidados fazem um balanço sobre os 100 primeiros dias de administração completados na quarta-feira (10).

Na entrevista com Manu, os apresentadores do Tem Notícias, Fernando Daguano e Suéllen Rosim, questionaram sobre as ações feitas com base nas propostas apresentadas durante a campanha eleitoral.

Confira a seguir a transcrição da entrevista realizada ao vivo com o prefeito.

Suéllen Rosim: O entrevistado de hoje é o prefeito de Tatuí, José Manoel Corrêa Coelho, o Manu. Boa tarde prefeito, obrigada pela presença.

José Manoel Corrêa Coelho (Manu): Boa tarde Suéllen, boa tarde, Fernando, e boa tarde, telespectadores.

Fernando Daguano: Prefeito a gente começa a nossa conversa falando de saúde. Assim que o senhor assumiu, o senhor disse aqui no Tem Notícias que esse tema seria prioridade do seu governo. Mesmo assim, ainda há reclamações quanto à demora no atendimento. Por que isso, prefeito?

Manu: O nosso primeiro compromisso foi restabelecer todos os serviços públicos. Todos sabem que contraímos um débito de R$ 38 milhões, a prefeitura estava com o ‘nome sujo’ no Cadin local e ainda terça-feira (9) levamos à Câmara um parcelamento de R$ 4 milhões que é para garantir o Fundo de Pensão do funcionalismo, o Tatuíprev, para que possamos garantir a aposentadoria desses funcionários.

Devido a todo esse extenso trabalho que estamos tendo para colocar a casa em ordem as coisas estão tendo um pouco de morosidade. Mas dentro da saúde, como é prioridade neste nosso governo, já começamos a reforma do Pronto-Socorro, que vai dar condições melhores ao atendimento, colocamos quatro médicos no plantão do PS.

Daguano: Isso já começou?

Manu: Já começou. Já está funcionando. Vale lembrar que são 12 mil atendimentos no Pronto-Socorro. 70% desses atendimentos poderia ser feito tratado nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), coisa que também estamos melhorando. As UBSs estão com mais dois atendimentos de Saúde da Família. Isso, com certeza, agora com um trabalho maior de conscientização da população, que vai ser atendida mais nas UBs, vai diminuir o atendimento no PS também.

Daguano: Mas há previsão de contratação de novos médicos para o Pronto-Socorro?
Manu: Já estão quatro médicos plantonistas diretos.

Daguano: Além disso, não há previsão de outra contratações?
Manu: Para o Pronto-Socorro hoje não.

Rosim: Agora muita gente reclama, prefeito, da demora na hora de marcar uma consulta. A gente tem várias reclamações de pessoas que esperam meses. Há falta de médicos? Por isso esta demora?

Manu: A demora, a causa, como eu mesmo falei, também acontece porque pessoas agendam as consultas, mas não vão. Os médicos têm um certo problema em atendimento, sim, e nós estamos priorizando agora com que os médicos fiquem mais nas UBSs atendendo dentro dos horários que têm que atender para dar esse atendimento com menos tempo possível para a população.

Daguano: Faltam médicos?

Manu: Faltam médicos sim, mas estamos vendo agora com o secretário de saúde para contratar mais médicos para toda a rede da saúde.

Daguano: Quando a população vai sentir essa diferença?

Manu: Eu creio que em breve. Estaremos aí já em poucos meses melhorando a saúde no atendimento.

Daguano: Muitos municípios têm problemas por conta do salário. Como é que está o salário em Tatuí para os médicos?

Manu: O salário do médico hoje em Tatuí, como em todos os municípios, não é um ideal para um médico. Porém, nós sempre fazemos alguns ajustes para que o atendimento do médico continue sendo um bom atendimento no posto.

Rosim: Quanto à UTI Neonatal, há alguma novidade a respeito disso?

Manu: Estamos trabalhando em paralelo junto com a Diretoria Regional de Saúde (DRS), com o Ministério da Saúde, em Brasília (DF), para conseguirmos o credenciamento no SUS tanto para a UTI Neonatal, quanto do Centro de Hemodiálise e também o Centro de Oncologia. Estamos também com alguns investidores querendo colocar esses serviços no nosso município. Mas isso de nada adianta se não tivermos o credenciamento SUS porque a população que mais necessita do serviço não vai poder tê-lo se o SUS não der retaguarda. Por tanto, estamos caminhando com os dois juntos, DRS Sorocaba e Ministério da Saúde, e pessoas que estão já com o entendimento da Santa Casa, porque tem que ter a retaguarda da Santa Casa, para termos também o Centro de Hemodiálise e a UTI Neonatal.

Daguano: O senhor prometeu também durante a campanha disponibilizar UBSs 24 horas. Outras UBSs, inclusive aumentar o número de UBSs na zona rural. Como é que está isso?

Manu: Nós já colocamos cinco UBSs em reforma, sendo duas na zona rural, Congonhal e Mirandas, e três na cidade, Vila Esperança, Valinhos e Dr. Laurindo. Essas UBSs vão ser entregues ainda este mês. Já para o projeto de 24 horas, nós estamos fazendo um estudo avaliando o quadro de funcionários. Isso porque nós pegamos a prefeitura com a folha de pagamento muito inchada em 49%. Isso já é o limite para o Tribuna de Contas (TC). Isso nos está impedindo em fazer a contratação de mais médicos, mais enfermeiros e que atravanca um pouco o trabalho de levar o atendimento de 24 horas nessas UBS, mas nós temos esse compromisso de fazer.

Rosim: Quanto ao Centro de Hemodiálise, o senhor em entrevista comentou que tinha esse desejo de fazer. Como está essa história?

Manu: Como acabei de falar. Nós estamos em entendimento com o Ministério da Saúde, com a DRS e como pessoas que vão investir para construir o Centro de Hemodiálise em Tatuí. Isso já está em andamento. Inclusive, a pessoa que vai fazer essa parceria com o município e com a Saúde já adquiriu uma área no município.

Daguano: Vamos falar de Educação, agora. O senhor disse que pelo menos 500 crianças estavam na fila a espera de uma vaga. Em janeiro o senhor também disse que resolveria essa situação. Já foi resolvida?
Manu: Conseguimos avançar bastante. Inauguramos uma creche há 20 dias e estaremos inaugurando outra no próximo sábado (13). Com isso, já demos 240 novas vagas para as nossas crianças, ou seja, sanamos metade do problema logo nesses 100 dias de governo. E até o meio do ano acredito que iremos equalizar esse problema das vagas na nossa cidade.

Daguano: Então em junho podemos voltar ao município que não vai mais ter crianças foram se creches?
Manu: Não posso dizer para você que não vão ter crianças fora de creches, mas eu posso dizer que as 500 vagas eu posso garantir para você que nós vamos chegar até junho com essas vagas colocadas. Agora, sempre está nascendo mais crianças, então a demanda sempre aumenta.

Rosim: Tem que tentar seguir essa sequência. Agora o senhor comentou também sobre tentar estender o horário de atendimento até as 19h. Já está funcionando isso ou não?
Manu: Essa nova creche inaugurada já está funcionando até as 19h. Nós estamos colocando as novas creches até as 19h nas áreas centrais onde as pessoas trabalham mais no comércio e precisaria da creche até esse horário.

Falando também em educação, mas em educação de qualificação, ontem (quarta-feira (10)) colocamos o início do projeto Senai em Tatuí. Nós vamos ter a unidade do Senai no nosso município com uma sede própria com diversos cursos de qualificação para a nossa cidade atender os investimentos que estão chegando.

Daguano: Quando, prefeito?

Manu: Os investimentos já estão aí praticamente certo. Estamos dependendo de alguns acessos para as empresas que é uma empresa de carroceria e outra de capital estrangeiro. Isso está na mesa do governador Geraldo Alckmin para que ele venha avaliar esse novo acesso para essas empresas. Estamos agendando com ele para conseguirmos trazer esse acesso para os investimentos na cidade.

Daguano: Mas os cursos do Senai já começaram? Vão começar quando?
Manu: A pedra fundamental foi ontem. Os cursos são para o segundo semestre já, se Deus quiser.

Rosim: Falando de infraestrutura. O senhor tem conseguido resolver as questões dos bairros? Nós temos muitas reclamações de buracos e falta de asfalto. Como é que estão situações hoje?

Manu: Vocês acompanharam que nós recebemos o município sem nenhum equipamento para a manutenção de vias públicas. Recuperamos esse maquinário. Faz 30 dias que esse maquinário está em poder do município, porém, teve que ser feita manutenção porque estava havia muito tempo parado. Há 15 dias esse maquinário começou a trabalhar. Tivemos problemas de conservação, mas contratamos equipes, sendo inclusive uma equipe que faz o pavimento CBQU, que é um pavimento quente, que não dá manutenção como o que nós fazemos pela prefeitura. Hoje estamos abrindo guerra contra os buracos e contra o mato. Estamos com equipes capinando toda a cidade e equipes pavimentando. Hoje, inclusive, está no bairro Santa Rita. Estamos fazendo o bairro todo, que é o maior bairro da cidade, e que vai estar pavimentado até o fim da semana.

Daguano: Agora esse problema de buraco se estende até a zona rural. Como é que está o problema das estradas porque o pessoal não consegue escoar a produção muitas vezes?
Manu: Eu sei. Estamos também priorizando as estradas que estão com maior dificuldade. Volto a falar: pegamos o maquinário há 30 dias e há 15 esse maquinário está trabalhando com um cronograma nas estradas que estão em piores condições de acesso para escoar a mercadoria e até para levar as crianças à escola. Estamos trabalhando em estradas como a dos Palanques e do Guaraná. São estradas que estão com bastante dificuldade e em breve vamos colocar a nossa malha viária em condições para toda a população.

Rosim: Quando ao funcionalismo público na questão de jornada, o que o senhor tem a dizer a respeito?

Manu: Nós temos uma demanda, um compromisso, com o profissional da saúde que são as seis horas. Porém, também, estamos fazendo um estudo junto com o sindicato da classe, junto com o secretário da saúde, para que nós possamos, o mais breve possível, dar a jornada de seis horas para os profissionais da saúde. Mas devido ao excesso que estava na folha, devido à falta de funcionários, isso vai acarretar na contração muito grande de funcionários, no aumento muito alto na folha. Nós vamos fazer, mas é preciso ainda um estudo maior, aprofundado, para que não prejudique os funcionários e a administração pública.

Rosim: Quanto ao aumento de 11%?
Manu: O aumento de 11% nós vamos discutir este mês para que seja feito até o mês que vem. Também está sendo discutido com o sindicato da classe, que é o Sindicato do Funcionalismo Público. Nós estamos colocando as possibilidades que nós temos para darmos o aumento de 11%.

Daguano: Prefeito, qual é o maior problema de Tatuí hoje e qual seria a solução?

Manu: O maior problema em Tatuí hoje seria a manutenção realmente das vias públicas, no qual estamos nos empenhando o máximo, e sem dúvida nenhuma a saúde que hoje é um problema nacional. Entramos de cabeça para resolver o problema da saúde. Volto a afirmar aqui: nós já avançamos muito na contratação de médicos, na contratação de profissionais, reformamos unidades básicas, estamos reformando o Pronto-Socorro, mas ainda é pouco. Vamos avançar mais.

Daguano: Obrigado por sua participação aqui no Tem Notícias, prefeito.
Manu: Obrigado a vocês.
 (Foto: Reprodução TV TEM)

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