domingo, 7 de agosto de 2011

Um doleiro de Sorocaba e um auditor fiscal de Itapetininga estão entre os suspeitos de lesar o erário.

 Um empresário de Sorocaba e um auditor fiscal de Itapetininga foram presos nesta quinta-feira (04) pela Polícia Federal durante a Operação Paraíso Fiscal. A ação desarticulou uma organização criminosa de servidores da Receita Federal que teria provocado um rombo de mais de R$ 3 bilhões. Mais sete pessoas foram detidas - quatro delas auditores. “O sorocabano tinha uma empresa de fachada. É um doleiro que se beneficiava da quadrilha para lucrar em seus negócios ilícitos. Oferecia propina a servidores em troca de privilégios fiscais”, explica o delegado Vinícius Loque Sobreira. “Responderão pelos crimes de violação de sigilo, corrupção, advocacia administrativa [quando o servidor público usa de informações privilegiadas e da função para ajudar um criminoso] formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.”

Paraíso fiscal /A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (04) de manhã por policiais federais e pelo Ministério Público. Eles deram cumprimento a oito mandados de prisão - seis preventivos e dois temporários – e 25 mandados de busca e apreensão na Grande São Paulo e na região Sorocaba. Foram apreendidos R$ 7,8 milhões e US$ 2,8 milhões. Só na casa de um auditor, no Alphaville, a polícia encontrou R$ 2,5 milhões e US$ 2,5 milhões.

Segundo a Polícia Federal, a maioria dos servidores trabalhava na Delegacia da Receita Federal de Osasco. Eles são suspeitos de operar um esquema de “venda de fiscalizações” e advocacia administrativa. Na prática, os funcionários lavravam autos de infração com valores menores que os devidos - tributos ou períodos de dívidas fiscais eram eliminados.

“Há indícios de que empresários da região eram abordados pelos servidores públicos, que deixariam de autuar em troca de vantagens financeiras. Os investigados teriam anulado autos de infração já lavrados”, diz a Polícia Federal, em nota.

Os investigadores apuraram que os servidores públicos moravam em casas de alto padrão, faziam viagens internacionais e tinham contas correntes com valores altos no exterior.

Do site O cabresto sem nó

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