sábado, 20 de agosto de 2011

Antes do novo EcoSport, Ford mostra laboratórios em Tatuí

Reportagem confere como funciona laboratório de desenvolvimento

Do Portal UOL
19/08/2011- por Leonardo Faria/Foto: Divulgação

Carsale - Você já parou para pensar no longo processo de testes que o seu carro sofreu para ganhar as ruas? Os procedimentos são longos e repetitivos, mas claro, sempre tentando chegar no melhor produto final. Para saber mais sobre o assunto, a reportagem do Carsale foi até o Campo de Provas da Ford, na cidade de Tatuí, no interior de São Paulo e conferiu de perto como são as ações de bastidores até o veículo ficar 100%.

No Brasil, existem apenas dois Centros de Testes de montadoras. Além da Ford, em Tatuí, há também o da General Motors, em Indaiatuba, também no estado de São Paulo. No caso da fábrica do oval azul, o sistema é regulamentado pela matriz norte-americana, sendo que os demais centros espalhados pelo mundo possuem procedimentos iguais.
São quatro os principais processos de testes, divididos em laboratórios e pistas. Há um local especifico para a medição de esforço, onde é possível recriar, por meio de um programa de computador, qualquer terreno que exista ao redor do mundo. Depois há um espaço para ensaios de ruídos, onde se desvenda, minimiza e otimiza todos os sons do carro. Há também um laboratório de emissões, capaz de identificar o volume de poluentes com todos os combustíveis produzidos mundialmente e as famosas pistas de rodagem e testes.

De acordo com o gerente de engenharia e desenvolvimento da Ford, Klaus Mello, o Campo de Provas facilita o desenvolvimento de um novo modelo. “Tudo isso aqui, funciona como se fosse uma fábrica de testes. Contando com essa estrutura, conseguimos obter mais parâmetros de comparação, já que comandamos a fidelidade dos locais onde os ensaios são feitos”, disse.
Segredos camuflados

Como uma segunda etapa dos testes, os novos protótipos ganham as estradas convencionais. Segundo Klaus Mello, o grande objetivo deste tipo de ação é analisar elementos específicos, que foram falhos no Campo de Provas, ou apurar questões de temperatura do motor, carroceria e etc. “Esses carros camuflados, que atraem as atenções, possuem grande importância também no processo de desenvolvimento de um novo veículo”, afirma o engenheiro.

Novo Ecosport

Segundo informações da própria Ford, o Campo de Provas de Tatuí está ganhando destaque dentro das filiais da marca. O principal motivo é que o local está sendo usado para o desenvolvimento de um projeto global, ou seja, que será vendido em vários países na América do Norte, Asia, Europa e aqui na América do Sul.

Trata-se da nova geração do Ecosport, que deve chegar ao mercado brasileiro no primeiro semestre de 2012. “Recebemos essa tarefa e acredito que, com toda a estrutura disponível, poderemos oferecer um produto final com o DNA da marca e que atenda aos requisitos de vários países ao redor do mundo”, disse Klaus Mello.

Personagens

Fugindo um pouco da parte técnica, durante a vista ao Campo de Provas da Ford, a reportagem pode conhecer um pouco da história de duas personagens curiosas. São mãe e filha, que trabalham como pilotas de testes da montadora norte-americana. “Por incrível que pareça, preferimos dirigir caminhão”, disse Ângela Cândido da Silva, de 42 anos, com o sorriso no rosto.

Segundo Ângela, não foi tão difícil convencer a filha a seguir a carreira de pilota. “Desde pequena ela freqüenta o Campo de Provas, então acabou sendo de forma natural. Hoje fico muito feliz em ter ela como companheira de trabalho”, conta a mãe. Já Bruna Cristina da Silva, de 23 anos, confessa o motivo pela preferência de guiar os grandalhões. “Testar um caminhão é mais complexo. Você precisa ter mais sensibilidade para entender as informações que ele está passando. O peso também dificulta”, finaliza.


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