quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Homem é condenado a mais de 71 anos de prisão em Tatuí

Paulo Roberto Torres foi condenado a 71 anos e seis meses de reclusão e Edson Luís Calderare a 53 anos e oito meses de reclusão, ambos em regime inicial fechado, em sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Tatuí realizada na terça-feira, dia 6, após 9 horas de julgamento. 

Eles foram acusados de terem, juntamente com outras pessoas não identificadas, tentado matar, na Cadeia Pública de Tatuí, no dia 25 de julho de 1999, por volta das 21h30, os policiais Onivaldo de Jesus Silveira, Roberto Aparecido Perez e Marco Antônio Nóbrega Tavares, com disparos de arma de fogo, causando lesões corporais no primeiro, quando tentavam promover a fuga de presos, e ainda consumado o roubo de um revólver da Polícia Militar.

O plantão policial estava a cargo do escrivão Melquisedeque Antônio da Silva e da operadora de telex Ana Paula da Silva, que foram rendidos por integrantes da quadrilha. Antes, o policial José Arlindo de Oliveira, que fazia a ronda externa, havia sido dominado e teve sua arma roubada. As três vítimas de disparos de arma de fogo são policiais militares, que passavam pela Delegacia de Polícia naquela noite, quando notaram várias pessoas, algumas utilizando coletes da Polícia Civil, na porta de entrada do estabelecimento, e que um homem colocou uma pistola na cabeça da funcionária Ana Paula. Viram ainda à direita da porta outra pessoa que portava uma arma calibre 12 na mão, usando um colete da PC, e outro que passava nos fundos com uma metralhadora. Em seguida, Onivaldo levou um tiro de calibre 12 na cabeça e a viatura foi alvejada diversas vezes. Não houve fuga dos presos porque os acusados não conseguiram chegar à carceragem, evadindo-se quando se aproximavam da cadeia. Foram presos em seguida numa festa na cidade. Conseguiram liberdade provisória depois de 10 dias, negaram participação nos crimes, mas foram reconhecidos em juízo. Pronunciados em 2009 pelo juiz Caio Moscariello Rodrigues para serem submetidos ao tribunal do Júri, recorreram ao Tribunal de Justiça de São Paulo, mas, em 2014, os desembargadores confirmaram a decisão do juiz de Tatuí.

A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz Rubens Petersen Neto, auxiliado pela escrevente Vanilda Bastos de Barros e pelos oficiais de justiça Valéria Costa Menezes e Silvio Roberto Scheremeta. Atuou na acusação a promotora de justiça Paula Augusta Mariano Marques. Na defesa, trabalharam as advogadas Ranúzia Coutinho Martins e Luzia Bernadeth dos Santos, com assistência de Antonio José Pereira de Souza.

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