segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí recebe solista polonês

Concerto faz homenagem aos 200 anos de Chopin com presença da vice-cônsul Joanna Pliszka e regência de Roberto Tibiriçá

 A Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí recebe dois convidados especiais no próximo dia 30 – sábado – em concerto que homenageará os 200 anos de nascimento do compositor polonês Frédéric Chopin. A apresentação, que acontece a partir das 20h30 no teatro “Procópio Ferreira” em Tatuí, terá participação de dois nomes consagrados da música: do regente Roberto Tibiriçá e do pianista Marian Sobula. Ainda confirmou presença no evento a vice-cônsul da Polônia Joanna Pliszka. Outras autoridades também são esperadas.

No programa do concerto há duas obras de Chopin – Polonaise op 40 nº 1 e Concerto nº 1 para Piano e Orquestra op 11 – e uma de Franz Liszt, “Poema Sinfônico nº 3”.

O solista especial da noite, Marian Sobula, é um dos mais talentosos pianistas de sua geração. Formado pela Academia de Música da Polônia sob orientação de Andrzej Pikul e na Accademia di Santa Cecilia em Roma onde teve como professor o eminente Sergio Perticaroli, ele também teve aulas com Arie Vardi, da Hochschule Fur Musik Und Theater, de Hanover.
Marian Sobula recebeu diferentes prêmios, entre eles o primeiro lugar no “Yamaha Music Foundation Competition”. Colecionador de prêmios, desde 2009 é CEO da Associação "PianoClassic" e Director Artístico do Festival Internacional de Piano “Royal Cracow”, na Polônia. Por ocasião da celebração dos 200 anos de nascimento de Chopin, realizou e irá realizar recitais e concertos com orquestras de todo o mundo. Marian Sobula é representado por Ludwig van Beethoven Association. Esta será sua primeira apresentação acompanhado pela Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí.

O premiado maestro Roberto Tibiriçá fará sua quinta apresentação à frente do grupo artístico-pedagógico neste ano de 2010. Discípulo do maestro Eleazar de Carvalho, Tibiriçá foi maestro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica Brasileira e atuou na Orquestra Petrobrás Pró Música. É diretor artístico do Instituto Baccarelli, regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e, no próximo ano, assumirá a Orquestra Sinfônica do SODRE (Montevidéu-Uruguai). Recebeu o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro em 2002 e desde 2003 ocupa a Cadeira nº5 da Academia Brasileira de Música. Em 2010 recebeu o XIII Prêmio Carlos Gomes como Melhor Regente Sinfônico por seu trabalho com a Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli.

 Chopin
Nascido em 22 de fevereiro 1810, na pequena cidade polonesa de Zelazowa Wola, Frederic Franciszek revelou-se um menino prodígio ao compor e executar publicamente sua primeira obra musical aos oito anos de idade.
Conta-se que, antes mesmo de aprender a escrever, o garoto já tentara compor melodias. Aos 15 anos, era considerado pela crítica "o maior pianista de Varsóvia".
Em Paris, ele encontrou fama e dinheiro. E, a partir daí, Frederic Franciszek Chopin passou a ser afrancesadamente conhecido como Frédéric François Chopin - ou, simplesmente, Chopin. Enquanto dava aulas de piano aos filhos e esposas dos parisienses mais abastados, fez contato com futuros mestres do mundo musical da época, a exemplo de Liszt e Berlioz.
Um caso de amor platônico e um romance proibido contribuíram para que Chopin mergulhasse em um estado permanente de melancolia profunda, traço de personalidade que para sempre seria sua marca registrada.
A introspecção de Chopin refletia-se em seu modo singular de apresentar-se ao piano, ao ponto de ele ser censurado por alguns críticos da época, que consideravam "fraca" e "com pouco volume" a sonoridade que o músico extraía do instrumento. Berlioz foi um dos primeiros a chamar a atenção para o fato de que, com isso, na verdade, Chopin inaugurava um novo estilo de tocar, mais intimista que o habitual.
Em 1838 uniu-se com a controvertida escritora Aurore Dupin, que assinava seus escritos com o pseudônimo masculino de George Sand. Logo no início da relação, o casal decidiu abandonar Paris e refugiar-se em Palma de Mallorca, no litoral da Espanha, onde julgavam encontrar melhores condições climáticas para cuidar da saúde abalada de Chopin. Mas a umidade local provocou uma série interminável de hemoptises no compositor, que um ano depois resolveu retornar a Paris, mais cansado do que partira. A união foi rompida em 1846.
Frédéric Chopin morreu em 17 de outubro de 1849, solitário e endividado, com apenas 39 anos, em seu apartamento em Paris. Havia deixado de compor desde o ano anterior e, insatisfeito com sua produção mais recente, chegara a destruir várias partituras inéditas. Antes do sepultamento, os amigos atenderam-lhe o último pedido, rabiscado em um papel, na véspera da morte: seu corpo deveria ser aberto e o coração extirpado. Isso porque o maior temor de Chopin sempre fora o de sofrer uma crise de catalepsia (doença que faz com que pessoas vivas pareçam temporariamente mortas) e ser enterrado vivo.

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