segunda-feira, 22 de abril de 2013

Conservatório de Tatuí celebra Dia Nacional do Choro nesta terça, 23

Grupo de Choro comemora 20 anos de existência com o show ‘Ernesto Nazareth e os Pianistas do Choro’


O Grupo de Choro do Conservatório de Tatuí faz apresentação especial na data em é celebrado o Dia Nacional do Choro. O show “Ernesto Nazareth e os Pianistas do Choro” acontece nesta terça-feira, dia 23, a partir das 20h30, no Teatro Procópio Ferreira, à rua São Bento, 415. Os ingressos custam R$ 12 (R$ 6 idosos, estudantes e aposentados) e podem ser adquiridos na bilheteria, de terça a sexta das 18h às 19h, e no dia do evento a partir das 18h. Além de fazer homenagem ao gênero musical, o grupo comemora seus 20 anos de fundação, celebrados em 2013.

Com coordenação de Alexandre Bauab Junior, que também é responsável pelo setor de choro no Conservatório de Tatuí, a apresentação reúne obras de Ernesto Nazareth e outros pianistas que se dedicaram ao gênero musical típico do Brasil. No repertório, estão as músicas “Perigoso”, “Desengonçado”, “Fon-Fon”, “Odeon”, “Tenebroso”, “Escorregando” e “Vem cá Branquinha” (de Ernesto Nazareth); além de “Levanta Poeira” e “Os Pintinhos no Terreiro” (Zequinha de Abreu); “Saci-Pererê” (de Chiquinha Gonzaga) e “Maestríssimo Cipó” (Tia Amélia).
Além de celebrar o Dia do Choro, o grupo celebrará 20 anos de existência, tornando-se um dos primeiros grupos estruturados a estudar e realizar apresentações exclusivas do gênero musical. “Para esta apresentação, reunimos as obras de pianistas e destacamos essa faceta do choro”, diz Alexandre Bauab, o coordenador do grupo e arranjador de todas as obras.

O Dia Nacional do Choro é comemorado em 23 de abril em homenagem à data de nascimento de Pixinguinha, uma das figuras exponenciais da música popular brasileira, e em especial do choro. Esse gênero musical entrou na cena musical brasileira em meados e finais do século 19, destacando nomes como os de Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth. Inicialmente, o gênero mesclava elementos da música africana e europeia e era executada principalmente por funcionários públicos. Já no século 20, surgem as famosas rodas em bares, trazendo nomes como o do famoso Pixinguinha.

Alfredo da Rocha Vianna Júnior, o Pixinguinha, nasceu em 23 de abril de 1887 e deixou um legado de inúmeros clássicos, arranjos e interpretações como flautista e saxofonista. Músicas como “Carinhoso”, “Rosa”, “1 x 0”, entre outras, estão entre algumas de suas principais composições.

O Conservatório de Tatuí vem dedicando-se aos estudos do gênero musical com destaque no país. É a primeira escola de música brasileira, mantida por um Governo Estadual, a incluir em seu currículo o gênero choro como matéria pedagógica. O curso é oferecido desde o ano de 1999. Nenhuma outra escola do Brasil, estadual ou particular - com exceção da escola de Choro de Brasília mantida pelo Governo Federal e fundada um ano antes, em 1998 -, teve a iniciativa de abrir espaço ao gênero. O curso de choro oferece aulas de flauta transversal, violão sete cordas, bandolim, cavaquinho, percussão e prática de conjunto popular, sempre com ênfase ao choro. As famosas “rodas” em locais públicos também fazem parte do aprendizado. O trabalho desenvolvido pela área de choro vem sendo tema de pesquisas acadêmicas em diferentes universidades brasileiras.

A divulgação do choro pelo Conservatório de Tatuí teve início em 1993, quando a instituição passou a manter um grupo musical dedicado ao gênero. O hoje denominado Grupo de Choro do Conservatório de Tatuí é um dos grandes incentivadores do gênero no Brasil. O Grupo de Choro gravou seu primeiro CD em 1999 e tem participações em outras gravações como o CD “Soleil” (da cantora francesa Clementine, artista da Sony Music do Japão); e na trilha sonora do filme “Divino”, sobre o jogador de futebol Ademir da Guia.

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