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segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Vídeo Produtora Machado restaura vídeo em homenagem a Ditinho Rolim

VÍDEO PRODUTORA MACHADO Mais de duas horas de vídeo VHS foram restauradas no laboratório da Vídeo Produtora Machado. E ali estavam imagens dos maiores músicos tatuianos, músicos que já entraram para nossa história. Era uma fita gravada por João Rodrigues. Assista esse vídeo demonstrativo. 10-02-1995 DITINHO ROLIM - Homenagem no Tro-lo-ló. ACERVO HISTÓRICO E CULTURAL MACHADO. Acabamos de editar o vídeo desse evento. É material VHS que foi digitalizado e remasterizado. Melhoramos a imagem e o som. Foi uma noitada e tanto. O local ficou lotado de amigos e familiares do seresteiro Ditinho Rolim. o Voss foi o apresentador do evento. No palco se apresentaram os músicos tatuianos com os mais variados gêneros. Vamos citar alguns nomes dos que estiveram no palco: Zé Carlos do Violão, Vespaziano, Thiers, Roberto Rosendo, Edgar Augusto Vieira, Módena, Paulo Roberto, Zé Fiuza, Jair e Irene, Jair e Duda, Gildo Ramos, Ednei e Juliana, Cláudio Gaúcho, Bá, Grupo Sam-Bá. Banda Mel, Noel Rudi, Fernando Foster, Pretanha, Nêgo do Violão, Mário Taxista, Mateus Namikawa, João do Irineu e suas Seresteiras, Caio Kojak, Betico etc. E dentre os convidados estaram Olívio Junqueira, Mário Luiz de Abreu, Mingo Poles, Juraci Oscar e Jeanete, Decinho e esposa, Catalina, Wagner, Bizinho, Lilian etc. Uma grande festa.

sábado, 20 de janeiro de 2024

Fábrica Vieira Rossi recebe mural de Cristina Siqueira

Obra em azulejo foi entregue neste sábado (20)

Cristina Siqueira / Divulgação

A poetisa Cristina Siqueira entregou, na manhã deste sábado (20), mais um mural da série "Era tanta ternura que virou doce". Desta vez foi o mural poético da Fábrica de Bebidas Vieira e Rossi, que traz o poema "Tatuina". 

Assim ela descreve a concepção do mural:

"Sábado de manhã, a pick-up da Strufaldi chega com as caixas bem embaladas, organizadas, etiquetadas. Que alegria, mais um mural entregue. E ficou uma graça bem no espírito de nossa terra do interior do Estado de São Paulo. O vídeo documentário do projeto está no YouTube do Museu Paulo Setúbal. Que projeto gostoso de desenvolver, do jeito que eu gosto, trabalhar com prazer e ficar feliz com o resultado. Muito obrigada à Fátima e Cida, ao Luiz Fernando que fez a ponte para apresentar o projeto à empresa Vieira e Rossi. À Strufaldi, incríveis parceiros onde o bom gosto e a gentileza dão o tom. Ao querido Alexandre Gonçalves que coordena o trabalho artístico e a produção . A Talita Diniz que participa de todas as etapas do projeto desde a criação, assinando o layout em parceria com o William, design da Strufaldi, até à finalização e entrega. Agradeço a competência dos profissionais Dirlei e Leandro que capricham em tudo que executam. E ao João que além de nos receber ainda leu o poema no final."

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Músico pernambucano vem conhecer o Conservatório de Tatuí

O músico pernambucano Sebastian, de Caruaru, visitou Tatuí nesta semana. O músico, acompanhado por Messias, Amanda, Marcio e Arthur, foi acolhido por Luan, morador da cidade, que os conduziu em um passeio por Tatuí. O grupo degustou um café no Conservatório de Tatuí, desfrutou de um almoço no Bisteca do Caipirinha e presenciou um voo de planador no Aeroclube de Tatuí. Lá, Arthur, que é piloto de Kart, experimentou a sensação de pilotar um avião no simulador do local, e o entardecer foi embalado pela música da sanfona de Sebastian.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Farmácia Popular disponibiliza absorventes em 6,4 mil estabelecimentos de São Paulo

DIGNIDADE MENSTRUAL

Programa está presente em 4,6 mil municípios. População beneficiada tem entre 10 e 49 anos e pode retirar os absorventes em mais de 31 mil farmácias credenciadas em todo Brasil

18/01/2024 | O programa Farmácia Popular disponibiliza absorventes para população em situação de vulnerabilidade social em mais de 31 mil unidades credenciadas em todo país. Em São Paulo, 6.445 farmácias estão credenciadas para distribuição em 618 municípios. A iniciativa é decorrente das ações do Programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual já executadas pelo Governo Federal em 2023. A equidade de gênero e acesso aos absorventes, combatendo as desigualdades causadas pela pobreza menstrual, é tema prioritário tratado de forma interministerial desde o início da atual gestão.

O acesso pelo Farmácia Popular contempla a maioria da população beneficiada e este é um importante avanço para garantir o acesso à dignidade menstrual. A implantação do programa ocorre de forma interministerial. A iniciativa é conjunta entre as pastas da Saúde; Direitos Humanos e Cidadania; Justiça e Segurança Pública; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Mulheres e Educação.

A oferta é direcionada aos grupos que vivem abaixo da linha da pobreza e estão matriculados em escolas públicas, em situação de rua ou em vulnerabilidade extrema. A população recolhida em unidades do sistema prisional também será contemplada. O público-alvo do programa abrange 24 milhões de pessoas entre 10 e 49 anos em todas as regiões do País. A estimativa é alcançar mais de três milhões de pessoas em São Paulo.

Para garantir o benefício, as pessoas que se encaixam nos critérios já estabelecidos precisarão apresentar um documento de identificação pessoal e uma autorização na farmácia credenciada. Essa autorização será emitida pelo aplicativo ‘Meu SUS Digital’– a nova versão do Conecte SUS já disponível para download.

O portal do Ministério da Saúde disponibiliza a opção para fazer o download do aplicativo ‘Meu SUS Digital’. As orientações também estão disponíveis no Disque Saúde 136.

Dia do Riso: comediante tatuiano destaca o poder de transformar a vida das pessoas através do humor

Nascido em Tatuí, o comediante Juliano Coração tem mais de 8 milhões de seguidores em suas redes sociais e bilhões de visualizações.

Da Rádio Uirapuru, com copidesque do DT

Créditos: Divulgação

18/01/2024 | Hoje, dia 18 de janeiro, é celebrado o Dia Internacional do Riso, uma data que destaca a importância de uma das expressões mais genuínas e saudáveis do ser humano: sorrir.

Além de trazer alegria, o ato oferece uma série de benefícios para a saúde física e mental, sendo reconhecido como um poderoso aliado na busca por uma vida mais equilibrada.

Dentre os inúmeros benefícios do riso, destacam-se a redução do estresse, a queima de calorias, a melhoria da qualidade do sono, o fortalecimento abdominal, a promoção da circulação sanguínea e o aprimoramento da respiração. Essas melhorias contribuem para o bem-estar geral, destacando o riso como uma prática valiosa na promoção da saúde.

No Brasil, diversos comediantes têm se destacado por utilizar o humor como uma ferramenta para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Entre esses talentos, Juliano Coração desponta como um dos comediantes e criadores de conteúdo mais promissores da atualidade. Com mais de 8 milhões de seguidores em suas redes sociais e bilhões de visualizações, Juliano é conhecido por seu estilo único e abordagem autêntica.

Em entrevista exclusiva na Rádio Uirapuru FM, Juliano Coração compartilhou um pouco de sua trajetória. Nascido em Tatuí, o comediante atualmente reside em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Sua jornada na comédia começou em 2013, quando iniciou um vlog no YouTube contando piadas, posteriormente expandindo seu repertório para a comédia stand-up, apresentando-se em bares e clubes especializados.

Sobre o Dia Internacional do Riso, Juliano revelou receber inúmeras mensagens de fãs que encontraram no seu trabalho uma forma de lidar com a depressão e ansiedade. Muitos relataram que assistir aos seus vídeos e shows ajudou a melhorar o humor e, em alguns casos, esquecer temporariamente os desafios da vida. O comediante destacou a importância de consumir comédia como uma maneira eficaz de aliviar o estresse e melhorar a saúde mental, também ressaltou que seu compromisso vai além da busca por risadas, fazendo dele alguém que utiliza o humor como ferramenta terapêutica.


Por Gabriel Nunes

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Emmanuele Baldini: a excelência como condição inegociável

por Redação CONCERTO

[Divulgação/Fernando Ruz]

15/01/2024 | Retrospectiva 2023: Emmanuele Baldini, spalla da Osesp e diretor musical da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí

Um ano muito positivo que se encerra não deixa de conter dúvidas e desafios para o futuro.

Poderia elencar aqui uma lista de feitos dos quais sou orgulhoso, como o extraordinário encontro da música sinfônica com a cultura indígena que conduzi em Tatuí e na Sala São Paulo, ou o crescimento na qualidade (individual e de grupo) da própria Orquestra do Conservatório, ou ainda a felicidade em tocar o Concerto de Brahms com aquela preciosidade que é a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo liderada por Cláudio Cruz. Poderia também falar do empenho na Osesp para moldar nossa identidade, indo ao encontro do ideal sonoro e artístico do maestro Fischer.

Por outro lado, acho que a lição mais importante ao encerrar esse 2023, e sobre a qual estou meditando bastante, é a necessidade de uma proposta artística que, sempre tendo a excelência como conditio-sine-qua-non, busque a integração de ideias novas com as mais tradicionais no formato do concerto.

Encontrar um equilíbrio em que vários elementos convivam é tarefa árdua, mas acredito que seja possível – e necessário – juntar o respeito pelas grandes obras primas do passado com a curiosidade pelas criações dos nossos dias, dialogando também com formas e linguagens diferentes, mantendo sempre uma grande atenção na maneira em como todos esses elementos são oferecidos para o público.

Ter a presença constante de grandes nomes do cenário internacional é um estímulo extraordinário e sempre necessário, mas paralelamente precisamos cuidar dos nossos melhores jovens, acompanhá-los, abrir portas para ajudá-los a construir um futuro musical exuberante no nosso Brasil, assim como exuberante é nossa natureza. Esse é o grande desafio, creio, para 2024 e para os anos que virão.

[Clique aqui para ler outros depoimentos publicados na Retrospectiva 2023 da Revista CONCERTO.]

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

foto/cidade | Frondosa Ficus na margem do Manduca é cortada

Ficus benjamina, no momento do corte (Foto: Diário de Tatuí)

Belíssimo espécime da árvore Ficus (Ficus benjamina) na margem do Ribeirão do Manduca, na Nova Tatuí, foi cortada nesta quarta-feira (10/01).

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Cerimônia em 8 de janeiro reafirma crença na democracia, diz Celso de Mello

REPÚDIO AO GOLPISMO

Luana Lisboa no Consultor Jurídico

08/01/2024 | A cerimônia de lembrança dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, realizada nesta segunda-feira (8/1) no Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional, reafirma a crença dos três poderes na democracia e repudia a “criminosa invasão” às sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. É o que afirma o ministro aposentado do STF Celso de Mello.

Carlos Moura/STF

Celso de Mello repudia os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023

Na solenidade, diz Celso, o Supremo celebrou “a superioridade ético-política do regime democrático e o primado essencial dos valores republicanos e da ideia fundamental de liberdade”.

Leia a manifestação de Celso de Mello:


A solenidade de hoje no Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional revestiu-se de inquestionável importância , pois significou a reafirmação, por parte dos Três Poderes do Estado, de sua firme crença e de sua fé inabalável nas virtudes da democracia constitucional, ao mesmo tempo em que se reiterou, com justa razão, o repúdio enérgico à criminosa invasão perpetrada, com truculência, por uma escumalha de golpistas imbuídos da vontade subversiva de destruir as Instituições da República!!!

A solenidade no STF e no Congresso Nacional, mais do que a rememoração necessária de um evento vergonhoso marcado pelo ódio, pela violência política e pelo intuito golpista (que deverá sempre ser repudiado, para jamais ser esquecido), representou um momento de significativa importância na vida institucional de nosso País, por traduzir um gesto fundamental de reverência, de respeito e de fidelidade ao princípio superior da democracia constitucional!

A Corte Suprema do Brasil, guardiã da integridade e da intangibilidade da Constituição da República, celebrou, na sessão solene de 08 de janeiro de 2024, a superioridade ético-política do regime democrático e o primado essencial dos valores republicanos e da ideia fundamental de liberdade!

(CELSO DE MELLO, ministro aposentado e ex-presidente do STF)

Luana Lisboa é repórter da revista eletrônica Consultor Jurídico.

Vem aí o Old Stop Encontro de Veículos Antigos e Clássicos em Tatuí

 


09/01/2024 | Venha participar do “Old Stop Encontro de Veículos Antigos e Clássicos“, um evento imperdível para os amantes de carros em Tatuí. 

Apreciadores de automóveis clássicos e antigos terão oportunidade de ver de perto veículos históricos e raridades automotivas. Este é um evento gratuito que promete reunir uma comunidade diversa de entusiastas de carros, colecionadores e admiradores da história automobilística. 

Não perca a chance de mergulhar nesse universo fascinante, conhecer outros apaixonados por carros e criar memórias inesquecíveis. 

Marque na sua agenda e venha nos visitar!
Data: 28 de Janeiro de 2024
Horário: A partir das 14h00
Local: Estacionamento Coxinha Real Congonhal/Mirandas,
Rod. Sen. Laurindo Dias Minhoto, entre km 19 e 20, Tatuí - SP
Entrada: Gratuita

(Do site Território Paulista, com copidesque do DT)

sábado, 6 de janeiro de 2024

É HOJE! Feijuca dos Monges com show do Exalta Samba é neste sábado (6)





02/01/2024 atualizado em 06/01/2024 | Tatuí recebe neste sábado 06/01, pela primeira vez, a Feijuca dos Monges, um grande evento que contará com shows da banda Exalta Samba, DDP Diretoria, Léo Pires, Aruan e Tigre e Felipe Azevedo, além de open feijoada, camiseta exclusiva para personalizar inclusa no ingresso e uma estrutura sofisticada na Fazenda Pingo D’água, das 13h às 00h.

A Fazenda Pingo D'Água fica na Rodovia SP-127, km 115, sentido Itapetininga, próximo do Hotel Ibis.

Os ingressos podem ser adquiridos clicando aqui.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

JANEIRO BRANCO 2024 – SAÚDE MENTAL ENQUANTO HÁ TEMPO!

JANEIRO BRANCO 2024 – SAÚDE MENTAL ENQUANTO HÁ TEMPO!

Por Solange Bezerra Leal



Vamos falar sobre saúde mental?

Você conhece a campanha Janeiro Branco?

Essa campanha visa a conscientização das pessoas sobre a importância e a urgência de falarmos sobre Saúde Mental, foi idealizada pelo colega psicólogo Leonardo Abrahão em 2014, ganhou a adesão de vários seguimentos da Sociedade e, desde abril de 2023, tornou-se Lei Federal nº. 14.556 que institui a campanha Janeiro Branco, dedicada à promoção da saúde mental.

Conforme o Art. 2º dessa Lei, nos meses de janeiro serão realizadas campanhas nacionais de conscientização da população sobre a saúde mental, que abordarão a promoção de hábitos e ambientes saudáveis e a prevenção de doenças psiquiátricas, com enfoque especial à prevenção da dependência química e do suicídio.

No entanto, é importante ressaltar que os cuidados em Saúde Mental, leia-se, um cuidado integral, devem ocorrer diariamente, e não apenas em janeiro, isto é, devem acontecer ao longo de todo ano, de janeiro a janeiro, ano após ano.

Contudo, campanhas como essa apresentam uma grande relevância social, visto que segundo Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas: 9,3% da população. Ainda, conforme a OMS, os transtornos mentais são a principal causa de incapacidade no mundo. Outro estudo encomendado pela Sapien Labs que resultou no relatório global anual “Estado Mental do Mundo 2022” apontou o Brasil como 3º pior índice de saúde mental.

Desse modo, a campanha tem o objetivo de chamar a atenção da população para as questões de Saúde Mental com intuito de quebrar estigmas, incentivar o diálogo aberto sobre questões emocionais e fornece ferramentas práticas sobre Saúde Mental. Uma vez, que todos nós devemos nos implicar com as questões de saúde mental e criar uma cultura da saúde mental e do bem-estar emocional na humanidade. Dito de outro modo, a temática de saúde mental não é pauta apenas da psiquiatria e da psicologia, mas a sociedade na totalidade deve se envolver com esse assunto.

Também cabe esclarecer que saúde mental não se resume à ausência de transtorno mental, todavia resulta de uma interação de fatores biopsicossociais, passa pela singularidade do sujeito, transcende o individual e passa pelo coletivo, por questões de respeito à diversidade e à inclusão. Nesse sentido, o Ministério da Saúde reconhece e afirma que a realidade social, econômica, política, cultural e ambiental impacta diretamente na saúde mental da população, não sendo um problema meramente individual.

Ainda, segundo o Ministério da Saúde, compreende-se que os problemas de saúde mental resultam da coletividade, demandando políticas públicas, redes de proteção, melhores condições de vida, segurança alimentar e suporte comunitário.

Sendo assim, cuidar da Saúde Mental envolve ações pessoais, medidas institucionais e apoio de políticas públicas a favor da saúde mental de todos. Portanto, a saúde mental pede cuidados individuais, como o autocuidado integral, a adoção de hábitos saudáveis e medidas que contribuem para nosso bem-estar, por exemplo, a prática de exercícios, alimentação saudável, momentos de descanso, inclusive, a adoção de algumas práticas podem ter efeito terapêutico, a saber, dança, pintura, ou seja, as artes de modo geral, assim como ter uma atividade de lazer, entre outros.

No âmbito institucional, as instituições intersetoriais podem e devem contribuir para a criação de ambientes saudáveis e condições para o bem-estar emocional das pessoas. No aspecto político, é importante que as pessoas conheçam mais sobre o assunto e possam cobrar o acesso aos serviços de saúde mental e a criação de políticas públicas em prol da saúde mental da sociedade, visto que a saúde mental é um direito de todos.

Por que a expressão: janeiro branco?

Janeiro é o primeiro mês do ano e remete à ideia de início de um novo ciclo, novo ano, novas perspectivas. Já o branco remete às páginas ou telas em branco onde é possível projetar, escrever histórias ou mudanças. Sendo assim, temos a expressão Janeiro Branco.

O tema da campanha Janeiro Branco 2024 é: Saúde Mental enquanto há tempo! O que fazer, agora?

E você já parou para pensar o que você pode fazer agora pela sua saúde mental?

Para finalizar, desejo que em 2024 tenhamos promoção, prevenção e cuidados em saúde mental o ano inteiro de janeiro a janeiro.

Referências

BRASIL. Lei nº 14.556, de 25 de abril de 2023. Institui: a campanha Janeiro Branco, dedicada à promoção da saúde mental. seção 1, Brasília, DF, ano 161, n. 79, p.1

INSTITUTO JANEIRO BRANCO. Disponível em: <https://janeirobranco.com.br/campanha/>. Acesso em: 28 dez. 2023.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-mental>. Acesso em: 28 dez. 2023

OPAS. Disponível em <https://www.paho.org/pt/noticias/17-6-2022-oms-destaca-necessidade-urgente-transformar-saude-mental-e-atencao>. Acesso em 28 dez. 2023.


(*) Solange Bezerra Leal é psicóloga especialista em Psicologia Hospitalar e possui especialização em Saúde Mental. CRP 06/85160.

TOQUE | Novo nome da seção

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Nova estratégia de vacinação contra Covid-19 começa a valer em 1º de janeiro

Crianças de seis meses a menores de cinco anos, grupos prioritários e pessoas que não completaram o esquema primário serão priorizadas a partir de 2024. Vacina é a principal medida de combate ao vírus.

Foto: Julia Prado/MS

29/12/2023  | A partir de 1º de janeiro de 2024, a vacinação contra a Covid-19 de crianças de seis meses a menores de cinco anos será incluída no Calendário Nacional de Vacinação.

O Ministério da Saúde também passa a recomendar, a partir do próximo ano, uma dose anual ou semestral para grupos prioritários com cinco anos de idade ou mais e maior risco de desenvolver formas graves da doença, independentemente do número de doses prévias recebidas. Em 2024 será realizada, ainda, a vacinação de pessoas com mais de cinco anos – mesmo as não pertencentes aos grupos prioritários – que não foram vacinadas anteriormente ou receberam apenas uma dose. Essas poderão iniciar ou completar o esquema primário, que consiste em duas doses com intervalo mínimo de quatro semanas entre elas.

Para as crianças, a recomendação é aplicar a primeira dose da vacina aos seis meses de idade, a segunda dose aos sete meses e terceira dose aos nove meses. No entanto, todas as crianças de seis meses a menores de cinco anos não vacinadas ou com doses em atraso poderão completar o esquema de três doses, seguindo o intervalo recomendado de quatro semanas entre a primeira e a segunda doses e oito semanas entre a segunda e a terceira. Crianças que já receberam três doses de vacinas contra a Covid-19, nesse momento, não precisam de doses adicionais.

A Covid-19 é uma importante causa de infecção respiratória grave e morte em crianças com menos de cinco anos. Em 2023, até novembro, foram registrados 5.310 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 e 135 óbitos nessa faixa etária. Entre as crianças, as menores de um ano de idade apresentaram maior incidência e mortalidade de SRAG por Covid-19. A doença também pode provocar uma condição grave conhecida como Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). Desde o início da pandemia, foram notificados 2.103 casos de SIM-P no Brasil, com 142 mortes entre crianças.

Nos grupos prioritários, o intervalo entre as doses será de seis meses para indivíduos com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas. Para os demais públicos, o intervalo será anual: pessoas que vivem ou trabalham em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente ou comorbidades, pessoas privadas de liberdade com 18 anos ou mais, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e população em situação de rua.

Para definir os grupos prioritários, o Ministério da Saúde considerou as recomendações do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização da Organização Mundial de Saúde (SAGE/OMS), além de indivíduos com maior vulnerabilidade na realidade brasileira.

À medida que ocorram aprovações regulatórias de novas vacinas, as recomendações e os esquemas poderão ser atualizados. Antes mesmo da aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 19 dezembro, do registro da vacina monovalente atualizada para a variante XBB 1.5, o Ministério da Saúde já havia iniciado o processo de aquisição para 2024, com a previsão de fornecimento das versões mais atualizadas dos imunizantes contra covid-19. É relevante ressaltar que as vacinas atualmente em uso pelo PNI continuam a oferecer proteção contra as formas graves da doença, portanto os grupos aptos a recebê-las não devem adiar a vacinação.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece vacinas seguras que possuem autorização de uso pela Anvisa, após terem demonstrado eficácia e segurança favoráveis em estudos clínicos de fase 3 amplos, e passam por um rígido processo de avaliação de qualidade antes de serem distribuídas, realizado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz, instituição responsável pela análise dos imunobiológicos adquiridos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O antiviral nirmatrelvir/ritonavir está disponível em toda a rede do SUS para tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo. Este medicamento é indicado apenas para pessoas com mais de 65 anos e pacientes imunossuprimidos com mais de 18 anos.

A imunização é prioridade do governo federal. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, com o objetivo de recuperar as altas coberturas vacinais no Brasil. É possível consultar a situação vacinal no aplicativo ConecteSUS Cidadão. O registro de vacina também é feito no Cartão de Vacinação em papel, pelo profissional de saúde local. É possível, ainda, conferir a situação na própria unidade de saúde. Para isso, o cidadão deve apresentar documentos pessoais e/ou Cartão do SUS ao profissional de saúde para conferência.

(Ministério da Saúde)

Para atrair o público jovem, Sicoob lança Associação Digital para crianças e adolescentes

Os novos cooperados terão cartão de débito, Pix ilimitado, poupança e conta corrente sem cobrança de tarifas

Dezembro 2023 - Já está disponível, dentro do Super App Sicoob, a Associação Digital para crianças e adolescentes de até 17 anos. A nova conta pode ser aberta por meio do App Sicoob de um dos pais cooperados, mediante a apresentação de documentos que comprovem a parentalidade, como RG e CPF do menor de idade. Uma vez aberta a conta, o responsável poderá monitorar todas as transações realizadas por seus filhos.

Os benefícios da associação digital incluem cartão de débito Mastercard personalizado com o nome do jovem cooperado; a capacidade de realizar Pix ilimitados; quatro saques nos caixas Sicoob; dois extratos mensais impressos; acesso à poupança e a uma conta corrente sem cobrança de tarifas. Além disso, o aplicativo é altamente customizável, possibilitando uma experiência financeira adaptada às necessidades individuais de cada novo cooperado.

“Estamos empenhados em preparar a nova geração para vivenciar o cooperativismo financeiro de forma inovadora, e aspiramos que o Sicoob se torne a principal escolha financeira para esses jovens no futuro. A Associação Digital é apenas o começo de nossa jornada em oferecer soluções financeiras inclusivas e sustentáveis para todos os cooperados, independentemente da idade”, afirma o diretor de Tecnologia da Informação no Sicoob, Antônio Vilaça Júnior.

O Super App Sicoob, lançado em dezembro, foi projetado com a missão de oferecer um ambiente digital completo aos seus cooperados, concedendo-lhes maior autonomia na gestão de suas finanças, com conveniência e comodidade.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Governo exonera delegado e investigadores condenados por contribuírem com traficantes na região

A demissão foi publicada em Diário Oficial nesta terça-feira (26). Os acusados estavam presos desde 1º de setembro após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar os recursos de defesa.

Por g1 Itapetininga e Região, com copidesque do DT

Delegado e investigadores da Polícia Civil condenados por auxiliar o tráfico de drogas — Foto: Reprodução/TV TEM

27/12/2023 | O Governo de SP exonerou um delegado e outros três investigadores da Polícia Civil que foram condenados, em 2021, por contribuir com uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas no estado. A demissão foi publicada em Diário Oficial nesta terça-feira (26). Os acusados estavam presos desde 1º de setembro após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar os recursos de defesa.

O caso veio à tona em 2013 após denuncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). Na época, os quatros suspeitos chegaram a ser presos por receberem propina para facilitar a ação de traficantes e divulgar informações sigilosas aos criminosos, quando atuavam na Polícia Civil de Sorocaba (SP). Todos respondem por vantagem indevida, estipulada pelo artigo 316 do Código Penal.

Conforme decisão, o ex-delegado Fernando Toshiyuki Fujino foi condenado a dois anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto. Ele estava à frente da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Itapetininga (SP). Em 2013, quando foi preso, ele era investigador da corporação.

Já os investigadores Carlos Roberto Munhoz e Carlos Moroni Filho foram condenados a quatro e oito meses em regime fechado. Já a pena do investigador William Felipe Martins Soares foi definida em dois anos e quatro meses, também em regime fechado.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de SP (SSP-SP) disse não compactuar com desvios de conduta dos oficiais e, ao ser "identificada qualquer irregularidade, apura rigorosamente os fatos para identificar e responsabilizar os envolvidos".

A reportagem do g1 tenta contato com a defesa dos condenados.

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Ipanema: Fábrica símbolo do Brasil do século 19 vive entre a glória e o abandono

por NAIEF HADDAD, no Acessa.com

26/12/2023 | IPERÓ, SP (FOLHAPRESS) - Realizada pela primeira vez em 1851, em Londres, a Exposição Mundial era uma oportunidade para os países anunciarem seus produtos e criações tecnológicas para o mercado externo. Em 1873, o Brasil esteve na grande feira de Viena com alguns objetivos, entre eles, o de afastar a fama de lugar exótico para vender uma imagem de modernidade.

Levou para a vitrine austríaca a Real Fábrica de Ferro São João de Ipanema, que havia sido fundada por dom João 6º em 1810 na região de Sorocaba, no interior paulista.

"Em São Paulo, existe a mais importante fábrica de ferro da América meridional. Este estabelecimento, criado e mantido pelo Estado, acha-se atualmente com elementos seguros de prosperidade", dizia um texto preparado pelo governo monárquico para a exposição, como registrou o historiador Nilton Pereira dos Santos.

Havia, claro, um tom ufanista na apresentação de Ipanema para o público estrangeiro, mas aquele era, de fato, um projeto ambicioso que deixava o Brasil próximo da tecnologia siderúrgica utilizada na Europa.

Além de considerada pelos estudiosos o berço da siderurgia no Brasil, foi a única indústria desse ramo que funcionou praticamente de modo ininterrupto no país no século 19, foi desativada em 1895, reabriu em 1917 e fechou definitivamente nove anos depois. Ao longo desses dois períodos, produziu milhares de toneladas de ferro fundido e forjado, entre moendas, canhões, ferramentas agrícolas, arames e pregos.

"Ipanema deu uma grande contribuição para a indústria da cana, produzindo moendas e outras engrenagens. Mais tarde, foi importante para a construção das ferrovias", diz Fernando Landgraf, professor de metalurgia da Escola Politécnica da USP.

Era inevitável, portanto, que a fábrica atraísse as atenções. Dom Pedro 2º foi quatro vezes à siderúrgica, também visitada pela princesa Isabel e por José Bonifácio. O pintor francês Jean-Baptiste Debret foi um dos artistas que a retrataram.

Hoje em dia, as construções remanescentes da fábrica estão no território mantido pela Floresta Nacional (Flona) de Ipanema, cuja administração responde ao ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), do governo federal. Antes parte de Sorocaba, a área hoje pertence ao município de Iperó (SP), a cerca de uma hora e meia da capital paulista.

Os antigos prédios estão bem próximos uns dos outros, é possível conhecê-los ao longo de uma caminhada breve. Como a reportagem pôde constatar em visita recente, a preservação é desigual. Os prédios históricos vão da imagem viva do século 19 ao abandono.

Alguns locais foram cuidadosamente restaurados nas últimas décadas e impressionam o visitante, como a imponente Casa das Armas Brancas, chamada originalmente de oficina de arames, pregos e laminados, como conta Luciano Regalado, analista ambiental e responsável pelo centro de memória de Ipanema.

Construída em alvenaria de pedra e cal ao longo dos anos 1880, tem um pé-direito que alcança até 16 metros em sua nave central. Um reparo ou outro seriam bem-vindos, mas o estado geral dessa relíquia arquitetônica é bom.

Construída em 1811, a sede administrativa da indústria, também usada como residência do diretor, estava em péssimas condições nos anos 1990, mas foi restaurada na década seguinte. Faltam melhorias no sistema elétrico, mas o quadro geral é satisfatório.

O espaço, onde costumam acontecer exposições, está sendo usado temporariamente como centro de visitantes.

Por outro lado, é bastante crítica a situação da segunda oficina de refino, onde eram produzidos canhões e outras munições. No prédio erguido no período em que o engenheiro alemão João Bloem administrou a fábrica, entre 1835 e 1842, existem danos nas paredes e nas colunas, que põem toda a estrutura em risco. Além disso, entulhos ocupam os ambientes internos, e as plantas dominam os telhados.

Na visita da reportagem, uma família de urubus havia montado sua casa em um dos cantos do lugar. Também é preocupante o estado da terceira oficina de restauro.

A precariedade observada nesses dois prédios é reflexo de um descaso que prevaleceu durante a maior parte do século 20. Depois que a fábrica deixou de funcionar, as construções foram geridas inicialmente pelo Ministério da Guerra e depois pela pasta da Agricultura.

"Não houve preocupação com os sítios históricos depois que Ipanema foi para administração desses ministérios. Além disso, a fábrica foi um local marcante do Brasil Império, e a República, em sua fase inicial, buscou apagar o mérito das construções do período imperial. Vários prédios daqui foram descaracterizados", diz Fernando Tizianel, chefe da Flona Ipanema.

O núcleo histórico foi tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (hoje Iphan) em 1964 e, três anos depois, alguns prédios como a Casa das Armas Brancas foram, enfim, restaurados. Outras construções, porém, ficaram à margem de iniciativas de recuperação, caso das oficinas de refino, ou sofreram intervenções insuficientes, como os altos fornos.

Responsáveis pela fundição do minério de ferro, os altos fornos são a face mais conhecida de uma siderúrgica devido ao característico formato cilíndrico. Restam duas unidades em Ipanema: os fornos geminados Varnhagen (1818), uma homenagem ao alemão Friedrich Varnhagen, o segundo administrador da fábrica, e o Alto Forno Mursa (1878), uma referência ao gaúcho Joaquim de Souza Mursa, que comandou a indústria décadas depois.

Os fornos estão distantes da degradação vista na oficina de restauro, mas também revelam fragilidades estruturais, apesar de uma intervenção realizada em 2005.

Também faltam cuidados mais simples, como o corte de plantas que crescem entre as pedras, problema que tende a ser amenizado com a contratação neste mês de dezembro de quatro agentes temporários, que vão se dedicar à zeladoria do núcleo histórico.

Segundo Tizianel, um projeto para recuperação e restauração dos fornos já foi aprovado pelo Iphan, e os recursos para o início das obras devem ser liberados no ano que vem. De acordo com ele, o dinheiro, em torno de R$ 650 mil, virá na forma de compensação ambiental, uma espécie de indenização paga por empresas que causaram danos à natureza, como desmatamento.

Outro prédio de valor histórico é a Casa da Guarda, aberta em 1811 como um depósito de minérios. É onde fica o majestoso pórtico de ferro que celebra a maioridade de dom Pedro 2º.

A construção foi erguida a poucos metros da represa, que fornecia a energia necessária para o funcionamento da fábrica. Por isso, infiltrações são frequentes na Casa da Guarda, com marcas de umidade nas paredes. Além disso, o madeiramento do telhado está parcialmente deteriorado.

Prédios que exigem ações emergenciais de conservação, como as oficinas de refino e a Casa da Guarda, impõem desafios à administração do local. Como todas as unidades de conservação federal do ICMBio, Ipanema foi pensada sobretudo como reserva ambiental (no caso, um pedaço de mata atlântica com mais de 5.300 hectares), deixando o tesouro histórico em segundo plano.

"Não existe uma rubrica dentro do orçamento do ICMBio voltada para o patrimônio histórico", afirma Tizianel.

Além das compensações ambientais, a saída, ele explica, tem sido buscar parcerias de outros órgãos do governo e também da iniciativa privada. Nesse sentido, o Iphan ocupa papel central.

Em nota enviada à Folha de S.Paulo, o instituto diz que "está em processo final de formalização uma proposta de projeto de pesquisa, a ser desenvolvida pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e financiada pelo Iphan".

A iniciativa "visa requalificar os remanescentes da Fábrica de Ferro São João de Ipanema e promover o resgate histórico dos processos de produção a fim de elaborar diretrizes para o desenvolvimento do turismo cultural". Deve começar em janeiro de 2024, com duração de um ano.

Ainda segundo a nota, a parceria entre o instituto e a universidade não prevê "obras neste momento, e sim estudos e projetos. Com esse material em mãos, Iphan, ICMBio e os demais entes envolvidos decidirão os próximos passos (obras de restauração/conservação necessárias)".

Do conjunto tombado, três prédios serão avaliados inicialmente pela Ufscar: a Casa da Guarda e a segunda e a terceira oficinas de refino.

O futuro de Ipanema depende, enfim, do cuidado com o passado.

IPANEMA TINHA 162 ESCRAVIZADOS EM FUNÇÕES DIVERSAS

Em 1857, a Real Fábrica de Ferro São João de Ipanema chegou a ter 162 escravizados. Os dados são de um levantamento apresentado em 1871 pela Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra, sob dom Pedro 2º, e lembrado pelo historiador Mário Danieli Neto.

Em 1870, último ano apontado pelo documento e menos de duas décadas antes da Abolição, eram 67 escravizados.

Os homens se dividiam em mestres de fundição, serralheiros, carvoeiros, moldadores, refinadores, pedreiros e carpinteiros. Entre as funções destinadas às mulheres, estavam a agricultura, a cozinha, a costura e a realização de partos.

Os escravizados provavelmente se encarregavam da maior parte do trabalho, segundo Danieli Neto, mas Ipanema também contava com os chamados "africanos livres".

Defensor público alerta para a necessidade de eliminarmos expressões capacitistas de nosso vocabulário

André Naves ressalta que é preciso combater nossa fala preconceituosa associada a pessoas com deficiência

O combate à discriminação e ao preconceito é uma pauta cada vez mais presente nas discussões atuais. No entanto, é preciso ampliarmos nossa reflexão em relação a grupos sociais ainda esquecidos pela sociedade. Além de manifestações contra o racismo estrutural, contra a homofobia, o etarismo, a gordofobia, é importante promover também maior mobilização em torno da luta das pessoas com deficiência, que necessitam de mais respeito e inclusão, seja na escola, no trabalho, nos transportes, no convívio social.

É urgente que a sociedade discuta ações necessárias para a construção de ambientes mais inclusivos para os PcDs. Afinal, pessoas com deficiência são tão capazes quanto qualquer pessoa. E uma das formas de combater a discriminação é excluir de nosso vocabulário palavras e expressões capacitistas, que muitas vezes pronunciamos sem ao menos perceber a carga de preconceito que elas carregam.

Expressões capacitistas são aquelas que usamos no dia a dia, que associamos a problemas ou dificuldades, sempre com referências a algum tipo de deficiência. Por exemplo, quando dizemos “que mancada!” ou que alguém é "cego de amor", é “retardado”, que “finge demência”, que “está mal das pernas”, que “não tem braço para fazer tal coisa” ou mesmo que "está dando uma de João sem braço"; estamos perpetuando nossa visão preconceituosa, fazendo associações, de forma equivocada, a pessoas com deficiência, que de algum modo seriam inferiores.

Ao lembrar que cerca de 24% dos brasileiros possuem alguma deficiência, o Defensor Público Federal André Naves alerta para a necessidade de estarmos atentos contra essa discriminação. “Todos nós somos únicos em nossa individualidade, cada um à sua maneira. Afinal, o que é “ser normal”? O capacitismo é uma forma de presumir que pessoas com deficiência são inferiores por terem corpos fora do padrão social. E por meio de expressões usuais, associa características negativas a pessoas com deficiência, utilizando frases e adjetivos pejorativos. Essa forma de preconceito, que muitas vezes passa despercebida, precisa acabar”, ressalta Naves, que é especialista em Direitos Humanos e Inclusão.

É importante lembrarmos que o corpo humano é capaz de se adaptar a diversas situações. Somos únicos e diferentes e devemos conviver com as diferenças de forma natural, sem adotarmos uma postura de superioridade em relação a quem tem deficiência. Quando nos dirigimos ao PcD com um “Nossa, nem parece que você é deficiente”, ou “Você não tem cara de autista”, ou “Você é linda(o), nem parece deficiente”, ou “Apesar de ser deficiente, parece muito feliz”, ou “Coitado, ele é meio doidinho”, estamos reforçando os estereótipos. Perguntas também podem ser ofensivas ou desrespeitosas com esse grupo social: “Seu problema não tem cura?”, “Mas como você faz as coisas?”, “Será que seus filhos vão nascer normais?”.

Para André Naves, é fundamental tentarmos substituir as expressões capacitistas de nosso dia a dia por outras mais respeitosas e inclusivas. Ao invés de falarmos, por exemplo, “não temos braços para realizar este trabalho”, podemos dizer “não temos pessoal para isso”, ou “não temos estrutura suficiente”. No caso da expressão “deu uma de João sem braço”, podemos substituir por “fugiu da responsabilidade” ou “se fez de desentendido”.

“Só desta forma colaboramos para combater esse arraigado preconceito e, assim, construir uma sociedade mais justa e diversa. Não podemos esquecer nunca que pessoas com deficiência têm direitos e são cidadãos plenos, capazes de contribuir para o desenvolvimento social, econômico e cultural do país”, finalizou o Defensor.

domingo, 24 de dezembro de 2023

poema | Despertar (Rubens Oficial)

DESPERTAR

Rubens Oficial

Acorda, menino;
acorda que é dia.
Já fez mãe Maria
o nosso café.
Lá na igreja o sino
bateu as seis horas,
vê se não demoras
em pôr-te de pé.

Acorda, menino;
vem ver a alvorada,
a aurora raiada
com seu arrebol.
O ventinho fino
soprando a janela
não mais se revela.
- Fugiu, com o sol.

Menino, meu santo,
acorda ligeiro;
vem ver no terreiro
o gato e o pardal.
Escuta esse canto:
- É de um sabiá,
e bem perto está
em nosso quintal.

O gorjeio alerta,
acorda o menino.
Seu rosto divino
fulgura, reluz.
Do sonho desperta
sentindo poder
e pensando ser
menino-Jesus.


Rubens Oficial, 1983

sábado, 23 de dezembro de 2023

poema | Matheus Henrique de Campos


⁠Nas noites estreladas de Tatuí,
O Natal se revela em melodia e luz a fluir.
No ar, acordes de uma música encantada,
Sinfonia que ecoa, a cidade abençoada.

No doce ABC, segredos revelados,
Sabores que dançam, são sempre adorados.
Guloseimas que pintam sorrisos na face,
Tatuí celebra o Natal com doce graça.

Um pinheiro gigante, majestoso e altivo,
Veste-se de luzes, um espetáculo cativo.
No coração da cidade, brilha e resplandece,
Símbolo do Natal que a todos enobrece.

Na praça, um cenário de magia se desenha,
Com luzes cintilantes que a noite enfeita.
Famílias reunidas, abraços apertados,
A praça iluminada, sonhos realizados.

Tatuí, nesta festa de luz e canção,
Tece memórias, fortalece a tradição.
No Natal, a cidade é um poema a brilhar,
Com alegria e amor a todos inundar.

Matheus Henrique de Campos, no site Pensador