segunda-feira, 10 de julho de 2017

Falta de vacina pentavalente em unidades de saúde preocupa pais na região

A Prefeitura de Tatuí afirma que novos abastecimentos estão previstos para o segundo semestre.

Falta de vacina pentavalente na rede pública preocupa pais na região

A falta da vacina pentavalente nas unidades de saúde preocupa pais na região. A vacina é uma das mais importantes no primeiro ano de vida do bebê, pois protege contra a difteria, tétano, coqueluche, meningite, hepatite B e infecções causadas pelo haemophilus e influenza tipo B.

Em Tatuí, a prefeitura afirma que novos abastecimentos estão previstos para o segundo semestre. Já em Cerquilho (SP), o Executivo disse que o atraso é de responsabilidade do Ministério de Saúde. Em Itapetininga, a Secretaria de Saúde informou que a cidade apenas realiza a distribuição de vacina enviada pela Secretaria de Estado da Saúde e novas remessas estão previstas para o segundo semestre.

Em nota, o Ministério de Saúde informou que 6 milhões de dose estão disponíveis no país. Desse total, cerca de 62 mil foram distribuídas no estado de São Paulo e que, novas liberações devem ocorrer nos próximos dias.

Enquanto não chegam novas doses, os empresários de Tatuí (SP) Rodrigo Martins Pereira e Débora Aparecida de Barros estão há um mês esperando a vacina e encontraram a dose em outra cidade.

“No dia da consulta ele deveria receber a vacina, porém quando chegamos ao posto de saúde eles disseram que a vacina estava em falta e que era para voltarmos em 15 dias. Voltamos após esse período e nada. Então, ficamos desesperados e começamos buscar em postos da região, clínicas particulares e encontramos a dose há 300 quilômetros daqui”, explica o pai.

Casal de Tatuí conseguiu encontrar uma dose da vacina há 300 quilômetros de distância (Foto: Reprodução/TV TEM)

Segundo o pediatra Shigueyoshi Sakashita, a vacina deve ser aplicada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida. Sem a vacina os bebês ficam vulneráveis a diversas doenças.

“Sem a vacina pode acontecer o ressurgimento do tétano, da coqueluche, que apesar do controle efetivo, pode ressurgir com a falta de vacina. A difteria, os quadros de meningite pelo enófilo tipo B e a hepatite B, por exemplo, são doenças que para um bebê são muito graves”, explica Sakashita.

Pais estão preocupados com a falta de vacina pentavalente na rede pública (Foto: Reprodução/TV TEM)

Vacina pentavalente deve ser aplicada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida (Foto: Reprodução/TV TEM)

Com a falta da vacina em unidades de saúde, a procura pela vacina em clínicas particulares aumentou. Porém, como a demanda é muito alta, as doses também estão em falta.

“Vemos a aflição das mães procurarem na rede privada. Mas a vacina que usamos, que é a celular, está em falta há mais tempo, que a penta de células inteiras, distribuída na rede pública”, afirma o pediatra Jorge Sidnei Rodrigues da Costa.

O pediatra também ressalta que ficar sem a vacina é um grave problema de saúde pública.

“A nossa preocupação é muito grande, pois além de imunizar as crianças, sem a vacina as doenças podem recrudescer novamente”, conclui Costa.

Pediatra Jorge Sidnei Rodrigues da Costa afirma que ficar sem a vacina é um grave problema de saúde pública (Foto: Reprodução/TV TEM)

Do G1, editado pelo DT.

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