sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Crise na saúde faz maternidade de Itapetininga lotar

Maternidades de Tatuí e Angatuba estão com as portas fechadas.

Do G1 Itapetininga e Região

A crise na saúde que afeta as maternidades de Tatuí e Angatuba está obrigando gestantes dos dois municípios e região a procurarem atendimento em Itapetininga. Por conta disso, a maternidade do Hospital Regional de Itapetininga (HRI) ficou lotada nesta quinta-feira (12) e sexta-feira (13). Segundo familiares de pacientes, houve queda na qualidade do atendimento devido à lotação e muitas gestantes encontraram dificuldades para internação.

A maternidade de Tatuí está fazendo apenas atendimentos de urgência e emergência desde terça-feira (10). O motivo é uma greve de funcionários da Santa Casa. Já a unidade de Angatuba está sem fazer partos desde o fim de dezembro, depois que uma médica entrou de licença médica.

O Hospital Regional afirmou, por meio de nota, que é padrão solicitar o RG, o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e um comprovante de endereço. E que isso é uma orientação da central de vagas estadual para facilitar o atendimento.

Família de Quadra levou adolescente grávida para atendimento (Foto: Reprodução/ TV TEM)

O pedreiro Paulino Paiva Santiago, morador de Quadra, região de Tatuí, viajou 40 minutos para buscar atendimento para a filha gestante Jhenifer na quinta-feira. Segundo ele, só conseguiu atendimento após muito andar pela cidade.

“Eu vim aqui [maternidade] primeiro. Aqui é o lugar de gestante. Daqui fomos ao AME [Ambulatório de Especialidades Médicas] e lá a moça orientou a gente a voltar no PS [pronto-socorro]. Do PS eles mandaram para cá. Foi a única forma. Eles poderiam ter atendido logo na primeira vez. Tanto que, quando chegamos aqui, ela estava sem dor. Mas depois de tanto andar e correr atrás ela ficou com dor”, relata.

Para a mãe de Jhenifer e esposa de Santiago, Maria Alice de Souza, a falta de atendimento médico perto de onde mora é motivo de lamentação. Além da viagem, a demora para atender e a recusa inicial do atendimento são frustrantes. “Eles disseram que tinham que atender lá onde nós moramos, mas eu falei que lá está em greve. Só que eles não queriam saber. Disseram que aqui não podiam. É muito difícil, complicado demais da conta”, afirma.

Sobre o atendimento negado, o Hospital Regional diz que nenhuma paciente em caso de urgência ou emergência deixou de ser atendido.

Crise em cidades vizinhas faz atendimento aumentar em Itapetininga (Foto: Reprodução/ TV TEM)

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