domingo, 30 de outubro de 2016

Após perder o emprego, casal cria 'food bike' para vender doces em Tatuí

Moradores vendem doces com a bicicleta em diversos bairros da cidade.
'Ideia era chamar a atenção dos nossos clientes', revela comerciante.


Do G1 Itapetininga e Região

Inspirados na moda dos “food trucks” e com o objetivo de driblar a crise econômica, o casal Rafael Reina e Gisele Matias encontrou uma maneira inovadora de sair pelas ruas de Tatuí (SP) para vender doces: a "food bike" ou mais conhecida como “doces bike”. Os dois decidiram adaptar uma bicicleta e enfeitá-la para tornar as vendas mais atrativas. Segundo eles, são vendidos cones, brownies e brigadeiros com preços entre R$ 4 e R$ 25.

Casal monta bike doce em diferentes pontos a
cada dia (Foto: Reprodução/ TV TEM)
De acordo com Gisele, a ideia de vender doces surgiu após ela e o marido perderem o emprego este ano. Gisele trabalhava como consultora em Recursos Humanos e Rafael como supervisor de vendas.

“A gente queria vender algo comum, de fácil acesso para nós, que não temos formação em gastronomia. Porém, de uma forma diferente. Foi aí que a gente teve a ideia de vender os doces na bicicleta. Os doces são de fácil acesso. É mais fácil vender na cidade conhecida por ser a terra dos doces, porque o público gosta do diferente. O comum já tem e todo mundo está acostumado. A bicicleta chama atenção e com isso eles conhecem nosso sabor e fidelizam. Graças a Deus está dando para sobreviver à crise e estamos correndo atrás”, afirma.

Rafael conta que o projeto da bicicleta foi realizado por uma empresa especializada e outra empresa montou a marca ‘doces bike’. A ideia é percorrer cada dia diferentes bairros e estacionar a bicicleta em um ponto fixo, como acontece com os ‘foods trucks’.

“A gente pedala ela até um ponto. Temos pontos fixos em diferentes bairros da cidade. Algumas coisas a gente leva no carro, mas tem que pedalar. Sou eu que pedalo”, afirma.

Rafael Reina vai 'pedalando' todos os dias ao trabalho
(Foto: Reprodução/ TV TEM)
Segundo Gisele, o projeto tem dado certo e os dois chegam a vender 500 doces por mês. “Não adianta ficar em um ponto fixo e cada dia a gente está em um lugar. A cidade é pequena, porém tem bastante gente. Cada dia em um ponto a gente vende bem sim. É um saldo positivo. Nós dois estamos voltados só para isso e não pensamos, por enquanto, em voltar a trabalhar para uma empresa. Só para nosso próprio negócio”, ressalta Gisele.

"Fidelizamos graças à qualidade dos produtos que a gente usa, do capricho e higiene que a gente mantém os produtos.Todos os clientes vem, gostam e estão elogiando. Ainda bem", ressalta Rafael.

Inovação
História parecida tem o empresário Victor Grotteria de Souza. Depois de se ver desempregado há alguns meses, ele decidiu arriscar e abrir uma cafeteria na área central do município. Contudo, no lugar de café, o foco está no acompanhamento.

Empresário montou cafeteria após ficar
desempregado (Foto: Reprodução/TV TEM)
“A ideia inicial era seguir a tendência de gourmetizar as coisas, principalmente as sobremesas. E em Tatuí não tinha nada parecido. Então, unimos o útil ao agradável para trazer uma coisa de qualidade e pegar os clientes pelo visual”, conta Souza.

O consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Davi Paunovic ressalta que a melhor coisa que os novos empreendedores devem fazer é se manter atualizado com as novidades do mercado. “É importante manter essa visão de inovação para surpreender o consumidor cada vez mais, seja com doces, sabores e formas de apresentação diferenciada. Até mesmo porque pode haver uma tendência de um número maior de pessoas investindo dentre desse setor, o que aumenta a concorrência”, explica.

Um comentário:

Unknown disse...

Muito Bom,adorei qdo for p Tatuí vou comprar, Parabéns

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