terça-feira, 31 de julho de 2012

FGV convida Conservatório a expor seu modelo de gestão

Baseado em texto da revista Ensaio, nº 75, jul-Ago/2012

Administrado pela AACT, qualificada pelo governo do Estado de São Paulo como OS (Organização Social) da área de cultura, o Conservatório de Tatuí teve oportunidade de expor, a convite de um dos mais importantes segmentos da FGV (Fundação Getúlio Vargas) do Estado do Rio de Janeiro, a FGV projetos, seu modelo de administração bem sucedida.

A fundação tem a missão de desenvolver e implantar, naquele Estado, o modelo de administração em dois dos principais dispositivos culturais: a Sala 'Cecília Meirelles', a melhor sala de concertos da cidade do Rio, e o Instituto 'Villa-Lobos', escola que corresponderia ao Conservatório de Tatuí.

A FGV projetos convidou o diretor executivo Henrique Autran Dourado para falar sobre a experiência local. "Senti muito orgulho por Tatuí ao ir a uma metrópole falar sobre o que o Estado pode ou não fazer", afirmou.

As experiências tatuianas foram partilhadas na sede da FGV projetos no dia 31 de maio. Participaram do debate os maestros e compositores Edino Krieger, Ricardo Tacuchian e Cecília Conde - estes três, membros da AMB (Academia Brasileira de Música); Silvia Finguerut, da FGV-Rio; representantes do governo; e a jornalista e crítica musical Heloísa Fischer.

A escola de música abrange tanto o campo pedagógico ( que corresponderia ao Instituto 'Villa-Lobos'), como o de eventos ( Sala 'Cecília Meirelles'). O diretor executivo, único não residente no Rio presente no encontro, respondeu a perguntas e contribuiu com opiniões sobre o modelo a ser implantado no Rio. A expectativa é de que a OS esteja formatada em três meses.

O Estado do Rio de Janeiro começa a adotar o sistema de organização social para administração de projetos culturais. A Sala 'Cecília Meirelles' e o Instituto 'Villa-Lobos' representam a primeira experiência do governo fluminense com relação ao novo modelo. 'Isso torna o assunto (e a participação do Conservatório de Tatuí servindo como modelo) muito mais importante', disse Dourado.

Fora o funcionamento da instituição, Dourado falou sobre as 'possíveis vantagens' das organizações sociais, inclusive no que diz respeito a estudos sobre impacto. "No fundo a Os sai no lucro, porque tudo é mais rápido. As compras são mais rápidas, a eficiência é maior, é o sistema mais viável para gerir cultura nesse país. Pode aparecer outro, mas, no momento, é esse daqui", defendeu.



AACT
Até ser considerada exemplo de trabalho, a AACT passou por grandes reformulações. A maior delas em 2008, quando Dourado assumiu efetivamente a diretoria executiva A partir de então, as alterações iniciaram-se efetivamente com a estruturação dos cursos, das grades curriculares e das regras internas, bem como as mudanças no estatuto. A seleção pública permitiu a contratação de todos os funcionários via CLT, enquanto que, como Os, a instituição passou a captar recursos da iniciativa privada. No sistema de organização social. o Conservatório de Tatuí é administrado não somente pelas diretorias executivas e administrativo-financeiro, mas também por seus 'braços' artístico e pedagógico. A administração conta com essencial atuação do Conselho de Administração da AACT, formado por profissionais das mais diferentes áreas de atuação.

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