domingo, 18 de outubro de 2015

Ribeirão de Tatuí acumula até pneu: 'Usam como lixo', diz engenheiro

Pneu jogado em ribeirão gera indignação de Cleto:
'Usam como lixo' (Foto: Reprodução/ TV TEM)
'Falta consciência ambiental e efetividade do poder público', comenta ele.
Secretário de Infraestrutura alega que prefeitura faz limpezas periódicas.

Do G1- O principal ribeirão de Tatuí, o Ribeirão do Manduca, acumula dejetos e entre eles um pneu jogado em uma parte seca do ribeirão. O engenheiro agrônomo Ademir Cleto está preocupado com a sujeira encontrada no local, e afirma que os próprios moradores da cidade não preservam o patrimônio e demonstram falta de respeito ao transformarem o principal curso d’água do município em um esgoto ao ar livre. “A população utiliza o ribeirão como se fosse lixo”, lamenta.

De acordo com o secretário de Infraestrutura do município, Vicente Menezes, o Executivo realiza limpezas periódicas dentro do ribeirão, além de uma equipe que trabalha externamente. No entanto, a empresa responsável não faz mais o serviço devido ao vencimento do contrato com a administração municipal.

O curso d’água mais importante da cidade tem mais de 10 quilômetros de extensão, com três deles na área rural. Para Cleto o acúmulo de dejetos no local pode atrair animais e insetos perigosos à saúde da comunidade. “Falta consciência ambiental por parte da população e efetividade do poder público, que precisa ter uma ação forte para recuperar o ribeirão”, destaca o especialista.

Ao passar pelos trechos em que o curso d’água se estende, a reportagem da TV TEMconstatou outros tipos de lixo. Entre eles plástico e vidro, itens que demoram mais de um século para que se decomponham totalmente, conforme o Instituto Akatu.

Apesar de indicar que a culpa pela falta de conservação se deve a irresponsabilidade da população, moradores que vivem próximo ao curso d’água também reforçam a cobrança de atitudes da prefeitura. “É muito triste ver isso, faz tempo que não muda. Queríamos ver o ribeirão mais limpo”, ressalta o conferente Celso Vaz Filho.

Ainda segundo ele, o mato alto atrapalha a caminhada de moradores entorno do ribeirão. "Gostaríamos que instalassem calçadas. Seria melhor para passear com os animais e andar pelo local", finaliza Filho.

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