terça-feira, 14 de julho de 2015

Prefeitura adianta novo repasse e impede greve na Santa Casa

A Prefeitura de Tatuí acaba de adiantar mais um repasse de recursos à Santa Casa, diante do agravamento da crise do único hospital da cidade que atende pelo SUS. No último dia 10, R$ 563 mil referentes aos procedimentos de julho foram depositados na conta da entidade, 30 dias antes do prazo. A medida impediu que nesta terça-feira, 14, os funcionários entrassem em greve já que o pagamento foi creditado pela filantrópica à zero hora de hoje. Mais que isso, em 2015 a Santa Casa receberá nada menos que R$ 20 milhões. Metade desse montante: R$ 10.187.245,12 já foram repassados.

Os números foram confirmados nesta semana pela Secretaria de Fazenda, Finanças e Planejamento. Serão R$ 7.151.931,79 relativos à subvenção dos plantões médicos, custeio e contrapartida municipal da contratualização do SUS, R$ 4.978.481,78 para subvenção do Pronto Socorro Municipal, que é a porta de entrada do hospital, mais R$ 7.742.955,25 de recursos originários do Sistema Único de Saúde.

Os repasses exclusivos dos cofres municipais vêm crescendo progressivamente, ano a ano, na atual gestão. Em 2012, foram apenas R$ 3,8 milhões. Em 2013, R$ 4,2 milhões; em 2014, R$ 5,5 milhões e, agora em 2015, R$ 12,1 milhões: R$ 7.151.931,79 diretamente empregados no hospital mais R$ R$ 7.151.931,79 para o PS. Só em termos de subvenção e contrapartidas municipais o aumento foi de 86,8% em apenas três anos.

O prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, lembrou que apesar dos números positivos e do maior aumento no repasse de recursos para a Santa Casa em toda história de Tatuí, o momento é muito delicado, devido ao agravamento da crise financeira motivada também pela saída de um plano de saúde que representou prejuízo mensal de aproximadamente R$ 300 mil. “Mesmo não sendo responsáveis pela administração da Santa Casa, estamos buscando soluções e alternativas para esse momento de crise. Não iremos fugir dessa responsabilidade. Infelizmente, a Secretaria de Estado de Saúde se negou a estender a mão ao nosso hospital. Há ainda uma impossibilidade jurídica, já que a entidade não possui suas certidões negativas de débito. Estamos também negociando e debatendo um novo formato de gestão compartilhada, que envolveria a Prefeitura, a provedoria e uma empresa especializada na gestão de hospitais públicos e filantrópicos”, argumentou.

O prefeito espera uma solução para a Santa Casa já para os próximos dias, mas pede uma mobilização da população em torno do problema. “Mesmo que tudo saia a contento, continuamos contando com o auxílio da Câmara Municipal, na devolução de recursos excedentes, e também com o auxílio da população e do empresariado para, todos juntos, ajudarmos a salvar o nosso hospital de mais uma crise”, finalizou.

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