sábado, 23 de setembro de 2017

poesia / Ana Moraes

Tais Tons

No tom da natureza,
A cada um atribuído,
Habita a incerteza
Pormenores e ruídos.

Propagações sonoras
Que desabam sobre ouvidos.
O todo corrobora,
A humilhação do excluído.

Nem grilhões e nem algemas
Precisam prender mais,
Os inexoráveis sócio-dilemas
Atordoam a mente em paz.

Por sua externalidade,
Sem entender o seu complexo.
Melhor, criar fatalidades
Do que dar-lhe um amplexo.

Rasgar-lhe pela matiz,
Desagrada a estética.
Pobre monótono motriz,
Várias rimas, a poética

Ouça a música entoar
Embalar os sete ventos,
Vários tons a matizar
a melodia e seus comprimentos.

Cegos e infelizes, aqueles
Maltratados por suas reflexões.
Talvez, Sophia toque neles
Lhes causando transformações

E num mundo como este
De divergentes matizes,
Vários tons hão neste
Deixando nossos olhos felizes.

A.M.O.R.

(Ana Moraes de Oliveira Rosa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário