quarta-feira, 13 de abril de 2011

Exposição de Acassil Camargo






Estudantes de Tatuí tiveram concerto especial no...

Secretaria de Justica Eloísa de Souza Arruda visitou o fórum de Tatuí

Inscrições abertas para a 7ª Taça Cidade Ternura de Futebol para Menores

Estão abertas as inscrições para a 7ª Taça Cidade Ternura de Futebol para Menores. O evento esportivo é organizado pela Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte, Lazer e Juventude. As inscrições se encerram no dia 5 de maio. O torneio será disputado nas modalidades Masculino e Feminino, nas categorias: Masculino - Dentinho ou Sub 12 (1999, 2000 e 2001), Dente de Leite ou Sub 14 (1997 e 1998) e Dentão ou Sub 16 (1995 e 1996); Feminino - Dente de Leite ou Sub 15 (1996 e 1997) e Dentão ou Sub 16 (1994 e 1995). O congresso técnico será realizado no dia 6 de maio, às 19h, na sede do Departamento de Esportes, que fica na Rua Oracy Gomes, nº 599, Vila Primavera. O telefone de contato é: (15) 3251-4844.

Secretária da Justiça fez uma vistoria no prédio do novo Fórum

terça-feira, 12 de abril de 2011

Estudantes do Residencial Astória realizam arborização

Os 124 alunos da EMEF “Mauro Antonio Mendes Fiusa”, localizada no Residencial Astória, juntamente com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, realizaram o plantio de 31 mudas de árvores de diversas espécies. Dentre as espécies, foram plantadas ipê roxo, ipê amarelo, pitanga, resedá, caju do Pará, entre outras.

O plantio foi orientado pela equipe técnica do DEAVE (Departamento de Áreas Verdes), formado por Danilo, Rafael e Daiane. Segundo os técnicos, “foi um rico aprendizado aos alunos, que souberam como uma plantar uma árvore, os cuidados necessários para mantê-la e a importância da arborização para o equilíbrio da natureza”. O trabalho teve continuidade em sala de aula pelos professores, que exploraram pedagogicamente o evento.

Secretária da Justiça anuncia abertura do novo fórum em maio

Do Blog do José Reiner, editor do jornal Integração

Nesta terça-feira (12), a secretária estadual da Justiça e Cidadania, Eloísa de Souza Arruda, visitou Tatuí e vistoriou o prédio do novo Fórum da Comarca, inaugurado oficialmente dia 20 de setembro de 2010 pelo então governador Alberto Goldman, mas até o momento não liberado ao público. A demora na ocupação do prédio, na Nova Tatuí, gerou vários questionamentos na comunidade e foi tema de debate na tribuna da Câmara Municipal, onde o vereador Vicente Aparecido Menezes, o Vicentão (PT), disse ter recebido informações de que irregularidades estruturais estariam impedindo a liberação do prédio e este não teria sequer recebido alvará do Corpo de Bombeiros, por questões de segurança. “Lamento profundamente que uma obra deste porte e valor, que teve investimentos de R$ 12 milhões, entre recursos do estado e município, não esteja em funcionamento”, citou o vereador na ocasião.

Durante a vistoria, a secretária foi acompanhada pelo prefeito Luiz Gonzaga Vieira de Camargo e pelo engenheiro Adílson César Justo, da Imprej Engenharia, responsável pela obra, além de integrantes da imprensa regional. Questionada sobre a situação estrutural do prédio, Eloísa Arruda observou que “a obra está em boas condições e adequada para o funcionamento e atendimento à população, restando somente pequenos ajustes para a liberação do edifício, que deverá ocorrer no início do mês de maio”.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Piracicaba é escolhida pela Telefônica para teste de ligação gratuita em orelhão

Cidade é a primeira do Estado a receber o teste

A Telefônica escolheu Piracicaba como primeira cidade do Estado a receber um teste do serviço de chamadas patrocinadas, que permite ao usuário fazer ligações locais gratuitas com até dois minutos de duração nos orelhões da cidade. O teste, que começa nesta segunda-feira, terá duração de aproximadamente um mês, em todos os mais de 2.400 telefones públicos do município.

Para fazer a chamada, o usuário deve discar o 0800 777 3000, ouvir uma mensagem publicitária de aproximadamente 30 segundos, digitar um telefone fixo local e falar até dois minutos

Este período de teste em Piracicaba servirá como termômetro da recepção do público ao serviço. Com a iniciativa, a Telefônica estima aumentar em até 20% o volume de chamadas. Dependendo dos resultados, a Telefônica poderá expandir a iniciativa a outras regiões do Estado ao longo do segundo semestre.

O serviço só está disponível na cidade de Piracicaba, em ligações originadas dos orelhões, para telefones fixos locais. Em caso de dúvida na utilização, o usuário deve obter informações através do número 103 15.

Campanha de castração de cães e gatos em Tatuí

Combate a dengue em Tatui

Allegro de fiocco - solo - orquestra professor josé dos santos

Inauguração da CETESB em Tatuí

domingo, 10 de abril de 2011

artigos>>> Adoráveis senhorinhas


CRISTINA SIQUEIRA

 (Do jornal O Progresso de Tatuí, edição de 03.04.2011)


Puxo a cortina, espio através da vidraça que reflete inocência, amor, nostalgia. Um ramo de melindre adornando o bolo de festa, simples, mas feito em casa pelas minhas mãos. Bolo macio e leve, assado em forma redonda, untada com manteiga.

O assoalho de tábuas largas e corridas encerado com cera Colmeína, lustrado com escovão, a escada de madeira que conduzia aos quartos. Pé direito alto, a mesa posta sobre a toalha da Ilha da Madeira, louça inglesa de porcelana trifoliada, os frisos dourados.

Havia amor nos gestos, nos olhares correspondidos, nos rostos que se sondavam buscando sentimentos. Havia pai, mãe, avós e raios de luar que cruzavam o assoalho, as paredes, o sofá vermelho.

Apressados os anos se passaram. Meu tesouro sepulto. A infância; a adolescência.

Bato com saudade no coração da casa. Pálida é a paisagem, opaca e desbotada pelo passar do tempo.

Para sempre e sempre escuto o badalar do sino da Igreja da Matriz, que me trazia um sentimento de importância. Todas as noites subia pela rua Prudente um homem e seu cavalo riscando o paralelepípedo. Bem cedinho, ainda noite, passavam as moças da fábrica de tecelagem, os cabelos brancos de algodão em fiapos. Um caminhão descarregava mercadorias no armazém do Elias Sallum. O guarda noturno apitava.

Minha mãe, com seus olhos doces e brilhantes, me cobria, abençoava e dizia: “Dorme com os anjos.” Os aposentos escuros, os sonhos claros. O afeto é o que aprendi a ver no olhar das pessoas.

Nas tardes, pela janela, eu olhava a vida e ia além daquela rua, além dos filmes que assistia na sessão das seis de domingo no Cine São Martinho. E me sentia Gigi, ouvia “Moon River” e jurava ser Audrey Hepburn, com seu nome escrito em letra minúscula nas caixas de presente do filme “Bonequinha de Luxo”. Balas de café e coco. A bilheteira maquiada, o batom carmim, a pele empoada. Os vestidos de organdi com laço atrás, esquecidos no guarda-roupa. Vestia então blusa de banlon, saínha de tergal e sapatilhas Jezebel. Sutiã para menina-moça meia taça da Mourisco. Calcinhas de algodão.

O porão, meu porãozinho com suas paredes caiadas e o chão de cimento cru com vermelhão.

O quadro negro, giz branco, livros, cadernos; a mesa rústica forrada com papel mata-borrão verde.

O espelho na penteadeira de moldura cor de ébano, o espelho para me ver de corpo inteiro; a luz mortiça do abajur de seda cor-de-rosa. O botão de pérola, o alfinete de brilhante. Leque, porta-joias, frascos de perfume e, sobre a cômoda, os santos, todos os santos que nos conduziam em fé. Os casacos se repetiam pelo inverno agudo que gelava até os ossos. O suéter de caxemira azul. As paredes choravam umidade.

Frutas vermelhas na cesta, a penca de bananas maçã - vovó me ensinava a escolher os ovos pelo tamanho -, pés de chicória, abobora de doce, os queijos, azeite extra virgem, folhas de louro, vinho do Porto. O mercado, a carroça de leite à porta. Palmas, sinetas, pregão de rua. Casais que desciam a rua lado a lado. Pessoas simples descendo para o mercado. O armazém de meu pai na esquina, o quintal enorme, em que eu, sem saber, descobria a possível brincadeira de ser feliz sozinha.

Tudo significava os nomes das lojas, das ruas e praças, as casas e seus donos. As crianças obedientes, de olhar atento, não se atrasavam para o almoço e jantar. Os sapatos eram limpos no capacho à entrada das casas.

Domingo após domingo o guaraná caçulinha para acompanhar a macarronada feita com molho de tomates frescos, uma pitada de açúcar e horas de cozimento. A voz de vovó que dizia: “Venha almoçar que esfria, lave as mãos antes.” A fritada de palmito natural com salsinha, a maionese feita em casa, o frango de sítio com molho curto de ervilhas frescas.

As palavras fiam este passado composto de fragmentos que referenciam meu universo particular. São gestos, palavras, olhar de todos que me fizeram existir assim como sou.

As amigas de mamãe, os sisudos senhores que jogavam xadrez com meu pai, as vizinhas, as vendedoras das lojas, minhas amadas professoras. E me lembro das vozes, do jeito amável com que estas pessoas se dedicavam umas às outras. As imagens são um borrão sépia que se estende pela rua Prudente e adentra as casas e corações que permanecem vivos e pulsam. Vejo Maria e seus quatro filhos, Erasmo, Marcelo, Guiga e Cássia, dobrando a esquina. Vejo Maria dirigindo a Kombi alemã, fazendo compras na Elze Vanni, indo prosear lá em casa, me ensinado a decorar o bolo de noivado, falando da moda de São Paulo, das camisolinhas de flores com que Donata vestia Donatinha. Escuto a voz de Nádia chamando Eliana e Eliazinho, depois contando de suas viagens, sempre elegante, falando filhos e netos, e depois pranteando o neto jovem, que não voltou do passeio a Bonito, e ela, inconsolável. Com doçura, me toco com o estilo manso e a segurança de dona Cleide, ensinando psicologia e prática no curso normal. E que alegria o sorriso perene de dona Conceição, mãe da Sheila e da Samira.

É esta a minha bagagem.

Quando me ajoelho, quando mergulho neste infinito antigo que me sustenta a alma, abraço pessoas amadas, aquelas que partiram e que, pelo amor, voltarei a ver em retalhos encolhidos, escondidos nas cavidades vermelhas do meu coração. E me importo com os detalhes desta época que nos fazia especiais - e o que ser senão os detalhes? -, a agradável sutileza dos detalhes. A diferença se faz dos detalhes.

Mas, escutem! Por favor, escutem!

Quero dizer que deixo as palavras caírem sobre a folha do caderno feito chuva fina para aguar as flores que permanecem calmas, brilhantes sobre a terra fofa, as pétalas coriscando cores ar adentro. Flores-mulheres que me ensinaram nuances, tons, aromas. Mulheres com fervor e dignidade de cumprir o rito da existência como mulheres que amaram, riram, choraram, educaram filhos, assumiram suas vidas com trabalho árduo e dedicação às suas famílias.

Lá fora, os pingos grossos batem na vidraça de outras janelas maiores, outra rua, outra casa, outro tempo.

E assim seguem as histórias e os mergulhos nesta água do sentir de inúmeros reflexos.

Dedico esta página a Maria Negrão Peixoto, dona Conceição Seba, professora Cleide Orsi e dona Nádia Nabhan Sallum.

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sábado, 9 de abril de 2011

Dirceu Pires de Camargo e Hélio de Barros filiam-se ao PT

Texto base do jornal O Progresso de Tatuí,  edição de 10.04.2011

O diretório municipal do PT Tatuí realizou cerimônia para filiação de novos integrantes do partido. Na ocasião, foram oficializados os ex-vereadores Dirceu Pires de Camargo e o tenente Hélio de Barros. O evento ocorreu na quinta-feira, 7, na Câmara Municipal.

“Estamos nos reforçando para chegar a um quadro interno de bons debates políticos. Nem tudo o que a gente pensa é o correto. Às vezes, eu me sinto meio frágil nessa questão. Em determinados momentos, precisamos de uma linha de raciocínio de qualidade”, afirmou o presidente do partido, Mário Luiz Rodrigues da Costa.

Além dos novos integrantes, a reunião teve mesa formada por Adailton Santos (representante do vice-presidente da Câmara de Sorocaba, Francisco França), Renato Américo, diretor da macrorregional de Sorocaba, Mara Melo (representante do deputado Hamilton Pereira) e pelo vereador tatuiano Vicente Menezes.

“Eu estive por 22 anos, em cinco mandatos, na Câmara, e cheguei à conclusão de que deveria parar. No entanto, em 2010, recebi um convite para integrar o PT e, devido ao trabalho da última campanha, não tive como recusar”, disse Dirceu.

“Não sou candidato a vereador, mas estamos com as mãos dadas para construir um partido forte. Hoje, o partido precisa ser mais aguerrido para que seja almejado um governo”, afirmou Hélio.

“Esta campanha de 2013 filiados é um desafio. Também quero salientar o número de mulheres presentes neste auditório. As maiores vitórias que nós tivemos nos últimos anos foi aqui. Vamos fortalecer o partido e trazer companheiros dessa qualidade para atrair mais pessoas”, falou o representante do vereador sorocabano.

A representante de Hamilton Pereira ressaltou que Tatuí é um ótimo colégio eleitoral e destacou a relevância dos votos na última eleição, pois Pereira foi um dos mais votados na cidade. Já o vereador Vicente Menezes contou um pouco dos planos do partido para as próximas eleições: “Criamos o plano ‘2013’ para fortalecer os setoriais, como a segurança e saúde, por exemplo. Queremos um público maior para usar o partido como um instrumento para as discussões políticas”.

No próximo evento, no final do mês, o PT deve apresentar um grupo de jovens que deverá filiar-se ao partido. Além disso, novas alianças serão futuramente divulgadas para a campanha de 2012.

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Índios do MS participam de atividades pedagógicas no Sítio Santa Rosa


Do jornal O Progresso de Tatuí, edição de 10.04.2011
Foto: Sítio Santa Rosa

Integrantes de uma tribo da etnia umutina, da região de Barra dos Bugres, no Mato Grosso, está em Tatuí durante o mês de abril para a participação em um intercâmbio indígena com escolas da região.

O projeto é realizado pelo Sítio Santa Rosa. São oito índios, entre quatro crianças, que têm a oportunidade de transmitir aos estudantes a cultura na qual vivem. “É um trabalho de resgate da cultura. A tendência é de que as crianças criadas na área urbana se afastem da rural, perdendo o contato com a terra, meio ambiente e natureza”, analisou José Roberto Medeiros, proprietário do sítio.

“Além disso, é um projeto de extensão à escola, uma quebra de preconceitos. Isso também desperta nas crianças outras áreas de conhecimento. Tivemos relatos que um jovem, depois do contato com a natureza, resolveu seguir a profissão de biólogo”.

Um índio, na oca reproduzida no sítio, cantou na língua “mãe”: “Hari Hari Hutaki. Hari Hari Okotoponô. Hari Hari Yapotê (“a bochecha da lua está queimando, a clavícula da lua está queimando. O sol está triste e o tempo está triste”). E o barulho dos chocalhos presos na perna do índio Márcio, na casa cheia de material usado cotidianamente pela cultura indígena, chamou a atenção do grupo de meninos que assistiram à apresentação. “É um ponto positivo. As escolas estão conhecendo nossa cultura, até a nossa língua diferente. Mas, ainda temos bastante caminho a ser conquistado”, disse a índia Eliane Monzilar.

A fala tranquila e clara são reflexos do trabalho que eles desenvolvem na tribo. De acordo com Elaine, a maioria dos que estavam em Tatuí é formada por professores que transmitem seus ensinamentos às crianças indígenas.

A própria Elaine é um exemplo a ser seguido, pois é mestranda da UnB (Universidade de Brasília), no curso de desenvolvimento sustentável. Ela faz parte de um projeto da universidade que abriu as portas acadêmicas para um grupo de aproximadamente 30 índios. Os estudos estão voltados à sustentabilidade nas tribos, uma questão, afirmou a aluna, bastante discutida entre as tribos.

“É uma experiência muito rica, fazemos discussões para manter nossa cultura viva, mas com sustentabilidade. Muitos índios têm terra e não possuem apoio dos governantes. Acredito que falta interesse em ajudar esses povos que realmente precisam. Até hoje existe um impasse burocrático em relação à piscicultura (criação de peixes)”, ressaltou a índia. “Nós, da etnia umutina, temos um projeto em andamento de artesanato. Porém, não temos onde comercializar esses produtos, nem um lugar para transportar e vender”.

A rotina simples de trabalhar na roça, caçar, pescar, cuidar dos filhos e a vida na selva podem também gerar alguns aspectos negativos. “Temos bastante contato com as pessoas da ‘cidade’. Às vezes, alguns nos admiram e outros, nos discriminam. As crianças, por não saberem como a gente vive, vêm com um pensamento de que somos animais, mas temos apenas uma cultura diferente”, desabafou a índia Edlina.

“Isso já mudou bastante, mas ainda existe um olhar genérico e pejorativo. O povo indígena tem uma diversidade muito rica e, quando isso se tornar conhecido, de uma forma geral, vão nos valorizar”, completou a mestranda Eliane.

O projeto que promoveu o encontro com os índios do Mato Grosso é realizado há sete anos. Já participaram do intercâmbio famílias da etnia xavante, do mesmo Estado, no período de 2004 a 2006, e a pataxó, da Bahia, de 2007 e 2010.

A visita propõe a interação através de bate-papo, conhecimento do artesanato indígena, pintura facial, danças, músicas e a utilização de armas para caça, como zarabatana e arco e flecha. “Nós apenas falamos dos índios, mas vivenciar é diferente. O aprendizado com o contato pessoal é mais fácil, as crianças aprendem mais rápido”, contou a professora Estefani Lisboa, de Sorocaba. “Uns alunos se assustam, mas, em geral, todos gostam. Esta é a segunda vez que a gente vem aqui, e a troca de cultura é muito boa”, finalizou.

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Tatuí goleou Alambari por 7 a 3 em Pilar do Sul

donos da casa superaram com um 10 a 1 sobre Angatuba

Da redação / TV Tem



Celso de Mello garante prisão domiciliar a advogado

por LUDMILA SANTOS
do Consultor Jurídico

Na falta de sala de Estado-Maior, o advogado condenado deve ser recolhido em prisão domiciliar, até o trânsito em julgado de sua sentença. A prerrogativa profissional, prevista no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994), foi garantida liminarmente pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira (4/4). Ao analisar Reclamação interposta por um advogado paulista, o relator do caso determinou que o defensor deve ser recolhido em casa, já que a Polícia Militar do estado não possui local apropriado para acolhe-lo.

O Supremo já se manifestou sobre a garantia da prisão do advogado em sala de Estado-Maior ou em domicílio, prevista no artigo 7º, inciso V, do Estatuto da Advocacia, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.127, que reconheceu a constitucionalidade do dispositivo. A sala de Estado-Maior é um espaço em estabelecimentos militares onde se reúnem os comandantes com seus subordinados para discutir ideias, decisões e planos em relação à defesa.

Em sua decisão, o decano lembrou que a prerrogativa foi garantida pela corte antes mesmo da Lei 10.258/2001, que modificou dispositivo do Código de Processo Penal em relação à prisão especial. Segundo Celso de Mello, o Plenário do STF, ao apreciar a ADI 1.127, julgou que é inaplicável a Lei 10.258/01 aos advogados, pois esses profissionais devem se valer do artigo 7º do Estatuto da Advocacia.

"Esta Suprema Corte, ao proceder ao exame comparativo entre a Lei 10.258/2001 e a Lei 8.906/94 (artigo 7º, V), reconheceu, nesse cotejo, a existência de uma típica situação configuradora de antinomia em sentido próprio, eminentemente solúvel, porque superável mediante utilização, na espécie, do critério da especialidade (lex specialis derogat generali), cuja incidência, no caso, tem a virtude de viabilizar a preservação da essencial coerência, integridade e unidade sistêmica do ordenamento positivo (...)."

Celso de Mello também citou entendimento de Norberto Bobbio, preconizado no título Teoria do Ordenamento Jurídico, de que, ocorrendo situação de conflito entre normas, aparentemente, incompatíveis, deve prevalecer, por efeito do critério da especialidade, o diploma estatal — no caso, o Estatuto da Advocacia, "que subtrai, de uma norma, uma parte de sua matéria, para submetê-la a uma regulamentação diferente (contrária ou contraditória)".

Dessa forma, o decano do STF concedeu a medida cautelar, assegurando, até final do julgamento da Reclamação, e desde que não transitada em julgado eventual condenação penal, a prisão domiciliar do advogado.

PROJETO INSTITUI DIPLOMA "CHIQUINHA RODRIGUES"

O vereador Vicente Menezes, o Vicentão (PT), protocolou um projeto de resolução na Câmara Municipal, que institui em Tatuí o diploma de honra ao mérito “Chiquinha Rodrigues”, com objetivo de homenagear mulheres de todos os segmentos da sociedade e que, de alguma forma, contribuíram no desenvolvimento social, cultural e econômico, pelos direitos da condição feminina, pela família e pelo próximo. As homenageadas receberão o diploma em 8 de março, data na qual se comemora o “Dia Internacional da Mulher”. A honraria também deverá prestar homenagem, “in memoriam”, às mulheres que se destacaram por sua história de vida e trabalho.

Vereador quer debater sobre rodovias com a SP Vias

Na terça-feira, dia 5, ao final da sessão legislativa, o vereador Wladmir Faustino Saporito (PSDB) anunciou que no dia 12 de abril, às 18 horas, os parlamentares deverão receber, na Câmara Municipal, para uma reunião interna, diretores da concessionária SPVias, responsável pela administração de várias rodovias da região, incluindo a Rodovia Antonio Romano Schincariol (SP-127), que liga o município de Tatuí à Rodovia Castello Branco, uma das mais importantes do Estado. Nesta reunião, os vereadores pretendem questionar a direção da concessionária a respeito de projetos e melhorias que podem ser feitas nas estradas que servem o município e estão sob responsabilidade da SPVias. Um dos assuntos de maior destaque será a ausência de trevos de acesso em pontos da SP-127, motivo de debate nas sessões da Câmara.