domingo, 6 de abril de 2014

Saiba mais sobre a A. A. XI de Agosto

CACELLAIN - Na data de 11 de agosto de 1929 foi fundado o XI de Agosto Futebol Clube, em homenagem ao aniversário da cidade de Tatuí. O primeiro presidente indicado, de forma extraoficial, pois o grupo ainda não possuía um estatuto, foi Procedino de Almeida, o Dingo. O presidente, que era bancário, não chegou a assumir e acabou deixando o cargo para o vice-presidente Frederico Holtz, depois de ter sido transferido de agência.

O grupo já pensava em organizar um estatuto e em registrá-lo na Federação Paulista de Futebol. Para tanto, foi convidado o advogado Chichorro Netto, que elaborou o estatuto. Ao apresentar o documento para aprovação em assembleia, realizada no Clube Recreativo Onze de Agosto, Chichorro Netto demonstrou que o estatuto já previa possibilidades mais auspiciosas.

Os jogadores do XI de Agosto e alguns torcedores aprovaram o estatuto por unanimidade. O documento já denominava a equipe de Associação Atlética XI de Agosto, prevendo que o time pudesse crescer e suas atividades viessem a ser ampliadas.


O Estádio Doutor Gualter Nunes começou como um campinho de várzea. No mês de junho de 1930 o campo foi fechado com tábuas, para ser construída uma arquibancada. O primeiro jogo foi realizado na data de 11 de agosto daquele ano contra a Associação Atlética Pindorama, mas sua inauguração oficial deu-se cinco anos depois, em 11 de agosto de 1935, contra o Palestra Itália (atual Sociedade Esportiva Palmeiras), e terminou com o empate em 1 x 1.

O terreno onde está situado o estádio, foi conseguido através da influência de Gualter Nunes, que obteve a doação da área. O terreno primeiro foi doado a Gualter Nunes que, depois, oficializou doação à Associação Atlética XI de Agosto. A oficialização ocorreu somente no ano de 1946. O empenho de Gualter Nunes fez com que ele, mesmo não sendo associado agostino, se tornasse o presidente do clube de 1933 a 1935 e 1938 a 1939.

O mascote do clube é a Égua Vermelha. Sua história é um tanto curiosa. O XI que disputava o Campeonato Amador de Futebol do Interior do Estado de São Paulo no ano de 1957. Quando se preparava para embarcar para mais um jogo em outra cidade, seus torcedores, que estavam em um bar local, ficaram perplexos ao perceber uma agitação anormal na cidade. Logo, um andarilho gritou: “a égua vermelha tá morta!”. De fato, havia sido atropelada uma égua de cor avermelhada no centro da cidade. Os torcedores adversários aproveitando a situação diziam: “A égua vermelha do XI vai morrer”, brincando com a cor do uniforme do XI.

O XI venceu a partida e o campeonato, e sua torcida, em comemoração, gritava “A Égua Vermelha Nunca Vai Morrer”. E desde então, a torcida e o clube passaram a adotar a égua como mascote.

Dentre seus principais títulos estão o tricampeonato amador da LITAFU (Liga Tatuiana de Futebol) nos anos de 1940, 1941 e 1942;

Bicampeão Municipal de Futebol Varzeano em 1957 e 1958;

Campeão do Campeonato Municipal de Futebol Varzeano em 2003.

Memórias do Clube

Tatuí do XI de Agosto



O XI de Agosto conquistou em 57 e 58 o bicampeonato amador do Estado de São Paulo, que nessa ocasião não era pouca coisa.

O feito do time da égua vermelha foi tão grande que lhe valeu uma menção até mesmo no hino de Tatuí.

No estribilho do hino, vem a lembrança de “Tatuí do XI de Agosto”. Essa menção advém das glórias do time tatuiano. O futebol continuava a ser o carro-chefe da Associação Atlética XI de Agosto. Nos anos de 1941, 1942 e 1943, o XI de Agosto conquistou os campeonatos municipais, sagrando-se tricampeão do Campeonato Amador Federado da Litafu (Liga Tatuiana de Futebol).

Durante mais de dez anos, as atividades limitavam-se aos jogos de futebol e participação em campeonatos locais e regionais. No ano de 1953, o XI de Agosto participou do campeonato da 2ª Divisão do Futebol do Estado de São Paulo, terminando em sexto lugar. Mas foi nos anos de 1957 e 1958 que o XI de Agosto obteve sua mais alta glória no futebol do interior paulista. A equipe agostina sagrou-se bicampeã paulista do Campeonato Amador Estadual organizado pela FPF (Federação Paulista de Futebol).

Utilizando uniformes nas cores vermelha e preta (ou camisa branca e calção vermelho), o XI de Agosto fez bonito em duas finais consecutivas; O XI de Agosto venceu o Comercial de Araras na final do Campeonato Amador do Interior de 1957 por 3 a 2.





A final do campeonato foi realizada em 12 de janeiro de 1958, na cidade de Piracicaba. Registros da época indicam que a partida foi “de ótima qualidade e os agostinos dominaram o famoso adversário conseguindo logo nos primeiros 30 minutos o resultado de 3 a 0”. Ainda conforme os registros, os defensores do Comercial diminuíram numa cobrança de pênalti, mas a primeira etapa terminou em 3 a 1. No segundo tempo, aos 43 minutos, o Comercial assinalou o segundo gol, também em cobrança de pênalti. Placar final: 3 a 2, com gols marcados por Paias e Sato.

Os heróis do Campeonato de 1957 foram: Aldo, Bia, Nicola, Sato, Osmar, Ponce, Paias,Kaquá, Paulinho, Renato, Eurides, Alfeu, Neto e Milton. Notícias indicam que mais de mil torcedores tatuianos foram até Piracicaba para incentivar os jogadores e conferir a decisão.

No ano seguinte, a conquista do bicampeonato veio sobre o conceituado time do Itatiba Esporte Clube. O placar do Campeonato do Interior de 1958, nem parecia de final: 7 a 1, tamanha a superioridade da equipe tatuiana. Em 13 partidas, o XI de Agosto conquistou oito vitórias, dois empates e três derrotas. Marcou 54 gols e sofreu 17, tendo Nicola, com 20 gols, como o artilheiro da competição.

A equipe presidida por PG Meirelles e tendo Oswaldo Avalone como técnico, atuou com Bia, Alfeu, Eurides, Ponce, Sato, Paias, Osmar, Neto, Nicola, Paulinho, Aldo Jonas,Neco, Hioti, Tião, Carvalhinho e Paraguaio. Essas duas importantes conquistas colocaram o XI de Agosto na história do futebol estadual. Até hoje nenhuma equipe local conseguiu repetir o feito dos agostinos.





Hino do XI de Agosto

Oi Quem vem lá?
Sou eu morena,
Oi abre alas;
Que eu quero passar.

Vermelho e preto
Sinal de guerra,
É o nosso Onze
Que estremece A terra

Quando pegamos uma
Bola amarelinha,
Não há defesa
Que segure A nossa linha

Nosso quinteto
Pega o couro e costura.
O Adversário
Olha a Bola e não segura.



FONTES:

Meu acervo, wikipedia, site do clube

Escudo digitalizado por Virginio Saldanha

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