terça-feira, 15 de abril de 2014

Pichações causam prejuízos e geram reclamações em Tatuí

Do G1- Moradores e comerciantes de Tatuí enfrentam rotineiramente a ação de vândalos, principalmente, na região central do município. A reclamação é sobre as pichações que estão por toda a parte e que já trouxeram prejuízos. Até mesmo monumentos não escapam dos criminosos.

Conforme a reportagem exibida pela TV TEM, as marcas do vandalismo estão por todas as partes. Nem a estátua de Paulo Setúbal, personalidade histórica do município, escapou das pichações. Na praça que leva o mesmo nome, todos os bancos estão pichados e até troncos de algumas árvores foram alvo.

A ousadia dos vândalos vai além. Os dizeres, na maioria das vezes não identificados por quem passa por esses locais, são encontrados nas paredes de casas e até mesmo de unidades escolares. Na escola João Florêncio, não sobrou um espaço livre no muro.

A situação causa indignação a moradores como a dona de casa Érica Martins. Ela comenta que a pichação deixa a cidade feia e é motivo de vergonha para quem vive no município. "Quem vem de fora e encontra essa sujeira vai achar feio. Então, isso é vergonhoso. Fica chato para quem mora aqui", comenta.

O ato de pichar é considerado crime e prevê detenção de três meses a seis anos, dependendo do caso, além de multa. Em Tatuí, em 2013, 28 oito pessoas foram flagradas pelo crime. Já no primeiro semestre de 2014, o número aumentou. Já são 17 ocorrências.

Os registros preocupam a Guarda Civil Municipal, que intensificou o trabalho de fiscalização. De acordo com o subcomandante Luciano Leme, a maioria dos casos envolve menores. Para ele, a sensação de falta de uma punição mais rigorosa é um atrativo para os pichadores. "Trata-se de caso que envolve muitos menores. Eles acham que podem usar a pichação como forma de expressão e que não vão ser punido", destaca.

Além da poluição visual, as pichações causam prejuízos aos responsáveis pelos imóveis atingidos. O comerciante Mauri Batista Vieira, por exemplo, é dono de uma sorveteria. Ele afirma que já perdeu as contas de quantas vezes teve que pintar as paredes externas do local. "A cidade toda está pichada. A cidade toda está feia", comenta.

Há também que cansou de gastar e hoje passou a ignorar os atos dos vândalos. O comerciante Marcos Aurélio Vieira é dono de uma banca de jornais e revistas no Centro. Devido às constantes pichações, desistiu de fazer os reparos. Segundo ele, em poucas horas após a pintura, os pichadores voltavam. "A gente pinta e no outro dia já está pichado. Então, desisti. Nem gasto mais dinheiro com isso porque não adianta. Não compensa mais", finaliza.

(Foto: Reprodução/ TV TEM)

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