terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Jovem do Guarani estuda processar agressor após levar soco na Copinha

Por Murilo Borges / Campinas, SP

globoesporte - O volante Mineiro não quer deixar barato o soco que levou durante a vitória por 2 a 0 sobre o São Raimundo, pela última rodada da Copa São Paulo de Futebol Júnior(reveja o incidente no vídeo ao lado). Após conversar com integrantes do departamento jurídico do clube e familiares, o jogador quer entrar com uma ação contra o zagueiro Douglas, que o agrediu no sábado, em Tatuí. Caso seja punido pela Justiça Desportiva, o jogador da equipe de Roraima pode pegar de quatro a 12 partidas de suspensão.
– A diretoria e o doutor Filipe (Souza, advogado do Guarani) entraram em contato comigo, dizendo que vão entrar com as medidas cabíveis. Estou conversando com a minha família para ver se posso entrar com algum processo também. Não cheguei a conversar isso com o Filipe, mas iria entrar junto com o Guarani. Ainda não tinha visto o lance pela TV, mas fiquei chocado. Não acreditei que aquilo aconteceu – disse o jovem, que, após ficar internado, voltou para a casa da família, em Espírito Santo do Pinhal, no interior de São Paulo. Fiquei chocado, não acreditei. Mas desejo sorte a ele na carreira"

Mineiro garante que não teve a intenção de irritar o adversário e que tentou apenas afastá-lo do bolo de jogadores que trocavam empurrões na lateral do gramado. Ainda mostrou que o soco foi tão forte que nem conseguiu lembrar direito o que aconteceu em campo.

– Eles acertaram o jogador do nosso time sem bola, esse foi o motivo da confusão. Eu estava longe da jogada, fui caminhando tranquilo. Vi ele (Douglas) saindo, fui tentar tirá-lo do meio, porque os jogadores do nosso time queriam agredi-lo. Acho que não cheguei a falar nada para ele. A pancada foi tão forte que não me lembro direito. Só coloquei a mão no braço dele – disse o volante, que se apresentará normalmente ao Guarani no dia 3 de fevereiro.

Mineiro recebe atendimento no gramado (Foto: Reprodução / EPTV)

O departamento jurídico bugrino enxerga a questão de maneira diferente. Apesar de indignados com a agressão, os dirigentes acreditam que o caso deve ser mantido no âmbito esportivo, e não ser levado ao criminal. O caso está inserido no artigo 254 (praticar agressão física durante a partida, prova ou equivalente, com soco, cotovelada, cabeçada ou golpes similares). A intenção do clube paulista era anexar um laudo médico que comprovasse uma lesão corporal, mas os exames de raio-X não encontraram qualquer tipo de problema físico.

– A coisa mais importante para o Guarani é saber que o jogador está bem. Ele ainda vai fazer alguns exames, mas de forma geral está bem. A Justiça Desportiva vai aplicar as penalidades. É sempre a primeira medida que a gente pensa, que nós acreditamos. A própria Justiça vai dar uma resposta. Num primeiro momento, não se cogita levar para outra esfera. Se a família do jogador quiser, claro que o Guarani vai tentar ajudar da melhor maneira – disse o advogado.

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