quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Celso de Mello diz que já tem seus votos estruturados sobre cada um dos réus do mensalão

Depoimento em CPI pesa menos no final, diz ministro do STF

Ministro Celso de Mello durante o julgamento do mensalão no STF
Foto: STF/Divulgação

O ministro tatuiano Celso de Mello, mais antigo integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que só as provas colhidas na fase de instrução judicial devem valer para firmar a sua convicção no julgamento do mensalão. Para ele, o que foi reunido na fase de inquérito policial ou em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) não terá o mesmo peso em sua decisão. As informações foram publicadas nesta quarta-feira no jornal O Globo.

Celso citou a alteração no Código do Processo Penal feita em 2008, a partir da lei 11.690, para justificar o seu argumento. De acordo com a norma, o juiz formará a sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar a decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação. O ministro destacou que as provas recolhidas em CPIs têm menos peso devido ao caráter "inquisitório" dessas comissões, em que não é assegurado o direito de contraditório. Ele revelou ainda que já tem os votos sobre cada um dos réus estruturados, mas pode mudá-los até o final do julgamento, a partir das sustentações das defesas, se houver alguma "alegação jurídica nova".
Do Portal Terra, editado pelo DT

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