quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

TATUÍ POSSUI ÍNDICES DE SAÚDE BUCAL SUPERIORES AOS REGISTRADOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E NO BRASIL


Pesquisa sobre saúde bucal realizada pela Secretaria Municipal de Saúde e finalizada no fim do ano passado demonstra que Tatuí possui melhores condições de saúde bucal quando comparado com o Estado de São Paulo e ao território nacional. A pesquisa realizada em Tatuí com crianças de 5 e 12 anos foi comparada com a pesquisa nacional de saúde bucal denominada de “SB 2010”, realizada pelo Ministério da Saúde que estádisponível para acesso público em www.saude.gov.br/bucal. Os resultados da pesquisa nacional foram publicados no segundo semestre de 2011.

Para a idade dos 5 anos foram examinadas as crianças matriculadas em todas as creches e pré-escolas públicas e escolhidas quatro escolas particulares (Anglo, Nosso Amiguinho, Objetivo e Positivo). Para a idade de 12 anos foram sorteadas seis escolas públicas (Alan Alves Araújo, Barão de Suruí, Fernando Guedes, Lienette Avallone Ribeiro, Lígia Vieira Camargo Del Fiol e Semíramis Turelli Azevedo), de forma que todas as regiões do município estivessem representadas na pesquisa e também quatro escolas particulares (Anglo, Colégio Adventista, Objetivo e Positivo). Foram examinados 1340 estudantes sendo 682 aos 5 anos e 658 aos 12 anos.

Aos 5 anos a média de dentes atacados pela cárie em Tatuí foi de 1,51 contra 1,99 no Estado de São Paulo e 2,43 no Brasil. Aos 12 anos a média do município ficou abaixo de um, com um índice de 0,99, em todo o Estado a média ficou em 1,41 e no país foi registrado uma média de 2,07 dentes atacados pela cárie.

A necessidade de tratamento em função da cárie dentária no município, aos 5 anos, é o dobro que aos 12 anos. Foi encontrada uma porcentagem de 14,1 aos 12 anos e de 28,7 aos 5 anos, com necessidade de tratamento no momento da pesquisa.

Os alunos matriculados em escolas privadas tiveram uma prevalência de cárie próxima a zero, a média de dentes atacados pela cárie foi de 0,03 aos 5 anos e de 0,05 aos 12 anos, o que mostra que melhores condições sócio-econômicas influem de maneira decisiva na saúde bucal, o que é também demonstrado em vários estudos epidemiológicos sobre saúde bucal.

A pesquisa mostrou um dado interessante com as crianças em idade pré-escolar, aos 5 anos. As crianças que estavam matriculadas na rede municipal de ensino e que permaneciam na escola em período integral, isto é, nas creches, tinham menor prevalência de cárie e menos necessidade de tratamento que as que estudavam por apenas meio período nas pré-escolas. A porcentagem de indivíduos livres de cárie também foi maior nas que permaneciam mais tempo na escola, quando comparadas com as que ficavam apenas por meio período, indicando que a permanência das crianças que estudam na rede municipal de ensino por mais tempo na escola pode ser um fator de proteção para a saúde bucal das crianças em idade pré-escolar.

Em ambas as idades foram encontradas prevalências menores de cárie nos indivíduos que residem em área urbana quando comparadas com as que residem em área rural, o que é demonstrado também na literatura.

A pesquisa foi coordenada pelo dentista Fábio Antonio Villa Nova e teve como examinadoras as dentistas Maria Lúcia Guimarães e Sandra Gonçalves. A anotação dos dados foi de responsabilidade da auxiliar de saúde bucal Elen Gouveia.

Foram também pesquisados outros agravos relacionados à saúde bucal, tais como: alterações gengivais e problemas oclusais para ambas as idades e fluorose dentária e traumatismo dental aos 12 anos. Em todas estas outras situações pesquisadas os dados do município encontram-se em melhores condições quando comparados com a pesquisa nacional.

De acordo com o coordenador da pesquisa, “os índices do município com relação à saúde bucal nestas duas idades vêm melhorando a cada pesquisa que é realizada pela coordenação de saúde bucal do município e os dados coletados durante o levantamento epidemiológico fornecerão informações relativas à saúde bucal dos pré-escolares e escolares aos profissionais da área de saúde, planejamento, educação e administração do serviço público municipal, bem como servirão para monitoramento e avaliação, permitindo melhorias nas ações de promoção de saúde e assistência em saúde bucal ofertadas pelo município, norteando o planejamento e o desenvolvimento de futuras políticas públicas municipais na área”.

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