domingo, 24 de outubro de 2010

Adolescente é libertada de cativeiro

Transcrito do jornal O Progresso de Tatuí, edição de hoje

Na quarta-feira, por volta das 16h, numa operação conjunta da Polícia Civil com o Canil da Guarda Municipal, aconteceu o resgate de uma jovem de 13 anos que havia “fugido” com o namorado, identificado como Reinaldo Galvão Mota, 30, ceramista, cuja prisão está decretada por estupro de vulnerável, tentativa de homicídio e cárcere privado.

A menina estava desaparecida havia três meses e vivia maritalmente com o namorado. Na época do desaparecimento, a família registrou boletim na Delegacia da Mulher e foi expedido mandato de prisão contra o acusado, pois o indivíduo que mantém relação sexual com mulher menor de 14 anos, pela Lei Maria da Penha, comete estupro de vulnerável e é passível de prisão.

Durante os três meses em que ficou longe da família, a jovem ligava para os parentes, uma vez por semana, escondida do acusado, para dizer que estava bem e que não precisavam se preocupar. Em uma destas vezes, conforme divulgado pela Polícia Civil, Mota descobriu a ligação e a espancou, golpeando-a com um facão e ferindo gravemente a mão da menina.

A partir daí, a menina pedia para retornar à casa dela e Mota começou a mantê-la em cativeiro, alegando que só a libertaria quando as cicatrizes sumissem, para evitar responder processo por agressão – ainda de acordo com as investigação da PC.

A Polícia Civil, informada sobre os fatos, conseguiu interceptar a última ligação da vítima e apurou o local do cativeiro. “Por incrível que pareça, era a cinco quilômetros de qualquer estrada ou rua asfaltada, e era preciso adentrar um matagal imenso para chegar até onde estavam morando”, explicou o delegado titular do município, José Alexandre Garcia Andreucci. Quando os policiais entraram a mata, acabaram deparando-se com Mota, que, ao notar a presença, conseguiu fugir, “por conhecer muito bem a região”. Porém o cativeiro foi encontrado e a garota, libertada.

“Ambos estavam vivendo em uma espécie de casa indígena, que Reinaldo havia feito no meio do mato e onde o casal permaneceu os últimos três meses”. Eles viviam de peixe e uma pequena horta. Quando faltava alguma coisa, ele ia à cidade para comprar e ela permanecia no local.

A menor passou por exame de corpo delito e, apesar de estar traumatizada, já está junto à família novamente.

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